sexta-feira, 14 de setembro de 2012

REEDUCAÇÃO DE MULHERES, entrevista a Licínio Azevedo sobre o filme 'Virgem Margarida'

Em finais 1975, prostitutas de norte a sul de Moçambique foram levadas para centros de reeducação na convicção de que, através de muita disciplina e trabalhos forçados impostos por militares da pureza revolucionária, corrigissem a “má vida” e se transformassem na “mulher nova” socialista. Mas um equívoco destabiliza as mulheres rusgadas na boémia da rua Araújo em Maputo: Margarida, que nunca esteve com homem, seria igualmente levada. Todas se unem contra a opressão machista e põem a nu as injustiças da “Operação Produção”. Estreou dia 9 no Festival de Cinema de Toronto, e passará por Londres, Rio, Amiens, Córdoba e Dubai antes de brindar as salas portuguesas. Licínio Azevedo, realizador brasileiro radicado há quase 40 anos em Moçambique, conta-nos da sua admiração por estas mulheres e das peripécias de um filme que traz a lume um episódio negro do período pós-independência, quando o governo da Frelimo quis reeducar milhares de “anti-sociais”, dissidentes intelectuais, Jeovás, homossexuais, crimininosos, mães solteiras e prostitutas, fazendo-os desaparecer misteriorsamente para lugares recônditos de antigas bases da guerrilha, em pleno mato, onde muitos sucumbiram aos castigos e maus tratos. Em 1981 Samora Machel inicia a suspensão do processo reeducativo. Que aconteceu aos reeducados?
Para ler a entrevista de Licínio Azevedo clique aqui

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