domingo, 2 de abril de 2017

JOSÉ DE SOUSA MIGUEL LOPES - Apresentação do livro de poesia "A PAZ, COMO SE FAZ?" de Fernando Rios

Royalty Free Clip Art Vector Logos of Colorful Peace Doves by ...
A PAZ,
COMO SE FAZ?

fernando rios*

ONZE MENSAGENS POÉTICAS DE ANO
      NOVO PARA SEREM VIVIDAS NO DIA A DIA

capitular editora

Apresentação

Pura e impura, sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida, falada, pintada, escrita, ostenta todas as faces, embora exista quem afirme que não tem nenhuma: o poema é uma máscara que oculta o vazio, bela prova da supérflua grandeza de toda obra humana!
(Octavio Paz. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982, p. 15).

O século XXI, em que pesem os avanços em vários ramos do saber, continua marcado, infelizmente, por uma crescente onda de violência. No Brasil, e de resto em todo o planeta, a sociedade contemporânea viu caírem por terra muitos valores, como a solidariedade e o respeito mútuo. Mais do que nunca há um clamor por mudanças, mesmo que ele não se faça audível. Para onde caminhamos, se não houver uma reversão da intolerância e violência instaladas em nosso cotidiano? Não podemos simplesmente fechar os olhos e seguir submissos rumo à barbárie. Há que se construir uma cultura de paz!
É nesse sentido que, na última década, com suas Dez Mensagens de Ano Novo, Fernando Rios nos vem chamando a atenção utilizando a arma da poesia. Seu labor poético revela-nos que não se pode pensar que esse desafio seja um sonho ou que o autor esteja propondo construir a utopia ingênua. Pelo contrário, acredita, e com ele partilhamos esta crença, que a poesia, porém pensante e comprometida, pode contribuir para mudar o mundo.
O fio condutor de sua digressão poética é a PAZ. Palavra já próxima da caricatura, porque tão sistematicamente pronunciada. Palavra, quase à beira do desgaste, mas com tão pouco efetividade prática. Não bastam, então, belas e generosas intenções. É preciso operacionalizar essa palavra. Torná-la poeticamente um guia para a ação. Diz-nos o autor: Mais do que simplesmente pensar/, é hora de agir (p.11).
Mas A PAZ COMO SE FAZ? A pergunta que dá título ao livro, de imediato, coloca o leitor em estado de alerta. É um questionamento perturbador, pois parece exigir do leitor a tarefa impossível. Na verdade o poeta está-nos instigando a que jamais ignoremos a força construtiva dos pequenos prazeres cotidianos, das coisas mais simples da vida, por vezes esquecidas no fundo de um armário, escondidas por pilhas de saberes e de fazeres desnecessários para um mundo melhor. Talvez o sonho de uma Cultura de Paz esteja muito próximo de nós, repousando na natureza essencialmente generosa e criativa do ser humano, que simplesmente anseia por uma pausa, um espaço de acolhimento, de expressão e de partilha. É aqui que entra em ação a força poética de Fernando Rios. Não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. Com efeito, não diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa (pois que bem poderiam ser postos em versos as obras de Heródoto, e nem por isso deixariam de ser história, se fossem em verso o que eram em prosa) - diferem, sim, em que diz um as coisas que sucederam, e outro as que poderiam suceder.
O maior esforço, a mais alta tentativa de transpor o que se sente, não é de grande serventia. Por isso a arte poética é árdua, propõe dificuldades, dores, obstáculos, impedimentos. E é justamente por causa das tais complexidades impostas pelo processo de construção de um poema que essa arte tanto encanta e fascina. O raciocínio está a mil, buscando saídas para os impedimentos, para o ritmo que se pretende imprimir ao poema.
