domingo, 29 de junho de 2014

LÍNGUA PORTUGUESA: A velhíssima mãe e os seus diferentes filhos


É sempre ingrato falar de algo tão usual como a língua, mas talvez seja por muito falarmos dela, com euforia e sem tino, que a ela sempre voltamos, como náufragos sem madeiros que nos valham num mar imenso. Vamos, pois, à língua e aos seus futuros.
Mas é impossível falar em futuro sem relembrar, ainda que brevemente, o passado. O tempo do galego-português (ou galaico-português, se preferirem), nascido do latim no ângulo noroeste da Península Ibérica, depois da presença romana iniciada em 218 a.C. Outras invasões e conquistas trouxeram outros falares. E se o latim escrito continuava como língua de cultura e transmissão de conhecimento, o português nascido de uma das línguas peninsulares (galego-português, castelhano e catalão; os bascos não haviam abraçado o latim e assim se mantiveram) viu o seu vocabulário, latino e grego na origem, enriquecer-se com palavras de origem germânica (menos) ou árabe (mais). O Testamento de D. Afonso II, que está na origem da mais recente euforia celebrativa, está datado de 27 de Junho de 1214 (faz agora exatamente 800 anos) e é, a nível oficial, o mais antigo documento escrito em língua portuguesa de que há registo. Mas o português não parou por aí, e às influências da proximidade com o castelhano (que chegou a ser usado como segundo língua falada e escrita, inclusive por Gil Vicente e Camões) veio depois a ser influenciado, a partir do século XVIII, pela língua francesa. Gramática, Ortografia e Lexicografia iam-se desenvolvendo desde o século XVI. E iam surgindo os dicionários e vocabulários, com realce para os de Bluteau e de Morais e Silva (ambos escritos e publicados já no séc. XVIII). Por onde andava o português falado, já então?
Para ler o texto completo de Nuno Pacheco clique aqui 
Leia também o texto “Língua portuguesa, recurso fabuloso” de José Ribeiro e Castro clicando aqui

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