sábado, 13 de fevereiro de 2016

Manuel Loff: "Racistas"


“Desprezível.” Quem o diz é o diretor da Human Rights Watch, Kenneth Roth, sobre a legislação que a Dinamarca aprovou para confiscar todos os valores (dinheiro, joias, objetos) acima dos 1300 euros na posse dos refugiados que chegam ao país. O objetivo, diz o governo, é o de os fazerem “pagar o custo do tratamento dado pelo Estado a cada um deles” e – pasme-se! - o de “assegurar uma melhor integração” (Guardian, 26.1.2016). “Acho desprezível que a Dinamarca e a Suíça estejam a confiscar os últimos bens que restam a pessoas que, vulneráveis e em mudança permanente [de um território para outro], empobreceram e a quem quase nada resta”. É uma atitude “vingativa” (The Local.dk, 27.1.2016) por parte de um dos países mais ricos da UE e do mundo, que não tem especiais dificuldades em assegurar os “serviços muito básicos” que deve prestar aos refugiados ao abrigo da Convenção do Estatuto dos Refugiados, que, preparada pela ONU, a Dinamarca assinou há 65 anos mas que o primeiro-ministro, o liberal Lars Løkke Rasmussen, quer agora rever, num gesto que responsáveis por agências de de Direitos Humanos das Nações Unidas entenderam ter como objetivo a “renúncia a uma tradição milenar de hospitalidade” para com os refugiados. “A convenção sobre refugiados salvou milhões de vidas e é um dos mais importantes instrumentos de Direitos Humanos alguma vez criado” (declarações de François Crépeau e de Melissa Fleming ao Guardian, 6.1.2016).
Para ler o texto completo de Manuel Loff clique aqui

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