Navegações nas fronteiras do Pensamento

sábado, 13 de dezembro de 2025

Nos caminhos da arte

As pinturas fascinantes de Tamara De Lempicka

O melhor da fotografia de paisagem: 25 fotos premiadas de 2025

Rôney Rodrigues - Mário e Silviano: proseando no entre-lugar

Morre Frank Gehry, ícone da arquitetura: relembre cinco obras que marcaram sua revolução nas cidades

Esculturas de animais feitas com jornais enrolados densamente, da artista Chie Hitotsuyama

30 fotos de animais adoráveis e engraçadas que podem alegrar o seu dia instantaneamente

Fernando Ramalho: Morte, poesia, comunismo - Heiner Müller, trinta anos depois

VÍDEO - Silvero Pereira e Thaís Sousa são os vencedores da Dança dos Famosos 2025

35 estruturas arquitetónicas tão estranhas que poderiam ter sido geradas por inteligência artificial

HUMOR

Tatua meu nome

Mouzar Benedito: Cultura inútil - O choro é franco

Número da sorte 5

Há alguns dias, enquanto caminhava pela rua, encontrei meu amigo Tim. Acenei para ele e contei que tive um sonho muito louco na noite anterior. Tim ouviu atentamente enquanto eu explicava que o sonho consistia em apenas uma coisa: um enorme e brilhante número 5. Era feito de ouro e brilhava como o sol. Tim ergueu as sobrancelhas, curioso. Continuei contando que a primeira coisa que fiz naquele dia foi pesquisar os cavalos que disputariam a corrida local. Tim arqueou uma sobrancelha.

Contei que o cavalo número 5 na quinta corrida se chamava "O Quinto Elemento". Tim abriu um sorriso. Então, contei o que fiz para garantir que minha sorte estivesse a meu favor. Comi cinco tigelas de cereal no café da manhã e bebi cinco copos de suco de laranja. Corri 5 quilômetros para me sentir bem. Passei cinco minutos no chuveiro me lavando. Vesti a quinta camisa que encontrei. Fiquei sentado no carro por 5 minutos antes de começar a dirigir. Depois, fui até o hipódromo e estacionei na quinta vaga da quinta fila. Entrei pelo quinto portão de entrada e comprei 5 programas. Fui até a quinta bilheteria e apostei 555 dólares no quinto cavalo da quinta corrida. Sentei-me na quinta fila da arquibancada, certificando-me de que havia cinco pessoas sentadas de cada lado. Acomodei-me e esperei a corrida começar.

"E aí?", disse Tim. "Seu cavalo ganhou?!"

Franzi a testa para Tim e disse: "Aquele cavalo idiota chegou em quinto"

sábado, 6 de dezembro de 2025

"Não disse nada, amor..." - António Lobo Antunes

Não disse nada, amor...

Não disse nada, amor, não disse nada:

foi o rio que falou ... com a minha voz

a dizer que era noite e é madrugada

a dizer que eras tu e somos nós.

A dizer os mil rostos e Lisboa

ao longo do teu rosto se te beijo

À luz de um pombo chamo Madragoa

e Bairro Alto ao mar se te desejo

Não disse nada, amor. Juro, calei-me:

foi uma voz que ao longe se perdeu.

Cuidei que era Lisboa e enganei-me

pensei que éramos dois e sou só eu.

António Lobo Antunes

Música em cena

Paolo Conte: "Via con me" (Vá embora comigo) (cinco versões)

"Via con me" (Vá embora comigo) é uma canção italiana de 1981 composta e interpretada por Paolo Conte. A canção é considerada uma das canções emblemáticas de Conte. Embora o álbum que a incluía, Paris milonga, não tenha vendido muito bem na época do seu lançamento, mais tarde tornou-se um sucesso de vendas graças à popularidade da canção. A letra da canção inclui alguns dos principais temas de Conte, como a vida numa pequena cidade, o existencialismo e o desejo de escapar para o desconhecido. Versões cover da música foram gravadas por outros cantores. A música foi incluída em muitas trilhas sonoras de mais de uma dezena de filmes, nomeadamente, Les Maris, les Femmes, les Amants (1989), French Kiss (1995), A Couch in New York (1996), Mostly Martha (2001), Welcome to Collinwood (2002), Marie and Bruce (2004), No Reservations (2007), Elvis and Anabelle (2007), SMS für Dich (2016) e Deep Water (2022), no qual foi interpretada ao piano por Ana de Armas. O programa de televisão da Rai 3, "Vieni via con me", recebeu o nome em homenagem a ele e tinha "Via con me" como tema de abertura.

Aqui serão apresentados 5 vídeos.

No primeiro, Paolo Conte canta numa sessão do Festival de Jazz de Montreux de 2013, considerado um dos mais renomados festivais de jazz do mundo. Para assistir clique aqui

No segundo, a música é o pano de fundo dos bailados magistrais de Fred Astaire e Ginger Rogers com cenas retiradas dos filmes "Top Hat" (1935), "Shall We Dance" (1937) e "Swing Time" (1936). Para assistir clique aqui

Nos outros três vídeos, a música tem como pano de fundo imagens de outros filmes. Para assistir clique aqui, aqui e aqui

Roger Waters: "Sumud"

O músico inglês Roger Waters, 82 anos, fez uma homenagem à ex-vereadora do município do Rio Marielle Franco (Psol), assassinada pelo crime organizado em março de 2018 na capital fluminense. O artista lançou a música "Sumud". De origem árabe, o nome da canção significa "persistência inabalável" ou "firmeza perseverante". A homenagem aconteceu no último sábado (29), nos Estados Unidos.
No novo single, o ex-Pink Floyd reuniu figuras históricas e ativistas, como Rachel Corrie, Shireen Abu Akleh, Sophie Scholl e Anne Frank. No trecho que cita Marielle, Waters cantou: "Lembro-me bem de você/ De onde você ficou, de onde você caiu/ Você foi brutalmente assassinada/ Mas seu espírito permanece".
Em 2018, durante show no Rio, Waters vestiu uma camisa com a frase "Lute como Marielle Franco" e levou três mulheres ao palco - Luyara Santos, filha da ex-vereadora, Anielle Franco, sua irmã, e Mônica Benício, sua ex-mulher. O nome de Marielle também apareceu em telões de outras apresentações do artista.
Para assistir à interpretação de "Samud" clique no video aqui

Dino D'Santiago & Os Tubarões: "Djonsinho Cabral"

A música 'Djonsinho Cabral' de Os Tubarões, com a participação de Dino D'Santiago, é uma poderosa narrativa sobre a luta pela terra e a resistência das comunidades em Cabo Verde. A letra, cantada em crioulo cabo-verdiano, reflete a realidade de muitas famílias que enfrentam dificuldades para manter suas terras e sustentar suas famílias. A repetição da frase 'n ta bendi boi n ta paga' (não vou vender o boi, vou pagar) simboliza a resistência e a determinação de não ceder às pressões externas, mantendo a dignidade e a autonomia. Para assistir à interpretação clique no vídeo aqui