segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Baltazar Garzón: em defesa do conceito de vítima universal


 
Baltazar Garzón não cruza os braços. O juiz espanhol que acusou Pinochet e conseguiu prendê-lo em Londres, que colocou muitos militantes do grupo separatista basco ETA na cadeia e promoveu dezenas de investigações sobre corrupção, terrorismo, tráfico de drogas e de armas, foi destituído e processado quando tentou investigar na Espanha os crimes do franquismo. A grande democracia espanhola não quis mexer nas tumbas com dezenas de mortos anônimos. Entre a verdade e a injustiça, escolheu a segunda e Garzon pagou o tributo. A história judicial deve muito a ele e às vítimas das ditaduras latino-americanas que, diante da surdez das justiças nacionais que se negavam a processar os genocidas, recorreram a Espanha e a Garzon.
A história deu muitas voltas: nem Baltazar Garzón pode exercer na Espanha, nem os espanhóis podem hoje recorrer a sua própria justiça para conhecer a verdade sobre os crimes de massa do franquismo. Vivem a mesma situação que viveram chilenos e argentinos. Por isso, ante o silêncio da justiça espanhola se dirigem agora à Justiça argentina. O princípio de justiça universal restaurado primeiro na Espanha, e negado depois, volta a viver na América Latina.
Em entrevista exclusiva à Carta Maior realizada em Paris, Baltazar Garzón fala do alcance do Plano Condor e de sua ideologia assassina. Apesar do que ocorreu com ele, Garzón segue acreditando na verdade judicial que a justiça espanhola proibiu que buscasse.
Para ler a entrevista de Baltazar Garzón clique aqui


0 comentários:

  © Blogger template 'Solitude' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP