sexta-feira, 30 de junho de 2017

Fosfoetanolamina, o "caso que envergonhou a ciência brasileira"

Há mais de um ano, a promessa milagrosa da “fosfo” e o furor popular criado ao seu redor puseram em campos opostos o sistema político e a quase totalidade da comunidade científica brasileira | CECILIA BASTOS/USP Imagem

Como o populismo aliado à ignorância científica produziu um dos piores momentos da ciência nacional em décadas. 

Para ler o texto completo de Carlos Orsi clique aqui

Como a casta política controla o que o brasileiro sabe

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Pesquisadora da UFRJ revela, em livro, as relações íntimas entre os parlamentares e as TVs e rádios pelas quais o pais se (des)informa. Fenômeno não se limita às regiões mais pobres, ao contrário do que se pensa.
Para ler o texto completo de Taís Seibt clique aqui

Uma dica para os democratas: sejam mais claros na defesa de um sistema público de saúde


O famoso estrategista republicano Frank Luntz escreveu, em 2009, um memorando direcionado à bancada republicana do Congresso. Nele, Luntz dava conselhos sobre a melhor maneira de se opor ao projeto de lei democrata de reforma do sistema de saúde, que ficaria conhecido como Obamacare. “Parem de falar de teoria econômica”, afirmou ele, usem “as palavras certas” e apresentem uma alternativa conservadora viável. “Não basta dizer a que você se opõe”, orientou Luntz. “Você tem de explicar o que defende”. 
Para ler o texto completo de Mhedi Hasan clique aqui

Karl Marx, quem diria, já pode voltar

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Desigualdade brutal e ataque aos direitos sociais levam até os liberais ilustrados a reconhecer certas teses do filósofo. Mas como atualizá-las, para transformar o mundo de hoje?
Para ler o texto completo de Vicenç Navarro clique aqui

Streck: já é um Estado de Exceção!

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Defender a Legalidade é um ato revolucionário!
Para ler o texto completo de Lênio Streck clique aqui

6 pontos sobre Gramsci e o fascismo


Em seu artigo, Guido Liguori começa discutindo as preocupações de Gramsci, em maio 1920, no interior ainda do Partido Socialista Italiano.  O artigo publicado no L’Ordine NuovoPer un rinnovamento del Partito Socialista [Para uma renovação do Partido Socialista], marcou o início do processo que culminaria na ruptura dos comunistas com o PSI em 1921. 
Para ler o texto completo de Daniela Mussi clique aqui

Quem controla o que você vê ou não na internet?

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O princípio de relevância cria um mundo sob medida para você. Antes de comemorar vale

conhecer o alerta de quem afirma que isso mais asfixia do que liberta. 

Para ler o texto completo de Tatiana Carlotti clique aqui

terça-feira, 27 de junho de 2017

Dicionário Pessoal: Letra “M”

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Dicionário Pessoal: Letra “M”  
MAÇÃ
Saboreando-a degusto também as maçãs da minha infância.

MÃE
A primeira terra. O primeiro mar. O primeiro paraíso. A primeira deusa.

MAGIA
Mágico é o mundo para quem o olha pela sempre primeira vez.

MAL
O mal do amor, esse que, por bem nenhum, trocarei.

MANHÃ
Ouço a lâmpada da manhã que, devagar, se levanta.

MÃO
A minha mão tem a forma do teu seio.

MAR
Haverá um mar dentro de nós? Assim parece, quando amamos.

MARAVILHA
A palavra mais bela da língua portuguesa.

MARÉ
Cada homem, cada ser é uma onda que se levanta e já cai.

MÁRMORE
Mármore me sinto e, subitamente, apodreço.

MÁSCARA
Há máscaras mais sensíveis do que certos rostos.

MATAR
Matei formigas. Matei baratas. Matei amores.

MATÉRIA
Somos feitos da mesma matéria de que são feitos os sonhos.

MATURIDADE
Amadureço ao mesmo tempo que apodreço.

MEDITAÇÃO
Uma das minhas duas maneiras de me despir.

MEDO
Não tenho medo de nada porque a morte não existe.

MEL
O mel da minha amada sobe-me à cabeça.

MELANCOLIA
Tudo em nós é vaso vazio quando a melancolia nos visita.

MEMÓRIA
A falta de memória faz da vida o que ela é: uma sempre primeira vez.

MENINO
Diante do mar sou de novo o menino que sempre fui.

MENTE
Umas vezes tenho a mente de um sábio, outras de um louco.

