domingo, 19 de janeiro de 2025

João Cavalcanti e Marcelo Caldi: "Indivídua"



A música 'Indivídua' de Pedro Luís, com a participação de João Cavalcanti e Cabelo, é uma ode à complexidade e ao fascínio que uma mulher pode exercer sobre um homem. A letra é rica em metáforas linguísticas, utilizando termos gramaticais para descrever a relação entre o eu-lírico e a mulher que o encanta e o atormenta. A escolha de palavras como 'intransitiva', 'intransigente' e 'intransponível' sugere uma mulher que é ao mesmo tempo irresistível e inatingível, alguém que desafia as normas e expectativas. 


A mulher descrita na música é uma figura enigmática e poderosa, que exerce um controle quase hipnótico sobre o eu-lírico. Ela é 'uma fonema que me enche a boca', 'toda correlata me substantiva', e 'super adjunta'. Essas metáforas gramaticais indicam que ela é essencial para a existência e expressão do eu-lírico, mas também que ela é complexa e difícil de decifrar. A relação é marcada por uma mistura de prazer e dor, como evidenciado nas linhas 'me deixa em carne viva' e 'seu nexo é indecente, seu sexo inesquecível'.

A música também explora a ideia de que essa mulher é uma força de natureza quase literária, uma 'idioma me flexicionando' e 'uma parágrafa tão incoesa'. Ela é ao mesmo tempo concreta e abstrata, real e imaginária, o que a torna ainda mais fascinante e perturbadora. A letra sugere que a mulher é uma musa que inspira e consome, uma figura que desafia as convenções e deixa o eu-lírico em um estado de constante turbulência emocional. A combinação de linguagem poética e termos gramaticais cria uma atmosfera única, onde a paixão e a dor se entrelaçam de maneira indissociável. Para assistir à interpretação clique no vídeo aqui


 

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