sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A fantástica fábrica de Papai Noel

Wei, aos 19, trabalha numa fábrica em Yiwu, China, revestindo flocos de neve de polistireno com pó vermelho. Foto: Imaginechina/Rex

Há vermelho no teto e vermelho no piso, vermelho pingando dos parapeitos das janelas e dos glóbulos salpicados nas paredes. É como se tivessem deixado o artista Anish Kapoor solta, com seu canhão de cera, outra vez. Mas é esta, na verdade, a aparência de uma fábrica do Natal. Este é o coração da oficina de Papai Noel – milhares de quilômetros distante do Polo Norte, na cidade chinesa de Yiwu.
Nossos mitos natalinos parecem sugerir que o Natal é feito por elfos de face rosada, martelando numa cabana de madeira rodeada de neve, em algum lugar do Círculo Polar Ártico. Mas não. É provável que a maior parte dos balagandãs, pingentes, lantejoulas e luzes cintilantes de LED que você espalha generosamente, em torno de sua casa, venham de Yiwu, uma cidade 300 quilômetros ao sul de Shangai – onde não há um único pinheiro de verdade ou floco de neve natural.
Batizada de “cidade chinesa do Natal”, Yiwu abriga 600 fábricas que, em conjunto, produzem mais de 60% de toda a decoração e acessórios de Natal – das árvores incandescente de fibra ótica aos chapéus de feltro do Papai Noel. Os “elfos” que trabalham nestas fábricas são, quase sempre, operários migrantes, que trabalham 12 horas por dia, por um salário que equivale a algo ente 900 e 1300 reais por mês. E eles talvez não saibam muito bem o que é o Natal.
Para ler o texto completo de Oliver Wainwright clique aqui

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