MENTIRA
A pior das mentiras é aquela que, sem mais nem menos, me louva.

MESTRE
Mestre só tenho um: Lao-Zi — que não me aceitaria como discípulo.

METAMORFOSE
Não há metamorfose sem regresso às origens.

MILAGRE
O mar azul, ouço Bach e leio Platão.

MÍNIMO
Um grão de areia. Um templo milenar. Uma estrela.

MISTÉRIO
A mais simples das coisas e gestos.

MOMENTO
A cada momento colhemos frutos milenares.

MONSTRO
Os monstros estão à mão de colher, basta abrir os olhos.

MORAL
A moral, essa que nivela, é sempre negativa.

MORTE
Alegrai-vos: A morte são 10000 renascimentos.

MULHER
Mais bela do que as deusas, que não existem.


Casimiro de Brito

Em busca da comunidade futura

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O senso coletivo, que caracterizava a condição operária nos séculos XIX e XX, esvaziou-se. É preciso buscar outros pertencimentos — e talvez eles se baseiem no que pretendemos que o mundo seja.
Para ler o texto completo de Nuno Ramos de Almeida clique aqui

Mulheres são 49% do total de pesquisadores do Brasil

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O estudo compara a participação das mulheres na ciência em onze países e mais a União Europeia entre 1996 e 2015, e o Brasil é destacado por notáveis avanços em termos de igualdade de gênero nas últimas duas décadas. 
Para ler o texto completo clique aqui

Boff: Sobre desejo, competição e violência

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O que o filósofo René Girard nos diz sobre as bases psicanalíticas da rivalidade-exclusão e os caminhos para dar outro sentido ao desejo,
Para ler o texto completo de Leonardo Boff clique aqui

Lima Barreto é um bom autor para pensar o contexto brasileiro atual, diz biógrafa


Novo trabalho da antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz retrata a ambiguidade, relevância e atualidade do autor negro que viveu no início do século 20. 
Para ler sua entrevista clique aqui

Leia também “ Lima Barreto, uma voz que nasceu negra na literatura” de  André de Oliveira clicando aqui


Dez motivos para Moro não prender o Lula

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A equipe de procuradores da Lava Jato liderados por Deltan Dallagnol acusa Lula de ter recebido um apartamento no Guarujá e o armazenamento do acervo presidencial entre 2011 e 2016 em troca de 3 contratos da Petrobras onde teria havido desvio de recursos. Entenda porque a acusação é absurda em cada uma dessas afirmações e porque uma condenação de Lula é impossível de ser feita dentro da lei. 
Para ler o texto completo clique aqui

Guerra urbana

Ítalo Rômany/Eder Content/UOL

Como vivem os jovens nas cidades mais violentas do Brasil.
 Para ler o texto de Ítalo Rômany clique aqui

segunda-feira, 26 de junho de 2017

ELIANE BRUM: A Lava Jato como purgação e maldição

A Lava Jato como purgação e maldição

Para refundar a democracia é preciso bem mais do que combater a corrupção: é preciso produzir justiça e memória dos crimes contra a vida humana cometidos pelo Estado. 

Para ler o texto completo de Eiane Brum clique aqui

MIA COUTO: "Teremos que inventar um outro modo de fazer política"

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Prestes a completar 62 anos, o escritor moçambicano Mia Couto é uma das poucas pessoas no mundo capaz de juntar com beleza e propriedade assuntos que vão da medicina à ecologia, da biologia à poesia, da prosa à política. Reconhecido internacionalmente pela qualidade de sua literatura, Couto divide seu tempo entre os livros, o estudo dos ecossistemas, as responsabilidades como consultor ambiental e uma imensa curiosidade sobre como tudo isso, mais o ser humano, está conectado. “Confirmei na ciência o que suspeitava como poeta: a certeza de um parentesco perdido com o mundo natural, seja ele tido como vivo ou inorgânico. Não imaginamos, nós seres humanos, o quanto somos feitos de material não humano”, disse nesta entrevista à ISTOÉ. Na semana passada, Couto esteve no Brasil para participar do Brain Congress 2017, evento que reuniu alguns dos principais nomes da neurociência mundial. 
Para ler sua entrevista clique aqui

