quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Verdade e História - arqueologia de uma relação

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Resta muito pouco da antiga pretensão positivista de alcançar um dia a verdade última, acabada e definitiva. A própria redefinição da História como uma ciência interpretativa leva a se admitir que os resultados e produtos da História a serem alcançados no plano mais geral são apenas hipóteses sobre o desenvolvimento do mundo humano, interpretações sobre os processos vividos pela humanidade ou cada uma das diversas sociedades dela constituintes, leituras em torno das razões e desdobramentos dos grandes acontecimentos que impactaram o mundo humano desde os inícios dos tempos, sendo o seu principal resultado a elaboração de “hipóteses sobre o funcionamento do mundo”. Quando ocorre a uma hipótese ser erigida ao status de ‘verdade absoluta’, incontestável e definitiva, pode-se dizer, aliás, que ela se petrifica em dogma e que, ato contínuo, abandonamos o campo da ciência. A principal característica da ciência é a convivência da eterna busca da verdade com a noção concomitante de que a produção de conhecimento necessita da crítica eternamente atualizada e de uma reescrita constante. Quero sustentar que a História trabalha tanto com as ‘intenções de verdades’ que se relacionam com aquele gesto pericial que busca obter precisão informativa, como com as formulações que se referem ao gesto interpretativo de propor hipóteses que apenas anseiam produzir um conhecimento verdadeiro e relativo, embora sem necessariamente alcançar a verdade propriamente dita. 
Para ler o texto de José D' Assunção Barros clique aqui

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