terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Língua e sociedade

Como já disse anteriormente neste espaço, muitos pensam nas línguas tendo como pano de fundo apenas a questão da correção. Essa mentalidade alimenta os discursos da decadência, velhos como a humanidade. Desde que se tem notícia, camadas (superiores?) da sociedade afirmam que a língua está em decadência.
O que alimenta essa tese é a crença de que teria havido uma língua perfeita: a de antes de Babel, o grego antigo, o latim clássico, até mesmo o português antigo, que era, em certo sentido, o latim ‘errado’. Mas línguas nunca foram perfeitas, pelo menos não no sentido que se atribui à palavra nesses ‘centros’ de pensamento. É pura ideologia, no sentido mais banal da palavra.
Outros tantos pensam que as línguas são meios de comunicação. O que importa é a mensagem, o objetivo é ser bem-sucedido (chega-se a ouvir que o erro seria não ser entendido!). O curioso é que, às vezes, a melhor comunicação (publicitária, literária, humorística) é aquela em que a mensagem está implícita. Ora, o implícito é o que não é comunicado, por definição.
Mas uma língua é bem mais do que tudo isso. Seria o principal divisor entre humanos e não humanos. Além disso, estaria fundada em princípios universais, quiçá biológicos, alguns deles inatos, tese obviamente controversa, mas que se reforça numa época em que pesquisas genéticas ganham espaço e força.
Para ler o artigo completo de Sírio Possenti clique aqui

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