O que é reforma política, que todo mundo discute, mas pouco se implementa

Movimentos de juventude pedem reforma política em ato em São Paulo

As manifestações de junho de 2013 expuseram de forma clara um fosso entre representantes e representados na política brasileira. Quatro anos depois, com parte das cúpulas partidárias criminalizadas pela Operação Lava Jato, uma presidente da República impedida e o atual mandatário alvo de investigação por suspeita de corrupção, o tema da falta de representatividade segue no debate público. Junto com ele, uma expressão que parece ser a panaceia para esse problema: reforma política.
Para ler o texto completo de Bruno Lupion clique aqui

A Cultura não é a crise, é a saída


Em vez de ter na cultura uma força para abarcar sua proporção continental e combater desigualdades históricas, o Brasil vive um momento de destruição de sua própria identidade. 
Para ler o texto completo de Pedro Granato clique aqui

O dia em que eu deixei de acreditar na Justiça foi o dia em que advoguei em prol de uma criança vítima de estupro

Imagem da escultura do dinamarquês Jens Galschiot, em que se vê a Justiça como uma velha gorda com uma balança na mão, menor que seus volumosos seios, carregada sobre os ombros de famélico cidadão, de estatura bem menor que o cajado que a pesada senhora segura e que lhe sustenta. Tudo é maior que o cidadão, menos a balança, é claro. E quanto ao cajado, este é o Estado, que sob o olhar do famélico por justiça, está próximo, mas ao mesmo tempo, segurado pela gorda senhora, parece distante.

John Godfrey Saxe dizia que as leis, como salsichas, deixarão de inspirar respeito na proporção em que soubermos como são feitas - a frase passou a ser atribuída a Otto von Bismarck em meados de 1930, como bem observou Fred R. Shapiro em 21 de julho de 2008, no New York Times. Gosto de pensar que Godfrey não se referia apenas ao Legislativo e suas conclusões à meia-noite, mas ao sistema jurídico como um todo.

Pois então, o dia em que eu deixei de acreditar na Justiça tem a ver com uma decisão de primeira instância, em uma Vara da Infância e da Juventude. Começou com um telefonema, de uma mãe que me pedia para recorrer de uma decisão que a seu ver seria absurda. 
Para ler o texto completo de José Carvalho Jr. clique aqui

'Banho de cândida' e pregador para afinar o nariz: quando o racismo está dentro de casa

Estudo mostra como racismo se manifesta em famílias com membros de diferentes raças

O que acontece quando existe racismo dentro de casa? De que maneira ele se manifesta? Como casamentos inter-raciais podem gerar crianças que são segregadas, no próprio ambiente doméstico, por causa de sua cor? Por que muitas pessoas brancas negam a raça negra de seus cônjuges --por elas escolhidas-- e até de seus filhos? Algumas respostas para estas perguntas aparecem em um estudo da doutora em psicologia social Lia Schucman, que pesquisa as relações raciais no Brasil. 
Para ler o texto completo de Juliana Carpenez clique aqui

Geração com mais de 50 anos revoluciona velhice e cria 'gerontolescência', diz guru da longevidade

Grupo de idosos dança na rua em SP

Envelhecer não é mais o que era antes graças aos baby boomers, que estão transformando esse período e vivendo de forma diferente das gerações anteriores - é o que diz uma das maiores autoridades em envelhecimento do mundo, o médico brasileiro Alexandre Kalache. 
Para ler sua entrevista clique aqui

domingo, 25 de junho de 2017

Shakespeare? Cervantes? Isso é para quem não gosta de literatura


São como deuses literários mas também conseguiram motivar críticas. Shakespeare, Cervantes, Camões, Vieira, com reputações imaculadas e críticos inflamados. Carlos Maria Bobone recorda-os. 
Para ler seu texto clique aqui

Dez princípios para o cooperativismo digital

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A equipe do Fairmondo, um dos grupos mais conhecidos de cooperativismo digital, posa irreverente

Numa era marcada pela selvageria do Uber, é preciso estabelecer claramente os direitos dos trabalhadores que atuam no mundo virtual. Eis um primeiro esboço.
Para ler o texto completo de Trebor Sholz clique aqui

Será que o Brasil está preparado para ter um presidente negro?

Nelson Barbosa em 2014 no Supremo.

O Brasil, apesar de classista e com fortes preconceitos com os negros, revela ser mais democrático e livre do que aparenta na superfície. 

Para ler o texto completo de Juan Arias clique aqui

Beth Hart - "Fire On The Floor" (Quatro vídeos para a uma mesma espetacular canção)


Cantora e compositora norte-americana originária de Los Angeles, com oito álbuns na bagagem (sendo um desses ao vivo). Tem apenas 41 anos e com o novo disco Beth Hart está em chamas. Fire on the Floor trás canções assentadas na base do Blues com influências jazzísticas, capazes de agitar e de emocionar aos mais incautos. 

