terça-feira, 28 de abril de 2015

Será o jornalismo dominado pelo Facebook?

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É cada vez mais clara a consolidação da influência das redes sociais sobre o jornalismo. O Facebook firmou parceria com veículos como New York Times e BuzzFeed para passar a hospedar conteúdo jornalístico em sua própria página em vez redirecionar o leitor a links para sites externos.
Além disso, mais uma vez o algoritmo de notícias do feed foi alterado – com isso, editores foram advertidos de que poderiam notar um “declínio” no alcance e encaminhamento de tráfego de suas postagens.
A cada anúncio do Facebook, cresce a desconfiança de analistas de mídia sobre o papel que a rede social terá, num futuro próximo, na indústria jornalística.
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Memórias do racismo na ‘Folha’ e na ‘Veja’


A tragédia dos refugiados africanos que morrem afogados na tentativa de desembarcar clandestinamente na Europa, tantas vezes repetida, expõe em cada ocasião a mal-disfarçada indiferença da mídia brasileira e “ocidental” perante as vidas de pessoas negras e pobres, em comparação com as dos brancos, dos ricos, dos europeus. Ou alguém acha que se os náufragos fossem franceses ou espanhóis o tratamento jornalístico seria o mesmo?
Os recentes episódios me trazem à lembrança o início da minha carreira como jornalista, na editoria de Exterior da Folha de S.Paulo, na década de 1980. Certo dia, perguntei ao meu chefe, Caio Blinder, por que um acidente de trem nos Estados Unidos, com cinco mortos, merecia mais destaque nas nossas páginas do que uma enchente em Bangladesh, com dezenas de milhares de mortos.
A resposta poderia ser incluída no Manual de Redação do jornal, de tão didática. Em tom de brincadeira, Blinder me explicou que vigorava na Folha a seguinte regra: 1 americano morto = 10 mil indianos mortos.
Para ler o texto completo de Igor Fuser clique aqui

Relembre algumas entrevistas de Antonio Abujamra com autores da Boitempo no Provocações

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Para ver algumas entrevistas de Antonio Abujamra clique nos vídeos aqui

O ajuste fiscal e a alternativa


Surgiu uma alternativa ao ajuste fiscal – o programa do governo Dilma que está destruindo programas sociais, paralisando obras, provocando demissões e afundando a popularidade da presidente. A alternativa é tributar os mais ricos, por meio de uma ampla Reforma Tributária.
Enquanto ela não acontece, há um atalho simples e eficaz. Em entrevista ao Outras Palavras, o auditor fiscal Paulo Gil Introini apontou o caminho. É preciso reverter a decisão do governo Fernando Henrique Cardoso que, no Natal de 1995, ofereceu um presente bilionário a algumas das pessoas mais ricas do país. Ele acabou com a tributação sobre os dividendos – a renda auferida por quem é proprietário ou acionista de empresas. Se um assalariado ganha 10 mil reais por mês, paga 27,5% ao Fisco. Se um acionista da Camargo Corrêa recebe, sem trabalhar, R$ 1,2 milhão por ano em dividendos (dez vezes mais) não paga nada.
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Eurocentrismo, indiferença e cinismo

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Como Pilatos, os países da chamada Europa civilizada lavam as mãos lambuzadas em sangue ao longo dos séculos. Do mesmo modo o fazem os países mais ricos das Américas. Os Estados Unidos esqueceram que a base da sua riqueza está alicerçada em décadas de escravidão. Na recolha de homens, mulheres e crianças, em travessias do Atlântico, amontoados como pedaços de carne, morrendo aos montes nos porões dos barcos. Com os braços desses que escaparam, encheram-se os campos de cultivo de algodão, as cozinhas e “nurseries” das casas coloniais. No corpo de senadores da nação, de médicos célebres, cientistas, artistas de cinema, corre o leite negro das amas africanas. Do mesmo modo aconteceu no velho continente. Portugueses, primeiro, espanhóis, depois, holandeses, franceses, italianos, ingleses, alemães. Todos se alimentaram do ventre farto da nossa mãe comum. Até à exaustão caçaram-se animais na cobiça do marfim, desventrou-se a terra em busca do ouro e das pedras preciosas. Em veios abertos, até hoje se investe na exploração mortífera dos diamantes em Angola, nos poços profundos que retiram o ouro negro dos solos em terra ou no mar. Delapidando, derrubando florestas ancestrais, abrindo crateras, abrindo vias largas para transporte de produtos ilícitos, dizimando aldeias, culturas, povos. Ninguém está liberto de culpas. Nem a sacrossanta igreja católica (ou protestante), muito menos ela. Que em nome de Deus torturou, prendeu, obrigou  à renegação de fés tão antigas como o mundo. Que quem não era cristão não tinha alma. Lembram-se?
Para ler o texto completo de Jorgete Teixeira clique aqui

