quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A fragilidade do corpo negro


O corpo é o lugar da dor, da tortura, da escravidão, como escreveu Elaine Scarry, em The body in pain — the making and unmaking of the world. Quando pessoas são torturadas, quando a dor lhes é impingida, sua capacidade de expressão se apaga, sua consciência se dissolve, o próprio mundo a sua volta se desfaz. (Daí o subtítulo.) Mais do que isso, só o corpo pode ser torturado e escravizado. Quanto mais subalterno e marginalizado é um grupo, mais suas integrantes serão vistas como “apenas corpos”: sexualizados, intercambiáveis, dispensáveis. (Pensem no corpo de uma mulher negra em uma propaganda de cerveja.) Inversamente, para uma pessoa subalterna em uma sociedade opressora, uma das poucas proteções é dominar os códigos culturais hegemônicos e, assim, transcender a fragilidade do próprio corpo.
Para ler o texto completo de Alex Castro clique aqui

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