terça-feira, 21 de janeiro de 2014

TEATROCRACIA & PODER: O poder político, o mundo real e a sociedade

Em toda história da humanidade, os homens aceitaram se organizar de maneira a exaltar alguns e inferiorizar outros. Mas se o poder é uma relação desigual, como podem os dominados se permitir serem subjugados? O poder não é agressivo ou escancarado. A hierarquia se estabelece nas pequenas coisas do dia-a-dia, nas subjetividades às quais somos expostos.
O livro O poder em cena, de Georges Balandier (1982), discute as maneiras pelas quais o poder político comanda o mundo real e a sociedade, através da manipulação do imaginário social dos indivíduos. Segundo o autor, são as aparências sociais que promovem a hierarquia do mundo real. O poder é um jogo dramático que sempre existiu em nossa sociedade, em todos os tempos e lugares. Porém, cada sociedade desenvolve sua própria dinâmica e seus próprios papéis sociais. Desta forma, por trás de toda forma de poder, existe a teatrocracia. A arte do governo é a arte da cena. Balandier usa a obra O Príncipe (1532), de Maquiavel, para complementar suas afirmações. Para ele, o soberano deve enganar seus súditos para ser aceito. Ele não impõe diretamente o seu poder, mas sim, faz com que as pessoas sintam que estão se permitindo dominar e que, por isso, compartilham certa parcela – ilusória – de poder. Para ser aceito como mandante, o soberano dramatiza e conquista o coração de seus súditos, ganhando sua confiança.
Um exemplo de guerra de poder que comprova a necessidade de investir no imaginário e não somente na força é a guerra entre URSS e EUA. Enquanto a União Soviética investiu em armamento, os Estados Unidos se concentrou em propaganda e imaginário social.
Para ler o texto completo de Nayara Luchetti clique aqui

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