A trama complexa da Agroecologia

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Cresce o número de agricultores que se interessam por realizar a transição dos sistemas produtivos convencionais para a produção de alimentos em harmonia com a natureza. O incentivo vem de outros agricultores experimentadores e de uma rede de entidades, grupos e organizações governamentais. O crescimento dessas iniciativas está relacionado à habilidade de mobilizar e ativar laços de proximidade presentes no dia a dia das comunidades destes produtores de alimentos saudáveis. O conhecimento acumulado por gerações é a fonte primeira da competência destes agricultores para a preservação dos recursos naturais e inovações na organização produtiva e social. Isso mantém a centralidade da mão de obra familiar e o pertencimento à comunidade.
Para ler o texto completo de Juliana Dias e Mariana Moraes clique aqui

Radiografia de um desafio à velha política

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No início do ano acadêmico de 2008, Pablo Iglesias, um professor de 29 anos com um piercing na sobrancelha e um rabo de cavalo, cumprimentou seus alunos na faculdade de Ciências Políticas da Universidade Complutense, em Madri, convidando-os a se manter em suas cadeiras. A ideia era reencenar uma cena do filme Sociedade dos Poetas Mortos. A mensagem de Iglesias era simples. Seus alunos estavam ali para estudar o poder, e os poderosos podem ser contestados. Essa manobra era típica dele. Política, pensava Iglesias, não era algo a ser apenas estudado. Era alguma coisa que ou você fazia, ou deixava os outros fazerem por você. Como professor, ele era esperto, hiperativo e – fundador de uma organização universitária denominada Contra-Poder – ligeiro no apoio a protestos dos estudantes. Não cabia no perfil clássico de intelectual doutrinário da esquerda espanhola liderada pelos comunistas. Mas tinha clareza sobre quem culpar pelas enfermidades do mundo: o capitalismo irrestrito, globalizado que, na esteira de Ronald Reagan e Margaret Thatcher, havia se instalado como ideologia dominante do mundo desenvolvido.
Para ler o texto completo de Gilles Tremlett clique aqui

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Mulher deve ser maternal e parar de culpar o homem, diz Camille Paglia

Ilustração da crítica e ensaísta americana Camille Paglia

Camille Paglia, a mais antifeminista entre as feministas, aposta na revalorização do lado maternal da mulher como chave para um reencontro afetivo entre os sexos.
Para a ensaísta, enquanto a mulher de qualidade maternal exerce poder sobre os homens ao ter "pena de suas fraquezas", a mulher de perfil profissional exige deles, em casa, a perfeição do mundo dos escritórios.
Em entrevista à Folha, Paglia se declara transexual, critica a produção da arte contemporânea e diz que Madonna deve parar de competir com as mulheres mais jovens.
Leia a entrevista na íntegra clicando aqui

"Não podemos encarar o trabalho atípico como natural e irreversível"


A responsável da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que esteve em Lisboa para participar numa acção de formação para juízes e magistrados sobre trabalho digno, considera que não se devem “demonizar” os contratos a termo, o trabalho independente ou a tempo parcial que, em certos contextos, têm razão de ser. O problema, alerta a italiana Manuela Tomei, é quando estas formas atípicas passam a ser a normalidade e deixam uma parte dos trabalhadores - os jovens, as mulheres e os imigrantes – condenados “a um futuro de insegurança e falta de dignidade”.
Para ler a entrevista de Manuela Tomei clique aqui

Há riquezas que são de todos: os bens comuns

QQ Li / Flickr

Todos sabemos, bem ou mal, administrar os nosso bens privados, a nossa casa, eventualmente a nossa empresa, além das nossas poupanças. Sabemos administrar também, de maneira razoável, os bens claramente de responsabilidade do Estado, ou públicos no sentido estrito, como as ruas: os parques, os hospitais ou escolas públicas. Em ambos casos ocorrem deslizes mais ou menos graves, mas no conjunto são esferas onde sabemos quem é responsável.
Para ler o texto completo de Ladislau Dowbor clique aqui

Mary Wollstonecraft e as origens do feminismo

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Mary Wollstonecraft (1759-1797), é geralmente considerada – por boas razões – a fundadora do feminismo. Seu pensamento marca a primeira elaboração sistemática de um entendimento das raízes da opressão sofrida pelas mulheres.
Sua obra mais importante, Reivindicação dos direitos da mulher, foi publicada em 1792 e sofreu, também, o influxo da Revolução Francesa. A autora havia publicado, dois anos antes, Reivindicação dos direitos do homem, como resposta às Considerações sobre a revolução em França, obra antirrevolucionária de Edmund Burke. Portanto, foi também a promessa de emancipação dos homens, pelos republicanos franceses, que levou Wollstonecraft a sistematizar suas reflexões sobre a necessidade de e os obstáculos para a emancipação das mulheres. “O direito divino dos maridos, tal como o direito divino dos reis, pode, espera-se, nesta era esclarecida, ser contestado sem perigo.”
Para ler o texto completo de Luis Felipe Miguel clique aqui

