Imaginando o fim do capitalismo com Kim Stanley Robinson
Enquanto a maioria dos artistas radicais passaram os últimos anos demandando que se derrubassem as estátuas de heróis imperiais, em Manchester, eles seguiram o caminho contrário. Em 2017, o cineasta Phill Collins transportou, em uma camionete, uma estátua de Friederich Engels do leste da Ucrânia, uma ex-colônia do império Soviético, para o coração da “northern powerhouse” [1]. Foi um gesto magnífico e contra intuitivo: colocar o homem que odiava a ‘Cottonopolis’ no coração de seu nexo comercial. Com a exceção de uma cortês plaqueta azul na colina Primorose, ao norte de Londres, e uma placa que outrora se encontrava na praia de Eastbourne (onde suas cinzas foram despejadas), a estátua é um dos desesperançosamente poucos lembretes que temos de um dos maiores emigrados da Grã-Bretanha. Este mês marca o bicentenário do Renano, transformado em relutante Mancuniano, transformado em velho Londrino. Sempre contente com tocar o “segundo violino para um primeiro violino tão esplêndido” como Karl Marx (“Como pode alguém invejar a genialidade; é algo tão especial que nós, que não a temos, sabemos que se trata de algo inatingível desde o começo?”), ele merece muito mais do que apenas ser elencado como o homem coadjuvante da história. Ele não apenas foi instrumental para a estruturação do Marxismo do século XX, mas sua própria visão do socialismo parece ser mais relevante para nossos anseios contemporâneos do que a pura economia política de Marx. Para ler o texto de Tristam Hunt clique aqui
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