Para assistir à interpretação de "Fire On The Floor" na voz de Beth Hart clique no vídeo aqui, aqui,  aqui e aqui


A justiça que serve a Abdelmassih e Andrea Neves é cega para os presos "comuns"


Dois casos icônicos de prisão domiciliar chamaram a atenção do Brasil esta semana: a do estuprador Roger Abdelmassih, já condenado, e a de Andrea Neves, suspeita de corrupção que ainda não foi julgada. As duas situações são extremamente diferentes, porém refletem uma mesma lógica perversa: dentro do sistema penitenciário as desigualdades sociais, que do lado de fora formam um conjunto de privilégios, tornam-se uma engrenagem em que ricos conseguem a liberdade e pobres são esquecidos em celas superlotadas. 
Para ler o texto completo de Helena Borges clique aqui

Robôs nunca atingirão nível de consciência similar ao humano, diz físico Marcelo Gleiser


A inteligência artificial e os robôs podem acabar, nas próximas décadas, substituindo a humanidade na maior parte dos trabalhos que hoje executamos. Mas não em todos. É o que argumenta o físico brasileiro Marcelo Gleiser. Em entrevista ao Mensageiro Sideral, ele se mostra cético quanto às possibilidades de computadores atingirem um nível de consciência similar ao dos humanos.
“É possível se criar uma consciência artificial?”, pergunta-se Gleiser. “Pode ser que você consiga, com uma rede neuronal suficientemente complexa, [que] surja alguma espécie de emergência com alguma coisa parecida com uma consciência e tal. Mas, seja lá o que essa consciência for, ela certamente não tem nada ver com a gente ou com a consciência humana.”
Gleiser também afirma que a próxima década será, provavelmente, o momento em que a humanidade decifrará grandes enigmas, como a natureza da matéria escura e da energia escura, que perfazem a maior parte da quantidade total de matéria e energia do cosmos. E ele vai mais além, ao afirmar que está chegando o dia em que poderemos responder à famosa pergunta: “Estamos sós no Universo?”
“Vai ser possível daqui a dez anos mais ou menos, talvez até menos, estudar a composição química da atmosfera de outros planetas”, afirma. “Se você fizer isso, imagina que um ser alienígena está olhando para a Terra, de longe. O que ele vai ver? Ele vai ver que a atmosfera é rica em oxigênio, que tem metano, que tem água, que tem ozônio, e essa criatura (certamente se estiver observando a gente vai ser boa em ciência) vai deduzir que existe vida na Terra. Só olhando para a composição da atmosfera. Não precisa ver nenhum bichinho com antena, onda de rádio, porra nenhuma. Só olhando para a atmosfera você já sabe quase com certeza absoluta (porque não existe certeza absoluta em ciência) que existe vida naquele lugar. A gente vai poder fazer isso. Isso, para mim, é absolutamente fantástico.”
Salvador Nogueira
Confira a seguir a entrevista completa com Marcelo Gleiser clicando no vídeo aqui


O inúmero povo dos mortos de Alberto Giacometti


Mais do que um dos grandes artistas do século XX, foi — é — uma das presenças mais importantes em toda a história da escultura ocidental. A enorme retrospectiva que a Tate Modern lhe dedica até 10 de Setembro evidencia aquilo que nunca deixou de procurar: a verdade do rosto e do movimento. 
Para ler o texto completo de Nuno Crespo clique aqui

sábado, 24 de junho de 2017

DOSSIÊ: Ações afirmativas e combate ao racismo

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Leia “Democratização da educação superior no Brasil: novas dinâmicas, dilemas e aprendizados” organizado por Rosana Heringer clique aqui

Leia “Um Balanço de 10 Anos de Políticas de Ação Afirmativa no Brasil” de Rosana Heringer clicando aqui

Leia “Ações Afirmativas no ensino superior: estudo das publicações da ANPED no ano de 2011” de Elenilson Evangelista Silva e Benedito Gonçalves Eugênio clicando aqui

Leia “Cotas raciais: por que sim?” uma publicação do Ibase que pode ser lida clicando aqui

Leia “AÇÕES AFIRMATIVAS E O DEBATE SOBRE RACISMO NO BRASIL” de Andreas Hofbauer clicando aqui

Leia “Ações afirmativas e experiências de igualdade racial: resultado de um diálogo” de Ana Claudia Farranha clicando aqui