Alguma coisa (nova) acontece no cinema brasileiro


A simplicidade com que André Novais Oliveira fala de seu cinema contrasta com a extrema sofisticação narrativa de Ela Volta na Quinta, uma obra-prima do actual cinema brasileiro, que está em competição no IndieLisboa (esta terça-feira às 21h45, no Cinema S. Jorge, dia 2 às 22h no Cinema Ideal).
Os primeiros frames desta estreia na longa-metragem podem dar a entender que estamos diante de um documentário: fotografias de um casal através da sua história — namoro, casamento, filhos —, ao som de uma balada romântica. No entanto, embora o próprio realizador e a sua família sejam de facto os protagonistas, nada ali é documental. “Gosto de filmar da forma mais naturalista possível, deixando as personagens falarem espontaneamente, mas vejo [o meu trabalho] como ficção mesmo”, diz André Novais´Oliveira, 30 anos, em conversa com o PÚBLICO por Skype, a partir de São Paulo, onde está a finalizar a sua nova curta-metragem, que se estreia no próximo Festival de Cannes.
Para ler o texto completo de Maria Mendes clique aqui

A vergonha do Mediterrâneo

Álvaro Herraiz San Martín / Flickr

Se os países da costa norte do Mediterrâneo têm o direito de manter centros de detenção para imigrantes, devem também obrigatoriamente prestar a devida atenção aos presos, respeitando as normas que garantem o respeito aos direitos humanos. Não todos o fazem com a mesma celeridade, e a Espanha é um dos que se destacam nestes últimos anos, em consequências da crise econômica, com um comportamento que vem até comovendo as autoridades europeias. Se tornou merecedora de muitas críticas em termos de respeito e garantia de direitos humanos dos imigrantes e refugiados, relacionadas particularmente com o tratamento que recebem nas fronteiras de Ceuta e Melilla, com episódios tão terríveis como os 15 mortos na praia de Tarajal, que a Justiça espanhola estuda nestes momentos, graças ao esforço de algumas ONGs.
Para ler o texto completo de Sami Naïr / Javier de Lucas clique aqui

Grupos extremistas se fortalecem na África em meio a aumento de operações militares dos EUA na região


Boko Haram, Estado Islâmico e Al-Shabab são alguns dos grupos que se expandiram nos últimos seis anos de atuação do Comando Militar dos EUA na África (Africom), que no mesmo período aumentou em 300% o número anual de operações.
Para ler o texto completo de Nick Turse clique aqui

"Ninguém que dependa de votos no Brasil é louco de se associar aos ateus"


Não se foge à religião no Brasil. Aqui, a fé é ela própria uma divindade de direito próprio: omnipresente. A velar o turismo carioca no topo do Corcovado; no Brás, distrito industrial paulistano onde a Igreja Universal do Reino de Deus construiu recentemente uma enorme réplica do primeiro templo citado na Bíblia, o Templo de Salomão; nas intersecções obscuras da mata atlântica que se adentra pelas cidades, com o candomblé baiano; nos media; no Congresso.
Falar de laicismo parece por isso mais um exercício de republicanismo teórico do que um debate sobre uma característica fundamental dos Estados modernos. Nas urnas, as escolhas do povo estão longe de refletir essa necessidade. O que tolhe as elites e aumenta o poder das várias igrejas que pululam pelo país, em particular as evangélicas. É nesse contexto, e em absoluta contracorrente, que nasceu a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA).
Daniel Sottomaior é o fundador (2008), presidente e principal rosto da ATEA, que está a tomar em mãos o que ele próprio, com ironia, designa como “luta de David contra Golias”: travar a promiscuidade entre o Estado e as religiões. Na Justiça. Um caso de cada vez. Conversamos numa pequena empadaria do centro de São Paulo, onde pouco depois da entrevista um pregador fortuito num altar de cartão nos diz na rua: “Deus continua existindo!”
Para ler a entrevista de Daniel Sottomaior  clique aqui

Terceirização e o rapto do território do trabalho


Na quarta-feira dia 15 de abril, movimentos sociais e partidos de esquerda foram às ruas, em paralização nacional em defesa de direitos sociais e contra a Lei da Terceirização, cujo texto foi aprovado na Câmara dos Deputados semana passada. Para os movimentos, é impossível dissociar a luta por acesso à terra da luta pelos direitos no trabalho, no campo e na cidade.
Não é novidade que o nó do nosso desenvolvimento é a desigualdade no acesso à terra e aos direitos no trabalho. Nossa história, em períodos autoritários ou democráticos, já comprovou que o crescimento com concentração da renda e da terra é como voo de galinha: tem o glamour resplandecente das alturas, mas esbarra na inexorável lei da gravidade. O deslumbramento com a maior taxa recente do PIB a quase 8% foi o nosso mais alto limite, puxado para baixo com a ausência das necessárias reformas política, tributária, agrária e urbana.
Para ler o texto completo de Luciana Itikawa clique aqui

Lista com nomes de navios negreiros escancara cinismo dos comerciantes de seres humanos no Oceano Atlântico

