terça-feira, 1 de maio de 2012

CANAL HISTORY: Acabou-se a História

Qualquer telespectador atento e exigente que venha acompanhando o canal History (que foi o History Channel até 2008), já notou a diferença entre a programação de alguns anos atrás e a atual: o canal não mudou só o nome, mas seu conteúdo; agora trata também de temas contemporâneos de interesse duvidoso e pouco relacionados com a História. Não temos mais História como tínhamos. Temos umas histórias: a história de dono da loja de penhores, a história do homem que fatia objetos improváveis com máquinas poderosas que cortam metal, a história da dupla de compra-e-vende quinquilharias em pequenas cidades americanas, a história da loja de tatuagens... A mais cruel de todas é a do massacre dos jacarés na Flórida. Muitas histórias. E muito pouca História, nos horários mais populares.
Encontraremos muita soldagem, modelagem, laminação, estampagem e outros processos industriais no canal. Shows de armas, consertos de automóveis e de motocicletas também são comuns. A História pouco a pouco foi deslocada de seu papel central e o canal agora apresenta também temas que guardam pouca relação com a mesma. Como taxidermia (técnica de empalhar animais) e produção de peças de metalurgia. Que relação esses assuntos têm com a História? O History de hoje parece mais um canal industrial interessado em anunciar e vender bens de produção e técnicas industriais do que um canal de História. O canal transformou-se porque a América mudou. O que aconteceu com o antigo History Channel guarda estreita relação com o que aconteceu com a indústria norte-americana.
Para ler o artigo complto de Sergio da Motta e Albuquerque clique aqui

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