sábado, 30 de novembro de 2019

"Verde-Pinho" - Maria Teresa Horta

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Verde-Pinho

Tuas pálpebras
de seda quase lilás
teus olhos
de verde-pinho
tua boca tão voraz
ondo o sorriso fugaz
faz silêncio de mansinho
teu hálito
mordendo os dedos
quanto te entreabro a boca
procurando conhecê-la
no segredo
que se solta

Maria Teresa Horta

Polêmica. Cristovam Buarque faz inventário dos erros da esquerda e do centro que levaram Bolsonaro ao poder


Poucos parlamentares pagaram um preço tão alto por terem votado sim ao impeachment de Dilma Rousseff quanto Cristovam Buarque. Em 2016, ano do impeachment, ele estava no PPS (atual Cidadania), mas foi pelo PT de Dilma e Lula que se elegeu governador do Distrito Federal, em 1994, e senador pela primeira vez, em 2002. Um dos efeitos daquele voto foi ser carimbado como “golpista” pela esquerda petista e psolista. O que obviamente incluiu muitos professores e estudantes da Universidade de Brasília, instituição da qual foi reitor, é professor emérito e que até então havia sido uma das suas principais bases de apoio político. A rigor, o voto pelo impeachment guardava coerência com o tom crescentemente crítico das análises de Cristovam,  mas o massacre a que foi submetido foi tal que ele recebeu formalmente solidariedade de outros senadores
Para ler o texto de Sylvio Costa clique aqui

Leia "É difícil derrotar um presidente que se sente obra de um milagre e eleito por Deus" de Juan Arias clicando aqui

Leia "A frágil operação contra os brigadistas do Pará, a fonte de Bolsonaro para atacar ONGs e até DiCaprio sem qualquer prova" de Daniel Haidar clicando aqui

Leia "Por covardia, Bolsonaro culpa DiCaprio, imprensa, cientistas, índios, ONGs" de Leonardo Sakamoto clicando aqui

Leia "Lourenço Cardoso:"Temos potencial para abolir o racismo e todas as outras formas de opressão"" clicando aqui

Leia "Precisamos reagir ao genocídio da população negra sem tripudiar na dor das famílias" de Cidinha da Silva clicando aqui

Leia "Mês da consciência negra: os estereótipos limitam nossa capacidade" de Valda Rocha clicando aqui

Sem esperança e sem dinheiro, os jovens sul-coreanos viram-se contra o sistema

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Vivem em cubículos porque não têm dinheiro para pagar uma casa — nem têm esperança de vir a ter. São as “dirt spoons”, a classe baixa, os jovens sul-coreanos que desistiram ideia de mobilidade social. E estão a distanciar-se do presidente Moon Jae-in porque se sentem traídos: “A situação que vivemos atualmente é bastante diferente da que ele prometeu”. 
Para ler o texto completo clique aqui

Leia "Mordaças invisíveis: Poder na Hungria força limites da democracia ao sufocar cidadãos com esquema sofisticado" de Jamil Chade clicando aqui

Leia "Os EUA perderam a moral" de David Pontes clicando aqui

Leia "Pobreza extrema cresce pelo quinto ano consecutivo na América Latina" de Ignacio Fariza clicando aqui

Paula Toller - "Meu amor se mudou pra lua"

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Para assistir à interpretação de "Meu amor se mudou pra lua"  na voz de Paula Toller clique aqui

O que há de comum nos protestos?

Um protesto em Santiago do Chile.

Eles envolvem um leque muito amplo e diverso de assuntos, que têm a ver com a economia, a distribuição de renda, uma institucionalidade pública questionada e uma ampla percepção de exclusão. 

Para ler o texto de Diego García-Sayan clique aqui

Slavoj Žižek: Meu café com Assange na prisão


Devemos ajudar Julian Assange não com base em alguma motivação humanitária vaga ou por simpatia diante de uma vítima miserável, mas por conta de uma preocupação com nosso próprio futuro. 
Para ler o texto de Slavoj Žižek clique aqui

"Quem te ama não te agride!" diz campanha contra a violência no namoro

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Estudos indicam que um em quatro jovens inquiridos admitiu ter sido agressor nas suas relações amorosas. O futebolista William Carvalho, o surfista Vasco Ribeiro e a apresentadora Sílvia Alberto são alguns dos rostos de uma nova campanha do Governo contra a violência no namoro, que foi lançada esta quinta-feira com o tema “Quem te ama, não te agride!”. Esta ação tem a preocupação de apontar diversas formas de violência e “chamá-las pelos nomes”, deixando a mensagem: “Se alguém te agride, se alguém te humilha, se alguém te controla, se alguém te isola dos amigos, isso não é amor, é violência”. Para assistir ao vídeo da campanha clique aqui

