terça-feira, 18 de novembro de 2014

MANOEL DE BARROS (1916-2014): O poeta maior da 'vanguarda primitiva'


Perto de completar 98 anos (em 19 de dezembro), o poeta mato-grossense Manoel de Barros morreu ontem, em Campo Grande (MS), por problemas decorrentes de uma cirurgia no intestino. Viveu muito, diriam alguns. Mas no seu caso é diferente. A cronologia não importa. A ausência, sim. É como um craque de futebol que não se verá jamais em campo, a inventar dribles, a criar jogadas e a fazer de um gol um poema. Faz falta a presença, mesmo que se diga que sua vasta obra permanecerá como criação de um dos mais aclamados poetas contemporâneos brasileiros.
Barros deixa uma poesia marcada pela singularidade do seu caráter ao mesmo tempo inventivo, original, experimental e atrevido, uma posição marcada pela coerência, do primeiro ao último verso que escreveu, em quase 70 anos de carreira. Ousou, por exemplo, ao não usar sua imaginação para criar versos de lamento, pois falava do amor em seu sentido mais nobre e positivo e jamais deu atenção a aspectos negativos, como inveja, ciúme, traição – subtemas tão recorrentes no gênero que o consagrou. “A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos”, escreveu em “O Livro Sobre Nada”, de 1996, sua obra mais famosa.
Para ler o texto completo de Gonçalo Junior clique aqui

Leia também “O poeta do assombro e da descoberta” de Camila Moraes  clicando aqui

0 comentários:

  © Blogger template 'Solitude' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP