Sobre o dispositivo. Foucault, Agamben, Deleuze
Como qualquer um que tenha lido na íntegra os textos de Foucault,
Agamben reconhece que, na metade dos anos 1970, o uso do termo
“dispositivo” por Foucault é frequente e generalizado. Muitos críticos,
e até mesmo Agamben, notaram que este uso do termo por Foucault
nunca teve uma definição completa. O que entra em questão é uma
espacialização drástica da história. Através dela, Foucault objetiva desativar a noção de evolução ou de desenvolvimento que está implícito
na história das ideias ou nas teorias da racionalização. Este será um dos
motivos da sua constante desconfiança tanto em relação a Max Weber
quanto a Escola de Frankfurt. Reconduzir a retomada dos sistemas de
pensamento ao possível – isto é, à “experiência nua” (expérience nue)
da ordem e de “seus modos de ser”, como Foucault define – significa
atingir o plano sobre o qual está a “atitude positiva” do conhecimento
implantado nos saberes que definem a ordem do discurso de uma determinada fase histórica. Perguntamo-nos então, sobre a sua origem, onde
Foucault buscou o termo “dispositivo”. Para me aproximar do problema,
vou me concentrar, nesta ocasião sobre uma densa conferência agambeniana de 2006.
Para ler o texto completo de Sandro Chinogla clique aqui
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