Wagner Moura, Zélia Duncan, Lenine, Marina Lima e outros famosos lançam música contra Bolsonaro
Wagner Moura, Bruno Gagliasso, Zélia Duncan e outros famosos
lançaram hoje a música "Hino ao Inominável", contra o
presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). A letra, escrita por
Carlos Rennó, relembra declarações de Bolsonaro como a negação de que houve
ditadura no Brasil, a preferência por ter um filho morto a um filho homossexual
e a recusa de dados científicos sobre a pandemia e o desmatamento na Amazônia.
A melodia foi feita por Chico Brown e Pedro Luís. Os intérpretes da música são
André Abujamra, Arrigo Barnabé, Bruno Gagliasso, Caio Prado, Cida Moreira,
Chico Brown, Chico César, Chico Chico, Dexter, Dora Morelenbaum, Héloa, Hodari,
Jorge Du Peixe, José Miguel Wisnik, Leci Brandão, Lenine, Luana Carvalho,
Marina Íris, Marina Lima, Monica Salmaso, Paulinho Moska, Pedro Luís, Péricles
Cavalcanti, Preta Ferreira, Professor Pasquale, Ricardo Aleixo, Thaline Karajá,
Vitor da Trindade, Wagner Moura e Zélia Duncan. "E no real o incrível,
o inacreditável, entrou que nem um pesadelo infeliz. Ao som raivoso de uma voz
inconfiável que diz, e mente, e se desmente, e se desdiz", canta
Wagner Moura na letra. Os cantores Caio Prado e Marina Íris relembram quando
Bolsonaro disse que as pessoas negras de um quilombo pesavam "sete
arrobas" e não serviam para procriar: "Como se fôssemos, nós
negros, animais. E ainda insiste que não é racista e que racismo não existe no
país", acrescentam. Feito pra
lembrar, pra sempre, esses anos sob a gestão do mais tosco dos toscos, o mais
perverso dos perversos, o mais baixo dos baixos, o pior dos piores mandatários
da nossa história. E pra contribuir, no presente, pra não reeleição do
inominável. A canção – autoironicamente intitulada de “hino” – é apresentada
por trinta intérpretes num vídeo do Coletivo Bijari com 13:40 na versão integral
(dividida em cinco versões – movimentos – de cerca de 2:35). Na íntegra, são 202
versos, mais o refrão, contra o ódio e a ignorância no poder no Brasil. Porém,
apesar dele – e do que, e de quem e quantos ele representa – a mensagem final é
de luz, a luz que resiste, pois, como canta o refrão: “Mas quem dirá que não
é mais imaginável / Erguer de novo das ruínas o país?”. Para
assistir à interpretação clique no vídeo aqui
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