segunda-feira, 30 de junho de 2014

Educação em jogo


Manuel Evaristo morava em uma casa de pau-a-pique coberta com palha de coqueiro no interior do Rio Grande do Norte. Dormia na rede e, para ajudar nas despesas, vendia cocada. Em uma corrida de rua, sem treino ou preparo físico, o garoto de 11 anos de pés descalços chamou a atenção de Magnólia Figueiredo, campeã olímpica potiguar de atletismo, que logo tratou de levá-lo para treinar profissionalmente em Natal. Manuel Evaristo cresceu, tornou-se campeão, foi medalhista brasileiro de atletismo e hoje, aos 49 anos, dedica-se a resgatar jovens das ruas de Brasília. “Se não fosse o esporte, eu sequer estaria vivo”, acredita o treinador, que faz pelos outros o que um dia alguém fez por ele.
À frente do Instituto Joaquim Cruz, Evaristo já treinou cerca de 250 atletas, mudou o destino de adolescentes que viviam na delinquência e vibra ao ver um garoto que andava armado hoje estudando e trabalhando. “O esporte é um simulacro, uma ótima analogia da vida”, analisa Renato Miranda, professor da Faculdade de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Juiz de Fora e consultor de atletas. Autor de dois livros sobre o desempenho humano através do esporte, ele afirma que a postura do educador é determinante, destacando o conhecimento, a autoridade, a educação e a autodisciplina, qualidades essenciais para a obtenção de bons resultados em qualquer matéria.
Ex-técnico de basquetebol e professor aposentado da USP, Dante De Rose Júnior aponta alguns ensinamentos que o educador pode aprender com o esporte. “Muitas vezes, o professor de sala de aula não dá abertura para o aluno se manifestar”, observa. “No esporte existe autoridade, mas exercer autoridade não significa ser autoritário. Vejo professores exigindo respeito quando, na verdade, tem de ser conquistado”, conclui. 
Para ler o texto completo de Silvana Azevedo clique aqui

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