segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Doze fragmentos mínimos do “Livro de Eros” - Casimiro de Brito

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Doze fragmentos mínimos do “Livro de Eros”
141
A família traça, bifurca, retalha; o amor inunda.


147
A mulher, fonte selada, é o segredo melhor guardado.


155
Tanto mel! Não sabia que tinhas uma colmeia dentro de ti.


165
Não fales de amor. As coisas misteriosas não podem ser ditas.


188
Amor, que amor o de quem o vive sem as mãos da loucura?


196
Quem ama aprende a esperar.


208
O sono da mulher. Um mar de sono.


212
Entro em tua casa. O leito aberto. Tu também. Rejuvenesço.


216
Amo-te. Não quero que sonhes. Quero que me possuas.


219
Taça funda, a tua. Tão funda quanto a minha sede.


222
Mármore macio. O dorso da minha amada.


234
Talvez eu ame em cada mulher a irmã que não tive.


Casimiro de Brito

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