Leia "Só existem dois motivos para uma pessoa não ser feminista" de Regina Navarro Lins clicando aqui

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

"Filhos da época" - Wislawa Szymborska

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Filhos da época
Somos filhos da época
e a época é política.
Todas as tuas, nossas, vossas coisas
diurnas e noturnas,
são coisas políticas.
Querendo ou não querendo,
teus genes têm um passado político,
tua pele, um matiz político,
teus olhos, um aspecto político.
O que você diz tem ressonância,
o que silencia tem um eco
de um jeito ou de outro político.
Até caminhando e cantando a canção
você dá passos políticos
sobre um solo político.
Versos apolíticos também são políticos,
e no alto a lua ilumina
com um brilho já pouco lunar.
Ser ou não ser, eis a questão.
Qual questão, me dirão.
Uma questão política.
Não precisa nem mesmo ser gente
para ter significado político.
Basta ser petróleo bruto,
ração concentrada ou matéria reciclável.
Ou mesa de conferência cuja forma
se discutia por meses a fio:
deve-se arbitrar sobre a vida e a morte
numa mesa redonda ou quadrada.
Enquanto isso matavam-se os homens,
morriam os animais,
ardiam as casas,
ficavam ermos os campos,
como em épocas passadas
e menos políticas.

Wislawa Szymborska

VÍDEO: A arte segundo Bolsonaro

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Representando o Brasil na Unesco, o secretário de cultura Roberto Alvim disse que o interesse artístico do Brasil agora é resgatar a grandeza dos clássicos. Mas, incapaz de reproduzir os clássicos, o bolsonarismo só consegue chegar mesmo é no conceito de kitsch.
Para assistir a algumas intervenções do secretário de cultura Roberto Alvim clique no vídeo aqui

Leia "Denúncia internacional de Bolsonaro visa evitar 'extermínio indígena', diz ex-ministro José Carlos Dias" clicando aqui

Leia "O que é o Tribunal Penal Internacional, que deve analisar 'advertência' a Bolsonaro" de Paula Adamo Idoeta clicando aqui

Leia "Ódio em discurso de Bolsonaro pode virar política de extermínio e prisão" de Maria Carolina Trevisan clicando aqui

Leia "Esse governo com certeza incentiva a existência de células neonazistas" de Marie Declercq clicando aqui

Leia "Xadrez de como Bolsonaro herdou a rede neopentecostal de Eduardo Cunha, por Luis Nassif" clicando aqui

Leia "Política econômica brasileira passa por uma mudança silenciosa" de Paulo Nogueira Batista Jr. clicando aqui

Leia "Reformas pregam aposentadoria mais tarde, mas não planejam trabalho para idosos" clicando aqui

Leia "O procurador, o desembargador e o concerto para Lula voltar para a cadeia" de Reinaldo Azevedo clicando aqui

Leia "Ministério Público: abrindo a caixa preta" de Liszt Vieira clicando aqui

Leia "No censo agropecuário, o latifúndio sobe e a produção familiar desce" de  Guilherme Zocchio clicando aqui

Leia "O inquérito contra os ambientalistas do Pará é um lixo. Separamos os piores trechos" de Rafael Moro Martins, Leandro Demori e Aldem Bourscheit clicando aqui

Leia "Nos bastidores, PF descarta envolvimento de ONG em incêndios na Amazônia" de Rafael Moro Martins e Nayara Felizardo clicando aqui

Leia "A humanidade quer uma Amazônia destruída ou em pé?" Entrevista com Gregorio Mirabal clicando aqui

Leia "Como surgiu a ideia errada de que indígenas são preguiçosos" de Mariana Vick clicando aqui

Leia "Turnos massacrantes e zero garantias: eis os novos escravos do e-shopping" de Caterina Soffici clicando aqui

Leia "Amazon: ajude um bilionário a destruir pequenas livrarias" de Tadeu Breda clicando aqui

Leia "Estupros, humilhações e agressões: a vida das mulheres em situação de rua" de Vinicius Lima clicando aqui

