quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PERGUNTA QUE NÃO CALA: Quem matou Vladimir Herzog?



Há uma foto do Ivo que é conhecida dos jornalistas da minha geração. Ele, um menino, está de costas olhando o retrato do pai na parede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Há outra foto do Ivo que os que viram não se esquecem. Ele está, aos nove anos, à beira do túmulo do pai, olhando para a cova onde está depositado o caixão.
Na que está ontem [quarta, 23/1] nos jornais, Ivo é um homem, e já tem, se olharmos bem, os primeiros fios de cabelos brancos. Passaram-se 37 anos desde que ele enterrou o pai e vem repetindo a mesma pergunta que constrange o país: quem matou Vladimir Herzog?
Ivo hoje comanda o Instituto Vladimir Herzog com inúmeros trabalhos meritórios de defesa dos direitos humanos prestados ao país. Recentemente criou um sistema cujo objetivo é aumentar a proteção aos jornalistas que possam estar em situação de risco pelas apurações que fazem. Tem novos e belos planos de fortalecimento das instituições democráticas do Brasil.
Mas Ivo faz a mesma pergunta há 37 anos. Nestes muitos anos, caiu o general que comandava o II Exército, onde Vladimir foi assassinado, caiu a ditadura, veio o primeiro presidente civil, o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto e, agora, é o sexto, ou a sexta. Entre esses presidentes, três foram presos por horas, dias ou anos pelo regime ditatorial. Poderiam ter tido o mesmo trágico destino de Vladimir Herzog, que, horas depois de se apresentar para prestar esclarecimentos que queriam dele, apareceu morto.
Para ler o texto completo de Miriam Leitão clique aqui

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