quinta-feira, 30 de abril de 2020

Walter Scheidel: Porque é que os ricos temem as pandemias

93 Porque é que os ricos temem as pandemias

No outono de 1347, pulgas de ratos com peste bubónica entraram na Itália vindos nalguns navios do Mar Negro. Durante os quatro anos seguintes, uma pandemia atravessou a Europa e o Médio Oriente. O pânico alastrou-se, à medida que os gânglios linfáticos das axilas e virilhas das vítimas incharam em bubões, as bolhas negras cobriram os seus corpos, com a febre a subir em flecha e os órgãos do corpo a falharem. Talvez um terço da população da Europa tenha perecido.
O “Decameron” de Giovanni Boccaccio oferece um relato de testemunha ocular: “Quando todos os túmulos estavam cheios, enormes trincheiras foram escavadas nos pátios das igrejas, nos quais os recém-chegados foram colocados às centenas, arrumados em camadas como a carga dos navios.” De acordo com Agnolo di Tura de Siena, “morreu tanta, tanta gente que todos acreditaram que era o fim do mundo”.
E mesmo assim isto era apenas o começo. A peste voltou apenas uma década depois e os surtos periódicos continuaram durante um século e meio, desbastando várias gerações seguidas. Por causa desta “peste destrutiva que devastou nações e fez desaparecer populações”, escreveu o historiador árabe Ibn Khaldun, “todo o mundo habitado mudou”.
Os ricos acharam algumas destas mudanças alarmantes. 
Para ler o texto de Walter Scheidel clique aqui


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