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Não há páginas da história da escravidão que não nos envergonhe.
Essa, talvez ainda pouco abordada, trata dos dissimulados nomes que os donos das embarcações davam as seus infernos flutuantes, os navios negreiros — ou navios “tumbeiros”, que vem de tumba, sinônimo de caixão.
As histórias desses barcos de nomes revoltantes estão expostas no mais amplo estudo do comércio transatlântico de seres humanos, iniciado ainda na década de 1960, e reunido pela Universidade de Emory (EUA), no site slavevoyages.org. É partir desta pesquisa que reunimos aqui uma lista com alguns dos mais nojentos nomes encontrados.
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É proibido pisar na grana

Geraldo Magela/Agência Senado

Entre as muitas infidelidades do Congresso Nacional à Constituição Federal de 1988, o descumprimento da sua obrigação, prevista no artigo 153 inciso VII é um dos sinais mais claros do domínio sobre ele exercido pelo poder econômico imperante no país.
O artigo 153, inciso VII, dispõe:
 
Compete à União instituir imposto sobre:
 
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
 
A Constituição está em vigor há quase vinte e três anos. Faz mais de duas décadas, portanto, que o Poder Legislativo da União não vota nenhum dos projetos de lei oferecidos por parlamentares à sua deliberação, visando cumprir essa determinação de fazer cair o peso do imposto, também, sobre grandes fortunas.
Para ler o texto completo de Jacques Távora Alfonsin clique aqui

domingo, 26 de abril de 2015

ELIANE BRUM: Os índios e o golpe na Constituição


Os índios vão ocupar Brasília nesta semana. Ao escrever a palavra “índio”, perco uma parte dos meus leitores. É uma associação imediata: “Índio? Não me interessa. Índio é longe, índio é chato, índio não me diz respeito”. E, pronto, clique fatal, página seguinte. Bem, para quem ainda está aqui, uma informação: mais de mil lideranças indígenas ocupam Brasília de 13 a 16 de abril em nome dos seus direitos, mas também em nome dos direitos de todos os brasileiros. Há um golpe contra a Constituição em curso no Congresso Nacional. Para ser consumado, é preciso exatamente o seu desinteresse.
 Para ler o texto completo de Eliane Brum clique aqui

​Documentário expõe exclusão racial na USP

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Não é novidade: negros não são a maioria nas universidades públicas brasileiras e sequer se equiparam, em número, ao total de alunos brancos. Nas últimas semanas, um vídeo mostrando jovens negros tentando discutir a questão das cotas raciais numa aula da Universidadede São Paulo (USP) circulou pela internet e reacendeu o debate sobre o tema, que ainda enfrenta muitas negativas – vindas, principalmente, da direita neoliberal acostumada com o discurso de “Faça por merecer, estude para passar no vestibular”.
Para ler o texto completo de Débora Lopes clique aqui

Contra os Muros, a dinâmica da Mata

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A psicanálise, assim como a antropologia e a crítica de arte (para não falar na economia), tem uma linguagem própria, nem sempre fácil de compreender. No entanto, muitas vezes a recompensa para quem mergulha nesse universo é grande. É o que acontece com a leitura de Mal-estar, sofrimento e sintoma: uma psicopatologia do Brasil entre muros (Boitempo Editorial), de Christian Dunker, um livro cuja importância deve crescer muito à medida que for mais e mais discutido. E pode ter a chave ou chaves para o entendimento de nosso mal-estar, numa direção diferente daquela teorizada por Freud em seu clássico  O Mal-estar na Civilização.
Para ler o texto completo de Daniel Benevides Patrícia Rousseaux clique aqui

Por que acordo Dilma-Zuckerberg é perigoso

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O criador da web, Tim Berners-Lee tem alertado para o perigo da destruição da universalidade de acesso e da liberdade de navegação promovido por corporações como o Facebook, um verdadeiro jardim murado da internet. O gigante das redes de relacionamento online tem disseminado a prática do zero rating, ou seja: fornecer a conexão gratuita aos serviços do Facebook. Como isso funciona? O Facebook paga às operadoras de telefonia o tempo de conexão utilizado pelas pessoas para acessar as páginas da rede social e suas aplicações.
Para ler o texto completo de Sergio Amadeu clique aqui

Urgente: Ministério da Cultura processará Facebook

O ministro Juca Ferreira diante de foto de índios botocudos (de Walter Garbe) censurada pelo Facebook
O ministro Juca Ferreira diante de foto de índios botocudos (de Walter Garbe) censurada pelo Facebook

O sistema de censura embutido no Facebook, conhecido dos usuários por permitir a exclusão de conteúdos ditos ‘impróprios’ sem qualquer aviso prévio, faz mais uma vítima. Dessa vez, foi a foto do casal de índios Botocudos, retratados nos anos 1909 por Walter Gabe, no Espírito Santo.
A imagem, postada pela página do Ministério da Cultura, é fruto de uma parceria com o Instituto Moreira Salles, que lançou essa semana o projeto Brasiliana Fotográfica, um portal com mais de duas mil fotos históricas raras do século XIX e XX.
“Se os índios não podem aparecer como são, o recado que fica é que precisam se travestir de não indígenas para serem reconhecidos. Isso é de uma crueldade sem fim” afirmou durante coletiva de imprensa o Ministro da Cultura, Juca Ferreira.
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As raízes do Abril Indígena

