domingo, 12 de agosto de 2012

O fetiche cruel do “Ouro Olímpico”

É possível acompanhar os Jogos Olímpicos de duas maneiras. A primeira é a certa: você presta atenção nos atletas e torce por boas performances. Você os vê chorar e se abraçar de felicidade ou olha feio por um mau desempenho. Você simpatiza com eles como seres humanos e debate se Michael Phelps é o melhor atleta olímpico de todos os tempos ou apenas o melhor nadador. Você pensa sobre doping mas tenta acreditar que as agências esportivas o mantêm mais ou menos sob controle.
E também há o meu jjeito de assistir à Olimpíada: como um estudo estatística sobre geopolítica e políticas públicas destrutivas. Os indivíduos importam, até certo ponto – mais como produtos do sistema do que como personalidades distintas. Admiro o desempenho do chinês Ye Shiwen, mas me pergunto mais sobre por que os técnicos de natação do país recebem quase tanto quanto os investimentos do governo central gasta com a preservação da cultura popular, quase morta no país. Acho que Phelps é um grande espécime físico, mas me pergunto por que os norte-americanos ficam cada vez mais gordos. E olho com espanto o repentino crescimento da Grã-Bretanha no quadro de medalhas – o conto de fadas de um país com complexo de inferioridade que decidiu gastar enormes quantias de dinheiro em chamar a atenção das elites esportivas: a inveja do pênis moderna.
Para ler o texto completo de Ian Johnson clique aqui

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