Navegando pelo cinema
João Luís Sol de
Carvalho nasceu em 1953, em Moçambique. De 1972 a 1974 estudou cinema em
Portugal. Logo após o fim do regime salazarista regressou ao seu país natal
para se juntar à Frente de Libertação de Moçambique, FRELIMO. Neste período
participou também no projeto Kuxa Kanema, que consistia em filmar a imagem do
povo e devolvê-la ao povo. Foi diretor da Rádio Moçambique e da revista Tempo.
Em 1986 abraça definitivamente a carreira cinematográfica e já realizou, de lá
para cá, mais de 20 filmes, entre eles O Jardim do Outro Homem, A Janela, O
Búzio, As Teias da Aranha. As suas obras são conhecidas pelo cunho social e
pedagógico. Para ler sua entrevista clique aqui
Jean-Luc Godard: Entrevista por Sol de Carvalho e Maria Augusta, na Rádio Moçambique, em 1980
Jean-Luc Godard
assinou um contrato de dois anos para implementar a produção em vídeo no país
[Moçambique], bem como para idealizar a televisão nacional. Godard e a sua empresa,
Sonimage, apresentam a Moçambique a proposta de utilização de um novo suporte,
muito mais económico: o vídeo. A ideia de Godard era realizar uma série de 5
filmes chamados Naissance (de l’image) d’une Nation [Nascimento (da Imagem) de
uma Nação] e, ao mesmo tempo, fazer um estudo para a criação da nova televisão
moçambicana. Godard via em Moçambique – um país em que 95% da população nunca
tinha visto uma imagem audiovisual – o terreno ideal para a criação de uma
televisão godardiana. “Uma só imagem”, “o povo”, “a imagem desse povo”, escreve
Godard no seu relatório. Mas as questões que Godard queria levantar não eram
apropriadas ao momento político que se vivia. O seu projeto é recusado pelo
governo. (Lopes, 2016, p. 9). Para ler a entrevista clique aqui
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