Leia “Ações afirmativas: a escola em debate” de Carlos Roberto Diago, Jackson F. Costa de Farias, Lucas Kodama Seco, Edson Martins Junior e Christian Tadeu Giliotti clicando aqui

Para ler “AÇÕES AFIRMATIVAS E POLÍTICA DE COTAS NO BRASIL: UMA BIBLIOGRAFIA, 1999 – 2012” de Lúcia Gaspar e Virgínia Barbosa clique aqui

"Aqui" - Sophia de Mello Breyner Andresen

Resultado de imagem para "Aqui" - Sophia de Mello Breyner Andresen Navegações nas fronteiras do pensamento
Sophia de Mello Breyner Andresen 

Aqui

Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem,
No interior das coisas canto nua.

Aqui livre sou eu — eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos,
Aqui sou eu em tudo quanto amei.

Não por aquilo que só atravessei,
Não pelo meu rumor que só perdi,
Não pelos incertos atos que vivi,

Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.


Sophia de Mello Breyner Andresen 

Mino Carta: "O golpe levou ao poder quadrilhas que agora se digladiam entre si"

Reprodução/CartaCapital

No mês passado, o fundador da revista CartaCapital, Mino Carta, escreveu seu último editorial para a publicação. O diretor de redação da revista semanal, criada em 1994, afirma que o periódico passa por uma grave crise econômica. "Estamos vivendo dias muito difíceis, estamos à beira do desastre final", declarou em entrevista que pode ser lida clicando aqui