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A convocatória se espalhou rapidamente por campos e campinas, florestas e cerrados, rios e igarapés desse imenso Brasil. Os corações dos povos originários arderam em desejo  rompendo os limites das aldeias e comunidades, para ganhar o mundo, em forma de grito e clamor: “O ataque sistemático aos direitos dos povos indígenas é inadmissível numa sociedade democrática e plural, onde esses direitos são hoje tratados como moeda de troca e objetos de barganha política. Mas os povos indígenas já deram provas suficientes de que não cederão a essa nova ofensiva, carregada de ódio, discriminação, racismo e incitação à violência, promovidos pelos donos ou representantes do poder político e econômico.”
Para ler o texto completo de Egon Heck clique aqui

Por quem os índios lutam

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A Constituição Federal de 88 já completou 26 anos, e é tempo de fazer uma breve reflexão para interrogar se a alcunha “Constituição Cidadã” ainda se sustenta.
O processo constituinte abriu espaço para significativas inovações em relação às Constituições Federais anteriores – notadamente no campo social, cultural e ambiental –, sedimentando ou inserindo no ordenamento jurídico brasileiro o que certos juristas passaram a chamar de “novos direitos”. Como bem apontou recentemente a professora Manuela Carneiro da Cunha, a CF de 88 teve o mérito de, pela primeira vez, celebrar “a diversidade como um valor a ser preservado”, (….) “indicando que o país queria novos rumos. O Brasil aspirava a ser fraterno e justo.”
Para ler o texto completo de João Mitia Antunha Barbosa clique aqui

Índia derruba lei que criminalizava piadas e charges políticas na internet


Na manhã de quinta-feira, 12 de abril de 2012, Ambikesh Mahapatra recebeu por e-mail uma charge política. O desenho criticava a ministra-em-chefe de Bengala Ocidental, Mamata Banerjee. Mahapatra, um professor universitário com quase vinte anos de carreira em Calcutá, fez a charge circular, como muitos outros o fizeram. À noite, a polícia invadiu a casa dele e o forçou a escrever uma confissão. Mahapatra pagou fiança para não ir à prisão, mas foi levado a julgamento. A ministra Banerjee, justificando o ocorrido, disse que o professor era “parte de um complô para eliminá-la”, comandado pelo Partido Comunista da Índia (Maoista).
Para ler o texto completo de Luis A. Gomez clique aqui

Globo mata e pede desculpas. Patético!

(Divulgação)

A retrospectiva da TV Globo sobre os seus 50 anos de existência lembra o assassino que mata e depois pede, candidamente, desculpa pelo crime cometido; confira alguns dos episódios mais polêmicos protagonizados pela emissora em meio século de vida.
Para ler o texto completo de Altamiro Borges clique aqui

Imigração: a Europa e os seus demónios


A semana continuou marcada pela tragédia dos náufragos no Mediterrâneo. A cimeira extraordinária da UE em Bruxelas traduziu-se num compromisso minimalista. A imigração é um tema que divide países e governos. “A Europa não compreendeu até ao fundo que o Mediterrâneo transformado em vala comum põe em jogo a sua legitimidade moral, logo política”, escreve no Corriere della Sera o editorialista Franco Venturini. Não poupa os líderes europeus: “Conscientes da enormidade do que está em jogo mas egoístas até ao inverosímil para defender os interesses nacionais, a sensibilidade das opiniões públicas ou as próximas eleições.”
Para ler o texto completo de Jorge Almeida Fernandes clique aqui

Johnny Clegg - "Asimbonanga" (Tributo a Nelson Mandela)


Johnny Clegg é um celebrado músico de pai inglês e mãe rodesiana (actual Zimbabué), inglês de nascimento, e antropólogo formado na Universidade de Witwatersrand em Johannesburg, também conhecido pela alcunha de "O Zulu Branco" que desde os turbulentos, perigosos e violentos tempos do racismo na África do Sul, já em 1969 tinha uma banda composta por músicos de etnias africanas, entoando, entre outras, músicas de cunho político, como por exemplo, "Work for All" (trabalho para todos) que em meados dos anos 80 foi usada como slogan pelos sindicatos de trabalhadores sul-africanos e também o álbum "Third World Child" de 1987 que inclui a canção "Asimbonanga" (Nós não o temos visto) um libelo contra a prisão de Nelson Mandela exortando ainda os nomes de três mártires representativos das lutas de libertação da África do Sul - Steve Biko, Victoria Mxenge e Neil Agget. Por conta disso e doutras, Johnny Clegg e os outros membros da banda, por diversas vezes foram presos e seus concertos suspensos. 
É pois, "Asimbonanga" que iremos recordar, numa interpretação de 1999 em que o próprio homenageado, Nelson Mandela, nos privilegia com sua esfusiante aparição e contagiante entrega, dançando ao som da emocionante "Asimbonanga". 

