"Soneto da posse" - Ildásio Tavares
![CAZZO RADIO TUBE: 10/01/2010 - 11/01/2010](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5Me0plpPkKN69j7MESchdPqP3iExsND94xFbFiCJ92YPfwBNlUMgMNl04fQTZpHAsTMyKHHR07P0u7QSVc-BB78jX80wATZ03F6M-HdzizNifbDVa-50LkfoJNdJ8qaaY2qr0PQyvtnA/s320/4.bmp)
Soneto da posse
Amar é possuir. Não mais que o gozo
quero. Não sei porque desejas tanto
escravizar-me; escravizar-te. Quanto
menos me tens, mais me terás. Gostoso
é ser-me livre, alegre, escandaloso –
o peito aberto pra cantar meu canto;
os olhos claros pra ver todo encanto;
as mãos aladas, pássaros sem pouso.
Abre-me o corpo, vem dá-me o teu vale,
e a esconsa flor que ocultas hesitante,
pois o que falo o falo sem que fale
em tom de amor. Quero vaivém, espasmo -
um corpo a corpo num só corpo palpitante,
dois no galope até o sol de um só orgasmo.
Ildásio Tavares
quero. Não sei porque desejas tanto
escravizar-me; escravizar-te. Quanto
menos me tens, mais me terás. Gostoso
é ser-me livre, alegre, escandaloso –
o peito aberto pra cantar meu canto;
os olhos claros pra ver todo encanto;
as mãos aladas, pássaros sem pouso.
Abre-me o corpo, vem dá-me o teu vale,
e a esconsa flor que ocultas hesitante,
pois o que falo o falo sem que fale
em tom de amor. Quero vaivém, espasmo -
um corpo a corpo num só corpo palpitante,
dois no galope até o sol de um só orgasmo.
Ildásio Tavares
0 comentários:
Postar um comentário