"Entro no teu corpo árvore felina..." - Casimiro de Brito
como quem visita um templo
vegetal uma ilha impregnada
pelas especiarias mais raras
do sol e do mar. Ascendo em bocas
que bebem a minha seiva em dunas
que me lavam e queimam
humildes. Armas tão frágeis
as que temos: o mel a saliva o
sêmen. Caminho na luz obscura
com as mãos vazias
de quem nasce de novo.
Casimiro de Brito
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