terça-feira, 10 de julho de 2012

Sejamos pragmáticos: um bóson de Higgs serve para quê?

Favor: toque a tela na qual você está lendo este texto. Ou, tanto faz, leve o indicador à ponta de seu nariz. Ou perceba o contato do assento em que você talvez esteja. Ou a sola de seu calçado contra seus pés. Ou mesmo o ar passando por suas narinas... A sensação táctil resultante dessas experiências – sem graça, é verdade, depois dos primeiros anos de vida – deve-se a algo comum a todos os objetos (visíveis ou não) em nosso cotidiano: massa. Esta semana, os físicos finalmente anunciaram, depois de décadas de elucubrações, rabiscos abstratos para a maioria dos mortais e construção de aparelhos complexos e titânicos, a entidade responsável por fazer a esmagadora maioria das coisas ao nosso redor existir.
A partícula recém-descoberta – cuja função é justamente conferir a propriedade massa a suas colegas subatômicas – tem nome e sobrenome: bóson de Higgs. O primeiro termo denomina que ela tem personalidade gregária: gosta de se aglomerar com suas semelhantes – e veremos a importância disso adiante. Já ‘Higgs’ é homenagem a Peter Higgs, físico teórico britânico que, na década de 1960, lançou a hipótese sobre a existência desse corpúsculo, para tentar resolver um grande embaraço do chamado Modelo Padrão, a teoria que lida com os fenômenos relativos a cerca de uma dúzia de ‘tijolinhos’ básicos que formam os 5% de matéria ordinária do universo, que constitui de buracos negros e galáxias a seres humanos e vírus [Em tempo: desconhece-se a natureza dos 95% restantes (sim, 95%!), o que talvez seja a questão mais profunda da ciência deste século.].
 Para ler o texto completo de Cássio Leite Vieira clique aqui

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