Coro

Asimbonanga  - (Nós não o temos visto)
Asimbonang' umandela thina  - (Não temos visto Mandela)
Laph'ekhon  - (No lugar onde ele está)
Laph'ehleli khona -  (No lugar onde ele é mantido)

[...]

Para ver a interpretação de "Asimbonanga" na voz de Johnny Clegg clique no vídeo aqui

O Pessoa prosador que o poeta escondeu


“A noite estava ilegível. Não se via céu nem terra – só escuridão.” Com estas frases, que podem trazer à cabeça a “noite antiquíssima e idêntica” de Álvaro de Campos, inicia Fernando Pessoa a notável prosa que abre o volume A Estrada do Esquecimento e Outros Contos, agora lançado pela Assírio & Alvim, no qual Ana Maria Freitas recolhe, edita e comenta vinte e três ficções breves, quase todas inéditas, desse a quem chamaram, talvez com injustiça para o prosador que também foi, o poeta dos heterónimos.
Para ler o texto completo de Miguel Manso clique aqui

Perseguidos por 'roubar empregos' de locais, estrangeiros são apenas 4% da força de trabalho na África do Sul

"Não em nosso nome": Sul-africanos em marcha contra a violência xenófoba em Johannesburgo nesta quinta-feira (23 de abril)

Violência xenófoba no país se baseia em argumento de que estrangeiros tiram trabalho de sul-africanos; especialistas veem 'abismo entre percepção e realidade' e argumentam que eles geram empregos e contribuem para a economia do país.
Para ler o texto completo de Kate Wilkinson clique aqui

Leia o texto de José Eduardo Agualusa "Afrofobia Versus Panafricanismo" clicando aqui

Leia o texto "A construção xenófoba na África do Sul (um conjunto de hipóteses) de Carlos Serra clicando aqui

Estereótipos de gênero explicam baixa participação de mulheres em certas áreas da ciência, conclui estudo


Bombardeadas desde cedo com a ideia de que lhes falta 'aptidão natural' para as ciências, mulheres tendem a evitar tais carreiras; pesquisa com estudantes de 64 países mostra que meninas e meninos têm o mesmo potencial.
Para ler o texto completo de Bruno de Pierro clique aqui

A respeito da Violência


“O colonialismo não é uma máquina de pensar, nem um corpo dotado de razão. É a violência em estado primitivo e não pode submeter-se senão perante uma violência maior.” Frantz Fanon, Os Condenados da Terra, 1961
O Indie Lisboa, a Reitoria da Universidade de Lisboa e a Alambique apresentam uma sessão especial do filme A RESPEITO DA VIOLÊNCIA, de Göran Hugo Olsson, na Aula Magna, na próxima quarta-feira, dia 29 de Abril, às 21h.
Através dos textos de Frantz Fanon, A RESPEITO DA VIOLÊNCIA apresenta material de arquivo e várias entrevistas, relatando fragmentos da história dos povos africanos e das lutas pela liberdade e independência. A modernidade da proposta estética de A RESPEITO DA VIOLÊNCIA propõe ao público uma nova análise dos mecanismos do colonialismo, permitindo uma outra leitura das origens dos conflitos atuais.
Com excertos ligados à história do colonialismo português em Angola, Moçambique e Guiné, A RESPEITO DA VIOLÊNCIA tem particular ressonância entre nós no ano em que se assinalam os 40 anos da independência dos países africanos de língua oficial portuguesa.
Para ler o texto completo clique aqui

Um Museu no Bom Retiro


Muitos são os caminhos possíveis para começar a falar do “Museu do Estrangeiro” de Ícaro Lira, projeto que, à semelhança de grande parte dos seus trabalhos, combina formas de conhecimento temporalmente distintas e politicamente contraditórias, tem a potência remissiva da enciclopédia e a deriva da montagem surrealista, um work in progress que articula ao longo do tempo vários tipos de agenciamentos de pessoas, objetos, e afetos.
Começo então pelo caminho que julgo mais fácil para falar deste “museu”, e que tem a ver com um episódio do meu encontro com Ícaro. É um episódio totalmente mundano e à partida sem grande interesse, mas que tangencia a “problemática” formação cultural e identitária no Brasil, essa espécie de encruzilhada civilizacional que aqui se vive. É sobre ela que espero conseguir falar um pouco ao longo deste texto.
Para ler o texto completo de Marta Mestre clique aqui