Devido à extrema complexidade da civilização atual e suas condições sociais e culturais inteiramente inéditas, as produções artísticas só poderão sobreviver enquanto inventivas, originais e abertas — inseridas no contexto da época. Uma vez ultrapassada a fase de pura experimentação que destrói gêneros tradicionais e qualidades artísticas consagradas, deverá ocorrer a integração destas manifestações inventivas no complexo social que as envolve. Por isso, a poesia de Fernando Rios, por sua inventividade, originalidade e abertura reúne todas as condições de sobrevivência, não apenas porque contextualizada primorosamente, mas porque sinaliza a perenidade da grande arte.
O poeta se apresenta aqui como o sujeito que abraça sem pudor a impossibilidade, o lamento das perdas, do luto, envolvido que está, não como sujeito do suposto saber, resolvido, asséptico, impermeável, mas na condição de vivente tomado pelos fragmentos das realidades real e virtual que o reciclam e por ele são reciclados.
A relação do poeta Fernando Rios com o mundo é predominantemente mediada por uma reflexão sobre a própria poesia: as suas formas, a sua história, os seus limites e ambições, as suas implicações na visão do mundo e na relação com a vida.
O autor constrói uma “conversa” poética em que, como é de esperar, são os meandros da poesia que estão em jogo. E, na verdade, é de um jogo que aqui se trata, em que a poesia é “a mais inocente das ocupações”.
Sua poesia é daquelas que ultrapassam a introspecção e restabelecem o contato entre a arte e a vida. Com o poeta, deixamo-nos arrastar pelo ímpeto da violência e reencontramos a mesma angústia e a mesma esperança, o sentimento agudo da miséria humana e o grande apelo à fraternidade num mundo em que se desencadeiam surpreendentes barbarismos no oriente médio,/hoje tão pequeno,/com toda sua grande,/imensa euforia,/patrocinada pelo ocidente,/coisa de quem arranca da terra/sua carta de alforria/e derrete os pólos,/em estúpida guerra fria?/na áfrica chamada negra/cada vez mais alquebrando-se,/dominada/pela norte hemisférica brancura,/a esperar nada em agonia? (p.24).
Generosa e tensa, a poesia de Fernando Rios é o espelho de um devir, que, como esperança, se apoderasse da sua vida [...] uma tensão criadora de ressonâncias musicais e de expectativa [...] uma programação e uma transferência ou transporte da vida para a poesia e da poesia para a vida. Que a luz da verdadeira humanidade/presente em cada um de nós, nos permita/colocar o outro em nosso palco e iluminá-lo,/para que possamos, juntos, não apenas/representar, mas viver, dançar e cantar o/espetáculo da vida (p.12). E mais à frente: e diante do sol, que soleia,/e diante da lua, que luneia,/onde pôr a humanidade,/aquela que dizemos de nós,/humanos animais,/cheios de virtudes/e pontos cardeais? (p.24).
Como não ficar seduzido pelo criativo jogo de palavras de Fernando Rios? Ouçamo-lo: palavra bala palavra/bala palavra bala/mão palavra mão/palavra mão palavra (p.57). Mas atenção, Fernando Rios não faz apenas da palavra uma diversão linguística. Ele dá à palavra uma importante serventia. Alguém duvida de que a palavra é arma, mesmo quando cala? Para dissipar a dúvida, o poeta alerta: cuidado! a palavra fala!/foi feita para isso./mas muitas vezes a palavra cala/e então pode soar muito mais/do que quando fala (p.5-6).
Como se sabe não existe uma forma de ler poesia, mas várias, que coexistem, entram em conflito e convergência, vivem, disseminam-se e desaparecem. Também não é possível afirmar a existência uma postura única face à poesia no decurso da história. Em certos momentos, por razões de vária ordem, certas propriedades tornam-se particularmente evidentes, enquanto outras são preteridas para a sombra. Mas qual a finalidade da poesia? Diria, sem receio do excesso, e referendando Fernando Rios, que é a de tornar habitável o inabitável, respirável o irrespirável. Matamo-nos ao invés de vivermo-nos/Cabe a cada um de nós substituir o gesto-/arma pelo gesto-afeto,/o gesto-agressão/pelo gesto-carinho (p.10). assim se constrói uma paz/de dentro para fora/como se fora o aberto corpo/uma gaiola/ao contrário (p.39). o que fazeis desse presente todo/desembrulhado. de que passado viestes, pra/que horizonte vossos olhos brilham? (p.45).
