sábado, 13 de dezembro de 2014

Maioria de estupros em Nova Déli é perpetrada por conhecidos das vítimas, constata relatório


Na última semana de novembro, a polícia de Nova Déli entregou à Suprema Corte da capital indiana um relatório sobre os estupros registrados na cidade nos primeiros dez meses de 2014. O quadro pintado por estes dados contrariam o lugar comum propagado pela mídia no país, que dita que o perigo da violência sexual está nas ruas povoadas de migrantes desesperados, pobres e analfabetos. Segundo as estatísticas, esta impressão é falsa: o estuprador é, na vasta maioria dos casos, uma pessoa próxima, parte do círculo de convivência da vítima.
Entre janeiro e outubro de 2014, a polícia da capital indiana registrou um total de 1.704 casos de estupro. Destes, 215 foram cometidos por parentes próximos da vítima: o pai (43 casos), um irmão (27), o pai adotivo (23), e o avô (um caso).
Alargando o círculo, a incidência maior é de estupro perpetrado por primos, vizinhos, sogros, cunhados e tios, chegando ao pico (642 casos) sob a designação vaga de “amigos”. Na Índia, onde o reconhecimento social do status de namorado ainda demora a se estabelecer fora de estreitos grupos de progressistas de classe média, é plausível que sob a alcunha de “amigos” estejam uma série de variantes como namorados, amigos próximos e conhecidos.
Para ler o texto completo de Matteo Miavaldi clique aqui

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