Lattes, o físico brasileiro que disputou o Nobel e nomeou base de currículos

O físico César Lattes em 1948, ao regressar de temporada em Berkeley


Lattes, o físico brasileiro que disputou o Nobel e nomeou base de currículos

ANTONIO AUGUSTO PASSOS VIDEIRA
CÁSSIO LEITE VIEIRA

24/06/2017  

RESUMO Há 70 anos, o brasileiro César Lattes teve participação decisiva em uma das descobertas mais importantes da física no século 20: a detecção da partícula méson pi, que mantém o núcleo atômico coeso. Seus feitos lhe renderam várias homenagens, entre as quais a de nomear a plataforma acadêmica de currículos.
Há 70 anos, a descoberta de uma nova partícula subatômica causou sensação na comunidade internacional e esteve por trás do gesto contido do jovem na foto estampada na lateral desta página. A imagem simboliza um período em que ciência, alavancada por ideais desenvolvimentistas e ligados à segurança nacional, integrou um projeto de nação para o Brasil.
Então com 24 anos de idade, Cesare Mansueto Giulio Lattes (1924-2005) foi recepcionado pela imprensa ao voltar ao país no auge de sua fama, alcançada por feitos na Inglaterra e nos EUA.
Único físico formado na turma de 1943 da USP, aquele curitibano com planos de ser professor secundário havia ido muito mais longe do que previra. César Lattes se tornava "nosso herói da era nuclear".
A revista "Nature" de 24 de maio de 1947, em poucas páginas, detalhava a detecção de um novo fragmento de matéria: a partícula méson pi (hoje, píon), responsável por manter prótons e nêutrons "colados" no núcleo atômico.
O feito era do laboratório H. H. Wills, da Universidade de Bristol, onde Lattes havia chegado no início de 1946 a convite de Giuseppe Occhialini (1907-1993), que fora seu professor na USP, e Cecil Powell (1903-1969), chefe do grupo.
A equipe de Bristol usava placas fotográficas especiais para capturar a trajetória e a desintegração de partículas subatômicas. Quando Lattes se instalou na universidade britânica, o material havia passado por melhorias técnicas e estava em fase de calibração.
Lattes pôde pôr em prática um plano que havia traçado ainda no Brasil. Ele queria usar as chapas para estudar os raios cósmicos, núcleos atômicos que, a todo instante, penetram a Terra e, chocando-se com moléculas da atmosfera, geram uma chuveirada de partículas.
A esperança dos físicos era a de que um desses nacos de matéria fosse uma partícula ainda desconhecida. Para melhorar as chances dessa "captura", as chapas eram expostas em montanhas. No final de 1946, Lattes pediu a Occhialini que deixasse algumas caixas delas no Pic du Midi, nos Pirineus franceses (2.500 m de altitude).
Parte dessas placas tinha algo novo. Lattes havia pedido ao fabricante que incluísse, na sua composição, o elemento químico boro. Essa inovação tornou mais fácil visualizar as trajetórias dos dois mésons pi que ilustraram o artigo da "Nature" há 70 anos.
Entusiasmado, Lattes apostou que, no monte Chacaltaya, na Bolívia, com o dobro da altura do Pic du Midi, ele poderia capturar mais mésons pi. O laboratório H. H. Wills pagou a passagem até o Rio de Janeiro e, de lá, o brasileiro se viraria para chegar ao seu destino. Montanhas, neve, cavernas, fundos de lago etc. Física experimental tinha algo de aventura à época.
Do pico andino, Lattes trouxe centenas de mésons. Os resultados foram publicados em outubro de 1947 na "Nature", revelando mais detalhes sobre as partículas.
CALIFÓRNIA
Ao final daquele ano, o H. H. Wills ganhava ares de meca da técnica fotográfica aplicada à física. As notícias da detecção do méson pi espalharam-se. Do norte da Europa, veio o convite para Lattes dar palestras.
Em Copenhague, o jovem brasileiro encontrou-se com Niels Bohr (1885-1962), Nobel de Física de 1922. O dinamarquês ficou surpreso ao saber que Lattes pretendia deixar Bristol e seguir para os EUA. Sua missão seria detectar mésons no então mais potente acelerador de partículas do mundo, o sincrociclótron de 184 polegadas, na Universidade da Califórnia (Berkeley).
Essa máquina, que começara a funcionar havia mais de um ano, tinha o propósito de produzir mésons. Mas, para constrangimento geral, as partículas ainda não haviam sido detectadas.
Lattes chegou no início de 1948 e, dez dias depois, com a ajuda do colega norte-americano Eugene Gardner (1913-1950), visualizou os mésons nas chapas fotográficas expostas ao feixe de partículas gerado por aquele equipamento.
Pela primeira vez, partículas detectadas apenas na radiação cósmica haviam sido produzidas artificialmente. Além disso, a visualização dos mésons pi por Lattes e Gardner mostrava que um avanço técnico implementado naquele sincrociclótron funcionava.
Estavam lançadas, assim, as sementes para uma nova forma de fazer física: a era das máquinas, que transformaria os EUA no centro mundial desse ramo pelo próximo meio século.
A produção artificial do méson pi foi capa da revista "Science News Times", ocupou páginas de duas edições da revista "Time", mereceu entrevista coletiva com cobertura da "Nucleonics" e rendeu reportagens no jornal "The New York Times", cuja editoria de ciência elegeu aquele o feito mais importante da física no ano, comparando-o à fissão do núcleo atômico.
No Brasil, os feitos de Lattes também tiveram ampla repercussão. Jornais, revistas e suplementos começaram a moldar "nosso herói da era nuclear". O curitibano era o representante brasileiro de uma nova ordem mundial, na qual conhecimento tornava-se sinônimo de poder (político e econômico).
No mundo, naquele momento, nascia a aliança entre ciência, tecnologia, capital e Estado. Eram as raízes do complexo militar-tecnológico dos EUA.
DESENVOLVIMENTISMO
O Brasil reagiu a esse novo cenário mundial. Cevada por uma mentalidade desenvolvimentista, uma campanha reuniu formadores de opinião de vários setores.
Pleiteava-se a criação de um instituto no qual se fizesse, em período integral, pesquisa em física. Por sua parte, militares nacionalistas viram ali a chance de obter o ciclo completo da energia nuclear –ainda hoje de extrema importância.
O sucesso do movimento rendeu frutos em 1949, quando foi fundado o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Lattes era seu diretor científico.
Nos anos seguintes, essa primeira aliança entre físicos e militares criou dois projetos distintos.
O primeiro, de um "Brasil grande", capitaneado pelo físico-químico e almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva (1889-1976), tinha como frente principal a construção de um acelerador mais potente que o de Berkeley. No outro, o do "Brasil realista", defendido por Lattes, propunha-se algo mais modesto: um acelerador de pequeno porte, para treinamento de estudantes.
O acelerador do almirante Álvaro Alberto naufragou fragorosamente. O país nem tinha os equipamentos necessários para a usinagem dos ímãs gigantescos usados nessas máquinas.
O cenário "Brasil grande", contudo, evaporou mesmo por causa de um escândalo. O diretor financeiro do CBPF gastou a verba do acelerador em corridas de cavalo.
Embora desaconselhado por colegas, Lattes foi à mídia, e o jornalista Carlos Lacerda (1914-1977) usou a história para atacar o governo de Getúlio Vargas, seu rival. Lacerda publicou na capa de seu jornal, "Tribuna da Imprensa", uma carta de Lattes.
Aos 30 anos, devido às pressões, Lattes teve um surto psiquiátrico. Viajou para os EUA em busca de tratamento. Regressou ao Brasil em 1957, talvez para tentar finalizar o que havia construído.
Crise no CBPF, salários baixos, inflação, família numerosa e quadro mental instável. Esses fatores levaram o físico de volta à USP, em 1959, onde seguiu com projetos experimentais envolvendo o uso das placas fotográficas e o estudo dos raios cósmicos.
Em 1967, Lattes transferiu-se para a então recém-inaugurada Universidade Estadual de Campinas (SP), na qual se aposentaria.
Para o Brasil, o méson foi muito mais do que uma partícula, e Lattes, muito mais do que ele mesmo. Seus feitos impulsionaram a construção da estrutura político-administrativa de ciência no país.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) são frutos de um projeto que alçou um cientista a herói nacional, de um país que percebeu que conhecimento era a ordem do dia para uma nova geopolítica.
Até a década de 1920, praticamente tudo o que havia de física experimental no Brasil era um laboratório didático na Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Lattes elevou o campo de estudos a novos patamares. Na década de 1950, construiu, em Chacaltaya, um laboratório para estudar radiação cósmica. Nesse mesmo período, a Europa, recuperando-se da Segunda Guerra, erguia seu centro de pesquisas nucleares. Aquele era um Brasil –ao menos em ciência– protagonista da história.
As trajetórias de partículas na forma de risquinhos pontilhados que aparecem no artigo de maio de 1947 mudaram a ciência brasileira. E essa, nas décadas seguintes, mudaria a cara do país.
Lattes poderia ter feito carreira no exterior, mas optou por seu país. "Prefiro ajudar a construir a ciência no Brasil do que ganhar um Nobel", escreveu, na década de 1940, ao colega físico José Leite Lopes (1918-2006).
Não era bravata. Em 1949, o japonês Hideki Yukawa (1907-1981) ganhou o Prêmio Nobel de Física pela previsão teórica dos mésons. Um ano depois, Cecil Powell foi laureado pelo desenvolvimento do método fotográfico que permitiu as descobertas sobre os mésons. Lattes recebeu sete indicações ao prêmio.
Passados 70 anos, o nome "Lattes" e o termo "méson pi" ainda ressoam. O cientista recebeu várias homenagens (títulos, prêmios, nomes de rua). A faceta mais famosa é a plataforma acadêmica de currículos. São ecos benignos de um país que havia feito da ciência uma prioridade. Com um pouco de esforço, será possível não só capturar aquela mensagem, mas amplificá-la e recolocá-la em prática.

