ENTREVISTA / JULIAN ASSANGE: Eles sabem tudo de você
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Há três anos em asilo político na embaixada do Equador, em Londres, Julian Assange virou uma espécie de mito em Londres. Nunca visto, mas sempre presente, o fundador do site WikiLeaks lança no Brasil o livro Quando o Google Encontrou o WikiLeaks (Boitempo), no qual narra um encontro que teve com Eric Schmidt, presidente do conselho do Google, e acusa a empresa de tecnologia de fornecer dados privados de usuários para o Departamento de Estado dos EUA e a NSA, Agência Nacional de Segurança a mesma que espionou a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras, de acordo com documentos revelados pelo agente americano Edward Snowden.
Assange recebeu o Valor no prédio oficial que virou sua casa por tempo indeterminado. Apesar dos rumores de que os três anos em asilo teriam prejudicado a saúde do jornalista e hacker, ele parecia bem-humorado durante o encontro de uma hora. Vestindo jaqueta de couro marrom, ele fala baixo, mas com entusiasmo. Pensa demoradamente antes de cada resposta e abre grandes parênteses entre frases, mexendo nos longos cabelos brancos e coçando a barba, também branca. “O Google é o maior sistema industrial de vigilância que o mundo já viu. É algo novo no mundo, no mesmo sentido em que a invenção da bomba atômica mudou a maneira como povos, Estados e economias se relacionavam”, diz. Procurado pelo Valor, o Google preferiu não comentar as afirmações de Assange.
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