quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

UMBERTO ECO: Terra infeliz é uma onde ninguém mais sabe qual é seu dever


Pessoas na imprensa e na televisão celebraram com satisfação e muita fanfarra o trabalho de resgate aos passageiros da Norman Atlantic. Essa foi a balsa de propriedade italiana que pegou fogo além da costa da Grécia em 28 de dezembro. Apesar dos relatos variarem, ela contaria com 478 passageiros e tripulantes a bordo, com até 432 pessoas resgatadas durante condições meteorológicas difíceis. Algumas pessoas morreram e outras estão desaparecidas, mas a operação de resgate pareceu, em grande parte, eficiente.
A mídia deu atenção particular às ações do capitão do navio, Argilio Giacomazzi, que, após dirigir as operações de resgate a bordo da balsa, foi o último a deixar o navio. Os comentaristas não deixaram de notar isso, dado um recente desastre com balsa durante o qual o capitão abandonou o navio antes de seus passageiros. Aquele capitão foi tudo, menos corajoso, de modo que, inevitavelmente, no relato de algumas pessoas, o rótulo de "herói" começou a ser empregado em relação ao capitão Giacomazzi.
Para ler o texto completo de Umberto Eco clique aqui

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