Novas formas de sofrer no Brasil da Retomada

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Dois problemas, ou processos, se cruzam, no Brasil dos últimos 20 anos, fazendo com que pensemos em uma mudança estrutural de nossas formas de sofrimento. O primeiro problema é o que podemos chamar de expansão da racionalidade diagnóstica no Brasil pós-inflacionário. Desde então passamos, gradualmente, a entender nossa vida no trabalho, na escola e na comunidade a partir de avaliações. Avaliações, que justificam intervenções que geram novas avaliações. Métricas, orientação para resultados, comparações e cálculo de valores agregados tornaram-se parte e nossa forma de vida comum como nunca antes. Isso justifica, em parte, o crescimento dos diagnósticos de todo tipo: psicológico, educacional, corporativo, jurídico e assim por diante. E não há diagnóstico sem sintoma. Na psicanálise isso se mostrou como uma preocupação ascendente com a psicopatologia e com o tema dos sintomas, os chamados “novos sintomas”: pânicos, depressão, drogadição, anorexia. Esses novos sintomas têm uma coisa em comum. Eles não se organizam a partir do conflito entre o que é proibido e o que é obrigatório, como os sintomas clássicos derivados da contradição entre o desejo e a lei. Os novos sintomas dizem respeito à oposição entre potência e impotência, e eles são determinados por uma crise na intensidade do desejo, ou no que a psicanálise chama de relação entre desejo e gozo.
Para ler o texto completo de Christian Ingo Lenz Dunker clique aqui

sábado, 25 de abril de 2015

Cinema de invenção


Há um momento no cinema nacional, entre 1968 e 1970, de produções marginais, de invenção, também chamado údigrudi. Os cineastas que seguiram o caminho marginal realizaram obras anárquicas, disruptivas, debochadas, sarcásticas, provocadoras num período, como se sabe, de mais forte repressão nos anos da ditadura militar. Nesses anos, para muitos, o cineasta mais criativo e irreverente foi Rogério Sganzerla. Seu “O Bandido da Luz Vermelha” (1968) é marco da filmografia údigrudi, uma das obras mais importantes do cinema brasileiro.
Os filmes “marginais”, por razões óbvias de censura, praticamente não circularam. Assim, Sganzerla e outros foram vistos em círculos restritos, por aficionados e, principalmente, admiradores de propostas alternativas de linguagem e estética cinematográfica. Não creio que em algum momento cineastas como Sganzerla serão cultuados por um público que vá além da cinefilia. Não creio que ele mesmo, como sua proposta de “cinema de invenção”, teria outro propósito.
Para ler o texto completo de Humberto Pereira da Silva clique aqui

Pós Graduação e Pesquisa no Brasil: as faces perversas de um projeto exitoso


Há um consenso entre os especialistas em educação de que a Pós Graduação é a etapa de formação escolar que mais deu certo no Brasil. Apesar de deitar raízes nas experiências universitárias e dos institutos de pesquisas que são anteriores aos anos de 1960, o atual modelo de institucionalização da pesquisa e da formação de alto nível é profundamente devedor da reforma universitária de 1968 e do grande apoio dos governos militares à pós graduação com o intuito de formar um amplo sistema  de ciência e tecnologia no país.
Para ler o texto completo de Luciano Mendes de Faria Filho clique aqui

Contrabandistas de imigrantes são resultado da má política europeia, diz especialista italiano

Stefano Liberti é documentarista e pesquisa a questão dos fluxos migratórios no Mediterrâneo

Para Stefano Liberti, documentarista que pesquisa tema dos fluxos migratórios há anos, discurso 'hipócrita' da UE culpa os chamados 'traficantes' e esquece que demanda migratória clandestina foi gerada após fechamento de fronteiras.
Para ler a entrevista de Stefano Liberti clique aqui

O castelo de cartas

castelo de cartas

Queiramos ou não, os Estados Unidos da América acabam por ser um país extraordinário. Não exatamente pelos “valores” que muitos de seus admiradores pelo mundo lhe atribuem, em particular os brasileiros, como os novos ricos de Miami, por exemplo, mas – ao contrário – exatamente pela arrogância e ingenuidade que também lhes são peculiares: uma delas, com grande sustentação de sua imensa classe média, a de defenderem acriticamente os tais “valores”. A sua democracia em particular. Ingenuidade? De boa parte da sua população, sim. De muitos dos seus dirigentes, bom, essa já é outra história.
Para ler o texto completo de Izaías Almada clique aqui

DOSSIER: Terceirização


Leia “O que é a terceirização?” de Márcio Túlio Viana clicando aqui

Leia “Por que dizemos não ao PL 4330” de Silvana Abarmo clicando aqui

Leia “PL 4330 da terceirização: a quem interessa o empobrecimento da classe trabalhadora?” de Miguel Pereira clicando aqui

Leia “A Terceirização no Século XXI” de Rodrigo de Lacerda Carelli clicando aqui

Leia “A terceirização no setor público e a proposta de liberalização da terceirização pelo PL 4330” de Graça Druck clicando aqui

Ana Moura - "Até ao Verão"


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Fotos de apicultores tradicionais no Nepal

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"Quem Ama Inventa" - Mario Quintana


Quem Ama Inventa

Quem ama inventa as coisas que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo dobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressureições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! Meu pobre, meu grande amor distantes,
Nem sabes tu o bem que faz a gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho

Mario Quintana

Os mensageiros: Náufragos no mar da indiferença

reprodução

Há um ano, um dos primeiros a se referir ao Mediterrâneo como um “imenso cemitério marítimo” dos nossos tempos foi o papa Francisco. Agora, desde o último domingo, em uma única madrugada morreram cerca de 700 imigrantes africanos afogados nesse mar histórico que segrega as lindas e desoladas praias da sua costa sul, às vezes juncadas de cadáveres dos náufragos, das outras, as turísticas, nas bordas do norte europeu opulento.
Para ler o texto completo de Léa Maria Aarão Reis clique aqui

Thomas Piketty: Uma dívida deve sempre ser paga?

