"Dicionário pessoal” - Casimiro de Brito
“Dicionário pessoal”
OÁSIS
O meu oásis é o sexo da minha amada.
ORDEM
Quando falam de “ordem” puxo da pistola que não tenho.
SABEDORIA
Ninguém sabe — a sabedoria está sempre um pouco adiante.
SANGUE
O sangue pulsa: no homem, na pedra e na amendoeira.
VASO
Que o vaso seja raro para que eu seja digno do vaso.
VELHICE
Será velho esse que ainda se sente menino?
MÃE
Cada coisa é mãe de outras que vêm a caminho.
MEDO
Do tempo? Ó nunca, o tempo não mata, transforma.
UM
Como se pode ser só um no meio de todo este circo?
UNIVERSO
Cada um de nós está no centro do universo.
ZERO
Quem se aproxima do “zero” aproxima-se do “infinito”.
NADA
Cada pequeno nada irradia uma luz perturbadora.
NATUREZA
Essa (menina e mãe) que jamais envelhece.
RAZÃO
De que serve a Razão se desprovida da paixão?
REPOUSO
Nem na morte encontrarás repouso.
FALAR/SABER
“Esse que fala não sabe. Esse que sabe não fala.” (Lao-zi).
FEBRE
O amor, essa febre antiquíssima.
XADRÊS
No xadrez do amor não há vencido nem vencedor.
Casimiro
de Brito
Divulgando o último livro do autor do blog Aqui
0 comentários:
Postar um comentário