Mia Couto: repensar o pensamento, redesenhando fronteiras
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"A fronteira concebida como vedação estanque tem a ver com o modo como pensamos e vivemos a nossa própria identidade. Essa identidade mora hoje em condomínio fechado. Uma invisível empresa de segurança impede o 'Outro' de entrar nesse espaço que chamamos de 'intimidade'" - Mia Couto
Mia Couto, romancista moçambicano, escreve sobre a fronteira dentro e fora de nós. Fronteira. Palavra que alerta para o limite entre o outro e eu, que questiona a sabedoria do homem de criar “paredes vivas e permeáveis”. Fronteiras que surgem da linguagem bélica e que parecem confirmar o campo de batalha em que vivemos nossa identidade.
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