Leia "'Só nos vemos na garagem': as famílias que dividem o carro para trabalhar 24h por dia em apps de transporte" de Leandro Machado clicando aqui

Leia "A reclassificação toxicológica dos agrotóxicos e os impactos do glifosato na saúde" Entrevista com Luiz Cládio Meirelles clicando aqui

Chomsky: o declínio e a arrogância dos EUA


Washington perde hegemonia a cada ano, à medida em que emergem potências como a China. Tenta compensar com força militar e embrutecimento. A esta queda deve-se a perseguição a Julian Assange — cuja vida corre risco. 
Para ler a entrevista com Noam Chomsky clique aqui

Leia "Uma fraude chamada Felicidade" de José Durán Rodriguez clicando aqui

Leia "Consumismo, pesadelo sem fim?" de William Mebane clicando aqui

Leia "Um mundo afogado em capital: a queda global da taxa de juros e a nova rodada da crise estrutural do capitalismo" de Maurilio Lima Botelho clicando aqui

Leia "Emergência Climática - Mais da metade dos pontos críticos do clima agora estão 'ativos', alertam cientistas" clicando aqui

Leia "'O estuprador é você': A música de protesto das chilenas que denuncia violência do Estado" de Andréa Martinelli clicando aqui

Leia "Bolívia: o golpe visto em profundidade" de Aldo Duran Gil clicando aqui

Leia "LIVRO Las sendas abiertas en América Latina: aprendizajes y desafíos para una nueva agenda de transformaciones" de Daniel Filmus e Lucila Rosso  clicando aqui

Joss Stone & Teety Tezano - "Camarões"

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Para assistir à interpretação de uma melodia da República dos Camarões nas vozes de Joss Stone & Teety Tezano clique no vídeo aqui

A necessidade constante de reconquistar direitos é o maior desafio para as mulheres



No avançado século da tecnologia, a misoginia e o machismo ainda são o maior desafio para a liberdade feminina. 
Para ler o texto de Carolina Vásquez Araya clique aqui

Leia "No centro da revolta global, o feminismo" de Veronica Gago clique aqui




Pastores da Universal em Angola rompem com Edir Macedo e pedem expulsão de bispos brasileiros

Divulgação/IURD

Em um movimento sem precedentes, pastores angolanos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) anunciaram uma ruptura com o fundador, bispo Edir Macedo, e com o restante da liderança brasileira da igreja, acusando-a de desviar recursos para o exterior, discriminar funcionários locais e de promover a esterilização de sacerdotes africanos. Em comunicado divulgado pela imprensa angolana na última quinta-feira (28/11), os religiosos - que dizem ter o apoio de 330 pastores e bispos angolanos da Universal - exigem que líderes brasileiros da instituição deixem "o território nacional dentro dos prazos estabelecidos pelas autoridades migratórias" para que a igreja passe a ser "liderada exclusivamente por angolanos". 
Para ler o texto de João Fellet clique aqui

Oásis futurístico: Dubai prepara cidade inteligente do futuro no meio do deserto

Divulgação

Dubai prepara cidade inteligente do futuro no meio do deserto. 
Para ler o texto de Gabriel Francisco Ribeiro clique aqui

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

"Sem nada de meu" - Rui Knopfli

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Sem nada de meu

Dei-me inteiro. Os outros
fazem o mundo (ou creem
que fazem) . Eu sento-me
na cancela, sem nada
de meu e tenho um sorriso
triste e uma gota
de ternura branda no olhar.
Dei-me inteiro. Sobram-me
coração, vísceras e um corpo.
Com isso vou vivendo.

Rui Knopfli
(Poeta moçambicano)

Itamaraty contraria Constituição e prega religião como política de Estado

O secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, embaixador Fabio Mendes Marzano, em evento em Budapeste - Jamil Chade/UOL

O governo de Jair Bolsonaro afirma que uma das principais mudanças geradas pela nova administração do país foi colocar a religião no processo de formulação de políticas públicas. Foi assim que o secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, embaixador Fabio Mendes Marzano, apresentou a visão de mundo do novo Itamaraty, um ano depois da chegada ao poder do governo de Jair Bolsonaro. Segundo ele, há ainda uma ameaça contra o cristianismo e a liberdade religiosa também precisa incluir a possibilidade de converter aqueles que não têm religião. 
Para ler o texto de Jamil Chade clique aqui

Leia "Duas teses sobre a questão racial no Brasil" de Jones Manoel clicando aqui

Leia "A recolonização do capitalismo periférico brasileiro" de Valerio Arcary clicando aqui

