sábado, 9 de novembro de 2013

Vintes anos sem Fellini: A Doce Vida (1960) e a sociedade da aparência

Em A Doce Vida (1960), de Federico Fellini, há prostitutas, fotógrafos, aristocratas decadentes, burguesas deprimidas, estrelas de cinema e um povo que acredita em milagres. Uma sociedade italiana fragmentada que se refaz das ruínas da Segunda Guerra Mundial.
 Há também um jornalista de tablóide sensacionalista, de nome Marcello Rubini (Marcello Mastroianni), que gostaria de ser um escritor sério, um intelectual, mas que se transforma em um publicitário. “Informo que abandonei a literatura e o jornalismo. Estou satisfeito em ser agente publicitário”, declara aos amigos em um bacanal, sem notar a alienação em que está metido.
 Rubini poderia ter agido de outra forma, pois, mesmo condicionado pela situação, ele seria capaz de transformá-la. Ele não é só vítima da história, mas propulsor dela também. Mas Rubini é uma personagem criada por Fellini justamente para refletir a falta de vontade de uma sociedade contemporânea pautada pelo espetáculo. Ele é o exemplo do triunfo da sociedade de consumo, que surge do pós-Guerra. Uma sociedade de hábitos americanizados, da velocidade, dos carros e da aparência.
Para ler o texto completo de Gérson Trajano clique aqui
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