quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Navegando pelo cinema

 






Empregadas, ativistas adolescentes e o neocapitalismo chinês 




Dos filmes disponíveis online a partir de hoje, já pude assistir a três, que recomendo: "Quarto de Empregada", "Animal" e "Ascensão". "Quarto de Empregada" (Room Without a View) é um dossiê contundente sobre a condição das mulheres estrangeiras que vão para o Líbano trabalhar como empregadas domésticas. Atraídas por uma ilusão difundida pelas agências de emprego, elas caem nas tramas de uma forma de tráfico humano. São trancadas nas casas dos patrões – que passam a ser seus “proprietários” – e alojadas em cubículos, têm seus documentos confiscados, seus nomes alterados e costumam ser maltratadas a ponto de algumas se suicidarem. É o chamado Sistema Kalafa, que mantém as “ajudantes” à margem das leis trabalhistas sob o pretexto de que precisam ser especialmente protegidas. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui







"Ilusões Perdidas"




Com seis prêmios no 'oscar' francês 2022, esta versão do romance de Balzac publicado em 1837 mostra tristes coincidências com nossos dias. Para ler o texto de Luiz Fernando Gallego clique aqui









 "Cantochão"




Aqueles atentos à programação que o Festival Ecrã tem oferecido nos últimos anos terão de concordar que Vinícius Romero é uma das grandes revelações do cinema experimental contemporâneo. O seu média-metragem A Densa Nuve, o Seio foi uma enorme surpresa na edição de 2020 e, no ano seguinte, o curta bai gosti / eros afogado em lágrimas” e o média 23 Painéis para ‘La battaglia celeste tra Michele e Lucifero’” provaram que aquela estreia bem sucedida não se tratava de sorte de principiante. O seu cinema é um cinema lírico — cuja recepção crítica até aqui tratou de comparar repetidas vezes ao cineasta experimental norte-americano Stan Brakhage. A comparação é, em certa medida, justificada: ambos realizam um cinema cujo ponto de vista da câmera coincide absolutamente com o ponto de vista do autor. Trata-se de um cinema “em primeira pessoa”, em que, como em Brakhage, as manipulações realizadas na imagem e o ritmo (frequentemente intenso) da montagem buscam retratar o estado de espírito do narrador. Em suma, o cinema lírico dos dois empreende a mímese da consciência. Para ler o texto de Pedro Mesquita clique aqui


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