quinta-feira, 17 de abril de 2014

MIA COUTO: "O último voo do flamingo"

A leitura de Mia Couto caminha numa variante do realismo fantástico; melhor seria dizer que, como um mago, ele trabalha uma espécie de animismo fantástico, em que as almas encarnam em gentes com as tradições e as magias do seu pedaço de mundo, que não é somente Moçambique, mas todo o continente africano.
Adota, num tempero que é seu, os nomes que por si só explicitam características psíquicas e comportamentais de seus personagens. Se ele transita pelo trágico, é certo que nele também encontramos um profundo e delicioso lirismo que ao poeta nos ata, prendendo-nos até o final em uma leitura que é feita sofregamente, mas à qual retornaremos muitas vezes para, somente então, degluti-la em seu âmago.
Como Guimarães Rosa, Mia Couto enriquece o linguajar com neologismos extremamente adequados a cada circunstância, num poetar que flui autêntico e doce, unificando a estética aos pensamentos, tradições e expressões de sua gente.
Para ler o texto completo de Carlos Russo Jr clique aqui

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