sábado, 24 de agosto de 2013

Israel e Palestina: entre “diálogo” e possível ruptura

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O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, obteve, após intensas discussões com o governo israelense e a Autoridade Palestina (AP), a retomada dos chamados “diálogos de paz”. Isto foi considerado um grande avanço. Mas será, de fato?
Do lado Israelense, o governo de Telaviv prometeu libertar prisioneiros palestinos considerados “de peso” (isto é, prisioneiros envolvidos em “ataques mortais”), como um gesto para a possível retomada dos diálogos. Mas esta promessa tornou-se bastante confusa em seus detalhes. A libertação está sendo programada em quatro etapas. O número de prisioneiros que serão libertados não é sabido. A imprensa fala em 104. Mas seria este o total ou apenas a primeira etapa? Não está decidido quando a primeira etapa vai se dar. E a proposta só foi endossada por todo o gabinete de ministros de Israel, após enorme esforço do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Não se sabe o que ele prometeu em troca, nas negociações com o gabinete, para obtiver o voto dos ministros.
Do lado palestino, a AP diz que concordou apenas em “dialogar sobre o diálogo”. Quer saber qual será a base para futuras negociações de fronteiras, o ritmo de uma desaceleração em novas colônias israelenses, e um calendário preciso para a libertação de prisioneiros. Também quer saber tudo isso antes de setembro, quando se reúne a Assembléia Geral da ONU – para manter a opção de lutar por seus objetivos de outras maneiras, nas Nações Unidas. O Hamas, que não foi incluído nesses diálogos, notou, com ira, que, caso ocorram, eles poderão interromper, ou mesmo frustrar por inteiro, outros diálogos: os que são mantidos entre Hamas e AP, em busca da unidade palestina.
Para ler o texto completo de Immanuel Wallerstein clique aqui

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