ANTONIO AUGUSTO PASSOS VIDEIRA, 53, é professor do departamento de filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, colaborador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e pesquisador do CNPq.
CÁSSIO LEITE VIEIRA, 56, trabalha na revista "Ciência Hoje" e no Núcleo de Comunicação Social do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. 

Fonte: Aqui

O janelão estilhaçado da Rede Globo

Reprodução

Enquanto a Mídia Alternativa luta pela sobrevivência, garantindo o contraditório ao discurso

hegemônico, a Globo inauguram a nova sede do seu jornalismo. 

Para ler o texto completo de Tatiana Carlotti clique aqui

Eu não sou seu negro pergunta: quem é bárbaro?

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Como Frantz Fanon, James Baldwin parece acreditar: brancos e negros “têm de se afastar das vozes desumanas de seus ancestrais respectivos, a fim de que nasça uma autêntica comunicação”.
Para ler o texto de Elaine Santos e assistir ao trailer do documentário "Eu não sou seu negro" clique aqui

Feminismo e política em tempos de retrocessos


Com a ruptura do diálogo com os movimentos feministas e suas pautas, consolidada com o golpe de 2016, iniciou-se a ruptura do diálogo com todos os setores populares progressistas da sociedade civil. Para ler o texto completo de Flávia Biroli clique aqui

Assassinos da SS com doutorado

Oficial do SD na Ucrânia, em 1941

Em estudo monumental, historiador francês Christian Ingrao ressalta o papel decisivo dos intelectuais na elite da Ordem Negra de Himmler. 

