A Nova República acabou
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O vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado Renan Calheiros
Sim, nenhuma reflexão política sobre a situação brasileira atual pode dar conta da realidade se não partir de uma constatação clara a respeito do fim da Nova República. De fato, não é apenas o ciclo de desenvolvimento do lulismo que acabou. O modelo de governabilidade sintetizado no fim da ditadura militar, com sua dinâmica de conflitos, suas polaridades e projetos, não faz mais sentido algum. Nesse sentido, de nada adianta alimentar a ilusão de que o Brasil anda lentamente em direção ao “aperfeiçoamento democrático” e à “consolidação de suas instituições”. Difícil falar em aperfeiçoamento quando se percebe a impossibilidade da estrutura institucional brasileira em aumentar a densidade da participação popular nos processos decisórios do Estado, a permeabilidade da partidocracia brasileira a interesses econômicos, sua corruptibilidade como condição geral de funcionamento e sua representação imune a qualquer crítica às distorções.
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