segunda-feira, 19 de maio de 2014

Racismo na USP: A Universidade e seu racismo institucional

Roberto Brilhante
Nesta terça-feira, 13 de maio, 126 anos depois da abolição da escravidão no país, alunos da Universidade de São Paulo fizeram um ato contra o racismo na Faculdade de Medicina da USP. No dia 30 de abril, Mônica Mendes Gonçalves, aluna negra da Faculdade de Saúde Pública, foi barrada pelos seguranças do prédio da Faculdade de Medicina. Mesmo com a carteirinha da USP em mãos, a aluna foi impedida de entrar sob o argumento de que apenas alunos de medicina poderiam entrar no prédio. Enquanto isso, outras pessoas – brancas – entravam no prédio e uma delas nem se identificou. Depois de muita insistência, Mônica foi escoltada pelo segurança para dentro do prédio até o local onde já estavam seus colegas do curso de Saúde Pública (que não haviam sido barrados).
O caso se enquadra no chamado “racismo institucional”. No Brasil, o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI) implementado em 2005 definiu o termo como “o fracasso das instituições e organizações em prover um serviço profissional e adequado às pessoas em virtude de sua cor, cultura, origem racial ou étnica. Ele se manifesta em normas, práticas e comportamentos discriminatórios adotados no cotidiano do trabalho, os quais são resultantes do preconceito racial, uma atitude que combina estereótipos racistas, falta de atenção e ignorância. Em qualquer caso, o racismo institucional sempre coloca pessoas de grupos raciais ou étnicos discriminados em situação de desvantagem no acesso a benefícios gerados pelo Estado e por demais instituições e organizações (CRI, 2006, p.22). É o caso de Mônica que, mesmo com a carteirinha da USP em mãos, não conseguiu entrar no prédio.
Para ler o texto completo de Natália Natarelli clique aqui

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