Fernando acaricia as palavras, num jogo erótico surpreendente: que asa/qual pensamento/que corda/qual braço abraço/que calor/qual corpo coito/que olho/qual veludo olhar/que gesto/qual desenho gestar/que cio/qual balbucio ceia/que palavra/qual lavra semente (p.28).
Porque a verdadeira Poesia faz-se contra a Poesia da época precedente, não certamente por ódio, embora por vezes ingenuamente dê essa aparência, mas porque é chamada a mostrar a sua dupla tendência, que é em primeiro lugar trazer o fogo, o impulso novo, a nova tomada da consciência da época, e em segundo lugar libertar o homem de uma atmosfera envelhecida, gasta, viciada. O papel do poeta consiste em ser o primeiro a senti-la, a descobrir uma janela para abrir ou, mais exatamente, em abrir um abcesso do subconsciente. E Fernando Rios caminha nessa trilha.
No início o poeta está sozinho, parte sozinho à descoberta. A sua verdadeira ação social vem mais tarde, quando a humanidade quase sem ele querer o incorpora. Esta incorporação faz-se de forma tão natural que muitas vezes imaginamos retrospectivamente, com algum simplismo, que o poeta deu o tom à época precedente. Assim se torna eternamente atual o poeta que teve a coragem de não o ser demasiado cedo.
Afirmou Goethe que a contabilidade é uma das mais belas invenções da mente humana e todo o bom empresário a devia introduzir na sua administração. Fernando Rios, um bom gestor da sua própria multiplicidade, seguiu-lhe o conselho. Com efeito, enquanto técnica de registos que procura captar, acumular (ou reunir), resumir e interpretar, ela funciona como um meio de controle de um “eu” que permanentemente se desdobra, projetando-se no espelho da ficção poética, num misto de dor e satisfação criadora.
Num diversificado exercício da imaginação, a escrita do poeta não se inibe diante das fronteiras do lógico ou do racional e, por vezes, parece afastar-se daquele que escreve e desenha figuras que escapam à lógica governada por certos códigos, como se a criatura se sobrepusesse ao eu criador.
Numa expressão digressiva, influenciada pela própria condição deambulante (ou errante) do poeta, sempre atento ao quotidiano e ao mundo, vistos com distanciada ironia, Fernando Rios deixa respirar o amplo fôlego da sua voz poética e, numa flutuação rítmica própria do diálogo (um diálogo tenso e denso do poeta consigo mesmo e com o leitor), vai puxando o fio do lembrar para construir a teia do poema. Numa livre circulação de assuntos onde reverberam afeto e política, estes se constituem como temas maiores da sua poesia, conjugando-se de forma harmoniosa.
Tudo se articula, na verdade, para que o ato de escrita seja um ato de duração intensa, a produzir as suas marcas discursivas. Num tempo em que se escreve para o êxito, em que a sofreguidão do novo é um apanágio do mercado, o poeta, indiferente às leis desse deus neoliberal, subtrai a sua escrita à marcha do mundo capitalista. Fica uma ética da escrita (e da poesia), a reiterada insistência nela, para além da dispersão, da loucura, da incompreensão, que são o preço a pagar quando se anda a procura de um final feliz.
