sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A luxúria

Conhecemos a luxúria como um termo antigo associado à falta, ao pecado, aos excessos. Com a laicização da vida quotidiana o termo foi inocentado. No entanto, ninguém necessita de ganhar um milhão de euros por ano, não é justo, ninguém é merecedor de um salário tão elevado num mundo onde milhões de pessoas vivem com menos de um dólar por dia.
A questão não é de natureza moral, é de natureza política. E o contrário de luxúria não é a advocacia de uma vida pobre nem mesmo austera, mas de um comportamento justo; daí que valha a pena desconstruir as políticas que permitem salários tão excessivos.
O conceito parece arredado da semântica contemporânea mas pode ser encontrado numa história da Ética, desde Aristóteles ao filósofo americano Michael Sandel, passando necessariamente por Amartya Sem. Esta história é acompanhada por uma outra que é a história da luxúria e das suas modelações ao longo de vinte e quatro séculos, e que foi recentemente revisitada por dois autores: Christopher J. Berry – The idea of luxury, a conceptual and historical investigation (1994), e Mike Featherstone em diversas obras sobre consumo e luxo.
Para ler o texto completo de António Pinto Ribeiro, clique aqui

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