Para ler o texto completo de Jacinto Antón clique aqui

12 Filmes sobre Depressão


A depressão é um grave distúrbio psicológico. Dentre os sintomas mais comuns estão a persistente sensação de tristeza, perda de interesse e angústia e insônia. 
Confira alguns filmes que tratam do assunto, sugeridos por Philippe Leão, clicando aqui

Novas representações de África: da colônia à póscolônia, uma leitura do livro de António Pinto Ribeiro


África, os Quatro Rios - a representação de África através da literatura de viagens europeia e norte-americana, de António Pinto Ribeiro, recentemente publicado pela Afrontamento, leva-nos ao encontro de uma outra faceta do ensaísmo do seu autor - o da interpretação de outras linguagens de representação. 
Para ler o texto completo de Margarida Calafate Ribeiro clique aqui

Stevens Rehen, neurocientista


Fascinado pelo estudo das células, o biólogo recria minicérebros em laboratório para investigar os distúrbios de neurodesenvolvimento e testar medicamentos para combatê-los. 
Para ler a entrevista de Stevens Rehen clique aqui

Temer, o monstro

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Quem sabe esse presidente desastroso não possa ao menos deixar esse legado positivo para o país: o de nos ensinar a evitar outros como ele. 
Para ler o texto completo de Denis R. Burgierman clique aqui

Leia "Temer esgota-se - e o "mercado" trama algo pior" de Paulo Kliass clicando aqui


Sem aulas e de graça: assim é a escola de programação mais revolucionária do mundo

Sem aulas e de graça: assim é a escola de programação mais revolucionária do mundo

50.000 se inscrevem todos os anos para entrar na 42, uma escola vanguardista de Paris

Em um elemento ela se parece outras universidades tecnológicas: poucas mulheres. 

Para ler o texto completo de Jacobo Pedraza clique aqui

Miley Cyrus - "Malibu"

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Para assistir à interpretação de "Malibu" na voz de Miley Cyrus clique aqui 

sexta-feira, 23 de junho de 2017

"Amo-te. Basta-me um pássaro, uma árvore ..." - Casimiro de Brito

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Amo-te. Basta-me um pássaro, uma árvore
para me transportar ao jardim
de ti — um livro, uma palavra, o peso
do silêncio
para me levarem ao poço de ti,
aos teus olhos que ofuscam
o cristal da manhã; à tua boca
aproximando-se da minha pele
como se regressasse a casa.
Cantar-te é desfazer o nevoeiro da minha vida,
desfiar uma chama, ardendo lenta,
que não se via. E basta-me um vinho
ou a tua língua,
ou a memória dela
para que em mim disparem águas
trémulas — ainda são — por isso
quando te amo
sou um pouco essa montanha que tece com o vento
uma combustão muito lenta muito paciente
como se todo o fulgor da vida
se concentrasse nos vales e nos rios do teu corpo.


Casimiro de Brito

A Economia Política e o grande salto atrás

170621-Aristocracia

Os banqueiros dominam a produção, controlam os palácios, não pagam impostos. As sociedades tornam-se impotentes. A democracia reduz-se a ficção. Diante da crise da modernidade, o neoliberalismo propõe marcha à ré.
Para ler o texto completo de Luis Casado clique aqui

João Paulo II: os anos terror na Igreja (artigo 1 de 3)

João Paulo II e Pinochet no Palácio de La Moneda, em Santiago (1987), onde o presidente Salvador Allende fora assassinado em 1973 pelas tropas do exército

O pontificado de João Paulo II ainda hoje é entendido pela opinião pública como governo de um homem de fé enraizada, carismático, determinado, defensor da paz, corajoso. Ao longo dos 26 anos de seu longo papado, entre outubro de 1978 e até sua morte, em 2 de abril de 2005, Karol Józef Wojtyła tornou-se um superstar, mobilizando multidões em suas viagens ao redor do planeta. Sua resiliência em conduzir a Igreja doente, alquebrado, imerso em dores, reforçou ainda mais sua imagem. 
Para ler o texto completo de Mauro Lopes clique aqui

"Roupa suja se lava em casa", diz professor Ricardo Musse sobre PT

.

Fundador do partido, sociólogo diz que PT "não tem que ir a público fazer autocrítica" e 

que nossos ricos "não têm legitimidade para governar". 

Para ler a entrevista de Ricardo Musse clique aqui

E o exército americano chegará à Amazônia?

Lithuania Germany US Military Threat

Governo convida Washington para exercícios militares na região. Setores das forças armadas brasileiras resistem. Mas Temer tem planos vastos de “integração” com os EUA.
Para ler o texto completo de Raúl Zibechi clique aqui

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