Aceitemos como premissa maior que o poeta é um leitor de outras escritas – antigas e modernas, literárias e quotidianamente prosaicas –, um fruidor de outras artes, dando, deste modo, voz ao seu entendimento do outro, seja ele o filósofo, o ator, o pintor, o escritor ou mesmo a personagem mitológica, trágica, que são também e, sobretudo, busca de entendimento de si próprio. Essa fruição de outras artes é visível em vários momentos de sua viagem poética. Penetrando em suas raízes, o poeta recorre à música, à festa brasileira, à mais genuína alegria trazida pelo samba: e com essa batucada e essa comissão de frente,/a gente põe nossa escola de bambas/pra cantar, dançar e realizar nosso samba.(p. 49). Em outro momento não hesita em prolongar a musicalidade orgiástica transformando sons em ourivesaria poética: e o que se ouve?/explode o tímpano/ou embala a alma?/porque se engravida pelo ouvido/com bach ou tom Jobim/com beethoven, eric satie e villa lobos/com miles davis, john coltrane, beatles ou rolling stones/com paulinho da viola, cartola, caetano e gil/e com as letras derramadas, esparramadas/emocionadas de um francisco Buarque/ou a voz mágica de um nascimento Milton/e quantas coisas/transbordam os ouvidos de vida (p.5)
Ou então adentra o universo pictórico para nos fazer navegar na brisa suave que percorre a paisagem: e se embalar e se manejar/chagalmente klimtement/barcos corpos velas ventos árvores/asas sopros ondas voos/envoltos palavrosamente em dicionários/cuidadosamente em palavras ímãs (p.58). Ou quando recorre ao seu colega de letras para nos dizer que assumamos as nossas responsabilidades: e como diria o lêmure leminsky, humorista/pendurado na árvore do conhecimento/parece que agora é com a gente/humana e divinamente (p.78).
Constata-se um procedimento muito forte na poesia do autor: o ato de se voltar para si mesmo, ou, e servindo-me de uma expressão que a imagem autoriza, para a própria engrenagem poética – meditando-se, inquirindo-se, sondando-se, envolvendo o leitor num exercício de lúcida reflexão que revela uma forte consciência dos mecanismos implicados nos processos de significação em poesia, com as suas práticas verbais, métodos, processos e recursos, das suas próprias contradições.
A pergunta que parece fazer mover esta escrita é a que atrai Fernando Rios para a página em branco: “A paz como se faz” – o Livro, irrecusável e inadiável resposta a esse apelo, a exigir uma disponibilidade absoluta, uma entrega total ao ato da criação poética, a conduzir como que a uma anulação da própria consciência e cuja intensidade pode ser lida, ou sentida, na respiração nervosa do poema. Estamos na presença de uma “arte de ser” (“eu sou o que escrevo”) radicada na inevitabilidade do dizer e do fazer poéticos. A quem percorre o conjunto dos poemas de Fernando Rios, não lhe é difícil verificar que a escrita é para o autor algo próximo de uma compulsão, uma imposição vocacional inelutável. Como se proclamasse em praça pública: “Não encontro paz se não apaziguar em mim essa febre, que furiosamente me impele para a escrita”. Esta pulsão (também a acionar os movimentos que definem a sua poética: o enigma do Humano, a trajetória pessoal de um “eu” fragmentado), traduz-se numa especial energia da linguagem verbal.
Atento às contradições mostra-nos o conflito daquele que mata e que também pode afagar: porque bala e mão/fora do dicionário/tanto multiplicam vítimas e mortos e feridos/quanto procriam aliados e amados e queridos (p.53/54).
Com dedo acusador e utilizando uma fina ironia, o poeta se interroga sobre o primordial ato criador e nos coloca face à perplexidade e à embaraçosa pergunta que sutilmente se esconde: o que deu errado? com que barro/com quais mãos/foi feito adão? que mãos eram aquelas?/já naquele tempo/havia poluição?/que parte do barro/saiu enviesada/e pôs a criatura na contramão?/que mãos divinas/deram /ou /às formas que michelangelo recriou? (p.72). Que ser contraditório é este que conjuga surpreendentemente o bem e o mal? os filósofos gregos nos fizeram assim/ocidentais, cheios de sabedoria e justiça./os deuses gregos, porém, nos fizeram/assado, acidentais, cheios de ódio e rancor./e desejosos de vingança (p. 98). E vai ao seu ser mais profundo: quantas guerras eu declaro por minuto, seja/dentro de mim, seja para fora, a qualquer/hora, uma palavra-lança, um gesto bruto (p.103).