Universitat Pompeu Fabra / Flickr

Para alguns, a resposta é óbvia: dívidas devem sempre ser reembolsadas, não havendo alternativas à penitência, especialmente quando gravadas no mármore dos tratados europeus. No entanto, basta olhar para a história das dívidas públicas, assunto fascinante e injustamente negligenciado, para notar que as coisas são bem mais complexas.
Primeira boa notícia: houve, no passado, dívidas públicas maiores que as de hoje e, de diversas maneiras, sempre foi possível superá-las. Podemos distinguir, de um lado, o método lento, que visa a acumular pacientemente excedentes orçamentários para, gradualmente, pagar os juros e o principal da dívida. Por outro lado, há uma série de métodos que visam a acelerar o processo: inflação, impostos excepcionais, ou anulação pura e simples.
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Líbia: o pontão da morte

matteo / Flickr

Corpos rígidos de negros jovens, corpos velhos, corpos de crianças, de mulheres grávidas. Cinquenta, setenta, cem, cento e cinquenta, duzentos, duzentos cinquenta, quatrocentos, setecentos... podem passar de 900 desta vez. Ou mais.
Ninguém sabe ao certo. A contabilidade da morte é opaca quando o cemitério é o mar e o esquife é a noite.
O Mediterrâneo se transformou no grande sepulcro da vergonha em nosso tempo.
Barcos clandestinos cortam suas águas atulhados de desespero e desolação e naufragam sob o peso da devastação colonial que faz da África hoje o único lugar no mundo onde a fome só cresce, as guerras não tem nome e a barbárie étnica apaga com sangue as fronteiras traçadas pela geometria do europeu branco e predador.  
Esse horizonte funesto ganhou um porto à altura do seu desalento: a Líbia.

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Aniversário da Globo: Dez razões para descomemorar

Mídia Ninja

Era para ser uma festa de arromba, com eventos se sucedendo em todo o país. Grande parte do que a TV Globo preparou para comemorar seu cinquentenário, a ser completado no domingo (26/4), está mantido, mas, sem dúvida, não terá o mesmo brilho de outras épocas. Depois dos problemas verificados durante a sessão solene da Câmara dos Deputados em homenagem à emissora, em que três militantes em prol da democratização da comunicação tiveram que ser retirados por seguranças, as festas em locais abertos ou de acesso público estão sendo repensadas. Os cuidados se justificam. Nunca a audiência da TV Globo, centro do império da família Marinho, esteve tão baixa.
Para ler o texto completo de Ângela Carrato clique aqui

O império norte-americano apodrecendo por dentro

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Este artigo fala sobre como o império norte-americano está afundando, podre por dentro, mas estufando o peito e com uma enganosa aparência de boa saúde. Como na Trilogia USA, de John Dos Passos, cheio daquele aroma esquerdista das primeiras três décadas do Século XX, o livro Desagregação  Por Dentro de Uma Nova América, de George Packer, jornalista oriundo da escola do The New Yorker, fala dos trinta anos de lenta decadência ianque, com os momentos decisivos desse processo, a partir da crise do petróleo em 1973 (“o último ano da Década de 50”, segundo um dos personagens do libro). Naquele momento, os Estados Unidos submergiu numa crise existencial e de identidade, uma fratura interna cujo resgate requer mais que a simples recuperação econômica.
Para ler o texto completo de Luis Matiaz López clique aqui


Mészáros: A disputa pelo Estado


No contexto do lançamento de seu novo livro, A montanha que devemos conquistar: reflexões acerca do Estado, o filósofo marxista húngaro István Mészáros concedeu uma longa entrevista a Leonardo Cazes para o jornal O Globo, em que discutia alguns aspectos centrais da obra, como sua concepção de Estado, de democracia e da crise estrutural do capital, à luz de alguns dos protestos e mobilizações políticas que vêm se alastrando mundo afora. O resultado foi publicado parcialmente em fevereiro deste ano na matéria “Filósofo István Mészáros analisa ascenção de novos partidos na Europa como Syriza e Podemos. A material completo, contudo, supera em mais de três vezes o espaço disponibilizado pelo jornal. A pedido do autor, o Blog da Boitempo publica agora a versão integral da entrevista, enviada a nós diretamente pelo jornalista e revisada pelo tradutor Nélio Schneider. Também a pedido de Mészáros, a entrevista deve se somar ao apêndice das próximas edições ampliadas de A montanha que devemos conquistar: reflexões acerca do Estado.
Para ler a entrevista de Itsván Mèszáros clique aqui

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