segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Dois filmes e um obscuro outono europeu

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O último 25 de dezembro foi o dia da estréia mundial do polemicamente aguardado filme do diretor dinamarquês Lars von Trier, Ninfomaníaca. A polêmica é, senão puro marketing, em larga medida gratuita e moralista. Cenas de sexo explícito rompendo as fronteiras industrialmente demarcadas por Hollywood – entre atores de imagem pudica (o que fez Nicole Kidman fugir do elenco) e o gueto do “entretenimento adulto” – já não é mais nenhuma ousadia autoral pecaminosa, a não ser para aquelas mesmas classificações industriais. Erótico? O sexo em Ninfomaníaca, desde sua primeira cena, é duro, ritualístico e mecânico, esterilizado por números, transformado em quantificação formalista, em metáfora zoológica. Erótico talvez para rapazotes de quinze anos (que evidentemente não poderão entrar no cinema), para quem, graças aos irremediáveis transbordamentos hormonais, a mera carnalidade avulsa já basta como descoberta erótica. Ninfomaníaca é, desde a sua primeira cena, sombrio. E é disso que se trata.
Para ler o texto completo de Ricardo Cavalcanti-Schiel clique aqui

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