E, incrédulo, se interroga por que tão poucos líderes exemplares e tantos que emplumados de vaidade enveredaram pelo caminho da barbárie? e por que tão poucos mandelas e ghandis/tantos alexandres grandes, césares,/napoleões, mussolinis, hitleres, stalins/e seus rabos de pavões? (p.74). Devastadoramente corrosivo o poeta não poupa esses que nos comandam: que deuses e profetas são esses/que entre embustes e pantomimas/olham o mundo pegar fogo/e alimentam o dia a dia com fósforo e/gasolina (p.75). E de forma explosiva e pertinente o poeta acusa: nossos deuses têm preferido a guerra/para provar sua bondade/para falar sua verdade/uma verdade divina/mortiferamente divina. E deixa um recado: precisaremos de muita terra e água/para criarmos um novo e bom barro/negro, branco, vermelho, amarelo, colorido/e com ele/moldarmos/de uma só vez/homens e mulheres/que sejam maiores/e mais poderosos/do que a língua inócua/dos livros falsos sagrados/dos sacerdotes farsantes pastores (p.77).
E porque não “olhamos” para nossa fala, porque não medimos as palavras, se elas frequentemente se voltam contra nós próprios, desnudando-nos? que palavra é essa/que quando me dou conta/bumeranguemente/me expõe ao vazio/entranhamente vazio (p.86).
O poeta não quer se deleitar em palavras inócuas, sem serventia. Ele quer dizer do uso direto da palavra, sem reticências: quero usar na minha fala/isto sim e sempre/ao invés de intrépidos e dolorosos/suaves, simples e claros argumentos (p.88/89). E nos convida, sem sutilezas, ao que vem: vamos juntar letras areias e barros/e criar palavras tijolos e paredes/e construir novas moradas/para cabermos todos inteiros/nos nossos todos momentos (p. 91).
Na sua digressão Fernando Rios está atento à inteireza do ser, que se afirma como tal, através do quinteto dos sentidos: para o tato, nem forte nem fraco/sempre leve, suave contato/para o olhar, nem pergunta nem resposta/sempre um cálido suave raio de som marinho/para o olfato, nem miasma nem fragrância/sempre uma rosa em ventania/para o ouvir, nem ruído nem sinfonia/sempre um gesto som de alegria/para o paladar, nem salgado nem doce nem azedo/sempre algum sabor de segredo (p.7)
E de forma contundente nos interroga: quem vai contar essa história/de judeus, negros, árabes,/índios, mulheres, gays./todos refugiados/dessa imensa /dessa insanidade humana (p. 113).
Entre o silêncio e o grito, uma dialética cujo poder de atração se exercerá sempre sobre o autor, o poeta, recusando entregar-se ao desânimo.
Mas o que confere à poesia de Fernando Rios o seu tom inconfundível é a consciência de um fazer poético que cumpre até ao fim um desígnio que livremente se aceita. Parece querer dizer-nos “Sou eu que escrevo por mim até ao colapso final”.
Se a “máquina da escrita”, não saciada, se converter porventura num instrumento de aniquilação do seu próprio construtor, o leitor pode sempre procurar este poeta em locais de refúgio em que é justamente forçado à afirmação do “eu”. Ao refugiar-se nesta poesia o leitor encontrará um instrumento insubstituível para fazer a paz!

José de Sousa Miguel Lopes
Belo Horizonte, 28/12/2016

*Fernando Rios é jornalista, publicitário, antropólogo, poeta e artista plástico. Publicou seu livro “PAZ, COMO SE FAZ?” em São Paulo pela Editora Capitular em março de 2017 (142 páginas).


0 comentários:

  © Blogger template 'Solitude' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP