sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pós-colonialidades e hibridismos: os desafios ao pluralismo cultural em Moçambique


Neste trabalho serão analisados, inicialmente, a problemática da pós-colonialidade e do hibridismo, apoiando-se para esse efeito na ciência antropológica e na ciência histórica. Pretende-se mostrar como é ínfima a margem de manobra dos povos saídos recentemente do quadro colonial, como é o caso de Moçambique. Dado que o mundo colonial foi pensado como um mundo dividido em dois, que funcionava segundo uma dialética de exclusão recíproca das identidades nele simetricamente colocadas, o mundo pós-colonial define-se pelo desaparecimento dessa dialética. Ele não está mais dividido em dois, mas mostra-se, antes, em termos de diferenças, de misturas, de hibridismo e de ambivalência.

Em seguida será abordada a questão da diversidade cultural pois, através dela, configuram-se, de modo consciente ou inconsciente, duas posições que desde a independência do país procuram conciliar a construção da unidade nacional com a diversidade cultural. Nessas reflexões será tratada a questão do pluralismo cultural que, para que se verifique plenamente exige, por um lado, a descentralização das decisões e, por outro lado, que as diferentes culturas de grupos, meios sociais, classes e segmentos de classes da sociedade moçambicana mantenham, cada uma, sua especificidade ao mesmo tempo que entram em equilíbrio com as demais, sem que se possa registrar entre elas uma relação de dominância ou, em todo caso, de sufocação.


A análise será finalizada, propondo uma “paz pelo direito”, que respeite ao mesmo tempo o racional e o afetivo, que faça justiça aos vários grupos étnicos e à coletividade.
Para ler o texto completo de José de Sousa Miguel Lopes clique aqui

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