quarta-feira, 30 de outubro de 2024

"É impossível parar o vento com as mãos" - José Paulo Pinto Lobo

 


É impossível parar o vento com as mãos

 



À São Osório


 


Para aqueles jovens e outros não tão jovens


O passado era um fardo, nostálgico, mas ainda assim um fardo


Muitos nem esse passado viveram


Para eles é tempo, o tempo


De dar vazas à indignação, à insatisfação


De desmoralizar as autoridades


Desconjuntar as instituições repressoras


Buscar novas ou ressignificar referências


Os que encarnaram a libertação desdenham contemporizações


Mimetizando métodos que outrora combateram


Ensaiam e levam à cena blindados armados e autorização para matar


Dispersando impiedosamente os protestos daqueles jovens e não tão jovens


Iludem-se nas suas torres de marfim


Como eles próprios diziam


É impossível parar o vento com as mãos



 

José Paulo Pinto Lobo



(Poeta moçambicano)



18/10/24




Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do vento" do autor do blog clique aqui

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Malu Maria: "A Mentira dos Homens"

 



Para assistir à interpretação de "A Mentira dos Homens" na voz de Malu Maria clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema

 





Dossier Francis Ford Coppola, Vol. VI – Drácula de Bram Stoker (1992)



Os vampiros são das criaturas mais versáteis e fascinantes da sétima arte. Desde os primórdios do cinema mudo até às produções contemporâneas, a figura do vampiro tem sido um reflexo das ansiedades, medos e desejos da sociedade. Ao longo do tempo, a sua presença no grande ecrã tem sido adaptada, talhada, moldada para se alinhar com as transições culturais que se vão fazendo sentir no nosso mundo. Para ler o texto de Carla Rodrigues clique aqui





Desobedoc celebra 10 anos



A mostra de cinema insubmisso vai apresentar filmes que tratam de forma transversal a questão colonial nos dias de hoje. Para acessar o texto clique aqui







Em defesa da morte doce



Tilda Swinton não precisa de muita maquiagem para parecer alguém que está prestes a morrer de câncer. Sua máscara facial e o corpo esguio são materiais mais que adequados para a personagem de "O Quarto ao Lado" ("The Room Next Door"). Martha, experimentada correspondente de guerra, já se acostumou com a ideia de que não durará mais que um mês. Abdica de prosseguir num tratamento condenado ao fracasso e deseja aquilo que todos desejamos: uma morte digna e indolor. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui


Davi Caro: “Possessão” é tão intrigante quanto assustador – e sempre memorável e perturbador


Rafael Arinelli: "Maníaco do Parque"


Diego Quaglia: "Ainda Estou Aqui"


Hugo Gomes: No 11º Olhares do Mediterrâneo a revolução do dia-a-dia faz-se no feminino ... e com Cinema!


Carlos Alberto Mattos: O país de Vladimir


Daniel Cury - Um Lugar Silencioso: Dia Um


HUMOR - A conta vem & Vrau Cast: Jornalista Cecília Olliveira & Quem somos nós para julgar?

 




É preciso valorizar a vivência de quem teve aquele pai que foi comprar cigarro e nunca mais voltou. Isso te prepara para a verdade da vida: é tudo uma merda e nunca melhora! Ter um pai ausente te faz mais forte, mais maduro, tudo que você conquistou é por sua conta. É a melhor sensação do mundo saber que você não deve a ninguém! Se bem que tem três meses que tô enrolando o meu psiquiatra. Divirta-se clicando aqui







Que as ruas de cidades como Rio de Janeiro e Recife são tiro, porrada e bomba, todo mundo já sabe. O que talvez você não saiba é que tem jornalista falando sobre segurança pública e bala comprada pela polícia sendo usada por bandidos. Que loucura!!! Pedimos silêncio pois hoje no Vrau Cast Mike e Cauê estão descobrindo com a convidada Celícia Olliveira que existe uma espécie de segurança paralela que pessoas pagam para policiais fazerem o que já deveriam fazer. Todo mundo sabia disso?? Por que ninguém comenta??? Divirta-se clicando aqui






Meritíssimo, a ré me chamou de “Zé Ruela” e disse que “minha batata está assando”. Além disso, elogiei o look da diva e ela só respondeu “obrigada” em vez de me falar onde comprou. Todas essas acusações representam injúria, ameaça e falsidade ideológica, respectivamente. Sem mais. Divirta-se clicando aqui

Reflexões sobre o tempo presente

 





Moçambique - Nahota Mustafa das Noites de Lua Cheia



Não chove em noite de lua cheia. É um saber secular, nem por isso, enciclopédico. Endogeneidade conceptual que transforma o comum em algo super natural. Mas os tempos mudaram, as vontades também. Agora, chove desregradamente. Noutros tempos, a chuva, em jornada solarenga, até simbolizava casamento de macacos. Eles próprios se apadrinhavam, e contemplavam o doce sabor arco-íris. Para ler o texto de Jorge Ferrão clique aqui








 Para Toni Negri (1933-2023). Notas para uma biografia da obra



“Devemos rebelar-nos. Devemos resistir. Minha vida está indo embora, lutar depois dos 80 fica difícil. Mas o que resta da minha alma me leva a esta decisão.” Para ler o texto de Sandro Mezzadra cique aqui








Por que a esquerda não entende o identitarismo?



A luta que parte de uma identidade fantasmagórica dada pelo modo de gestão não é, não foi e nunca será equivalente ao identitarismo. Para ler o texto de Douglas Barros clique aqui















sábado, 26 de outubro de 2024

"Educação Sentimental" - David Mourão-Ferreira

 



Educação Sentimental



Na janela mais alta de Lisboa


és a ave chamada Todavia:


a que posta  no céu não se desvia,

 
mas que perto do rio já não voa...




Hei-de ensinar-te, devagar ( perdoa!),

 
a pressa com que Amor se pronuncia


e a conjugares a noite com o dia

 
quando o corpo do corpo se condoa...




Fecha os olhos, e voa! Mas não queiras

 
ao inferno do céu traçar fronteiras


nem ao céu do inferno pôr limites:




voar só vale a pena enquanto for

 
uma forma de amar além do amor,


furor que todavia não habites...




David Mourão-Ferreira



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do vento" do autor do blog clique aqui

Lula, Brasil e BRICS: anatomia de uma traição

 




Temos repetidamente indicado o desconforto crescente com os rumos que as políticas externa e doméstica brasileiras têm tomado sob a terceira administração de Lula. Uma coleção representativa de nossas reclamações pode ser encontra no artigo “Então esse é o custo da liberdade de Lula?”, e artigos ali referenciados. Como indicado recentemente, trata-se de uma fuga contínua para um futuro cada vez mais implausível, em um jogo de expectativas fomentadas por um histórico de sucesso – os dois primeiros mandatos – e promessas constantemente renovadas, mas que nunca são de fato mantidas quando a oportunidade se apresenta. Em uma palavra, uma frustração de dimensões continentais. Para ler o texto completo clique aqui












































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