Leia "Um "liberal" pró-ditaduras" de Felipe Calabrez clicando aqui

Leia "Sobre o programa Future-se" de João Carlos Salles clicando aqui

Leia "TRF-4 e a condenação de Lula no caso de Atibaia: as contradições que confirmam a exceção" de Tânia Maria de Oliveira clicando aqui

Leia "Manuela Carneiro da Cunha: "Belo Monte foi mal projetada, mas enriqueceu muita gente"" clicando aqui

Leia "Nem na ditadura houve um discurso como o atual contra os indígenas" de Manuela Carneiro da Cunha clicando aqui

Leia "A emergência do fenômeno indígena na América Latina" de Roberto Malvezzi clicando aqui

Leia "Nos bastidores, PF descarta envolvimento de ONG em incêndios na Amazônia" de Rafael Moro Martins e Nayara Felizardo clicando aqui

Leia "Quem invadiu a Embaixada venezuelana?" de Jul Pagul clicando aqui

Leia "Virou rotina agredir e assassinar venezuelanos em Roraima" de Sérgio Ramalho clicando aqui

Leia "Serviço de polinização para produção de alimentos equivale a 43 bilhões de reais" Entrevista com Kayna Agostini clicando aqui

Leia "Movimento-revista de educação publica, n. 11 (2019)" clicando aqui

Leia "Sutilezas em campo" de Carlos Alberto Mattos clicando aqui

Há uma nova rebelião global. Por quê?


Do Chile e Haiti à França; do Líbano ao Sudão e Hong Kong: multidões inquietam-se. Não se movem pela disputa clássica entre esquerda e direita. Mas pronunciam, em comum, um já basta – dirigido à desigualdade e à vida-mercadoria. 
Para ler o texto de Ben Ehrenreich clique aqui

Leia "O que move as fake news e o negacionismo científico?" Entrevista com Ernesto Perini clicando aqui

Leia "O novo velho Continente e suas contradições: O ataque dos inimigos da paz" de Celso Japiassu clicando aqui

Leia "Como os EUA tratam os direitos humanos dentro e fora de seu território" de Alessandra Monterastelli e Mariana Serafini clicando aqui

Leia "Estados Unidos sob o viés latino-americano" de Tatiana Carloti clicando aqui

Leia "PIB é ilusão perversa, diz Nobel de Economia" de Joseph Stiglitz clicando aqui

Leia ""Preconceito" e "arrogância": Pequim critica lei dos EUA sobre Hong Kong" de Inês Chaíça clicando aqui

Leia "O golpe na Bolívia tem tudo a ver com a tela que você está usando para ler isso" de Vijay Prashad clicando aqui

Leia "Cinema: Quando os mafiosos (não) se aposentam" de José Geraldo Couto clicando aqui

Assista ao documentário "Filmes Ruins, Árabes Malvados: Como Hollywood Vilificou um Povo " clicando aqui

Leia "Marrocos, anos 1970: um país perdido que o cinema reencontrou" de Jorge Mourinha clicando aqui

"Goodbyes" - Post Malone & Young Thug (Simply Three & ThatViolaKid cover)

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Para assistir à interpretação de "Goodbyes" por Post Malone & Young Thug (Simply Three & ThatViolaKid cover) clique no vídeo aqui

Marx e ecossocialismo

 

Ecologistas tradicionais frequentemente rejeitam Marx por considerá-lo “produtivista” e cego para problemas ecológicos. Um corpo crescente de escritos eco-marxistas tem sido desenvolvido recentemente nos Estados Unidos, o que contradiz agudamente esse senso comum. Os pioneiros desta nova linha de pesquisa foram John Bellamy Foster e Paul Burkett, seguidos por Ian Angus, Fred Magdoff e outros; eles contribuíram para transformar a Monthly Review em uma revista eco-marxista. Seu principal argumento é que Marx estava completamente ciente das consequências destrutivas da acumulação capitalista para o meio-ambiente, um processo que ele descreveu por meio do conceito de ruptura metabólica. Alguém pode discordar de algumas das interpretações feitas sobre os escritos de Marx, mas essas pesquisas foram decisivas para um novo entendimento da contribuição dele para a crítica ecológica do capitalismo. 
Para ler o texto de Michel Lowy clique aqui

Foucault e a Universidade: Entre o governo dos outros e o governo de si mesmo

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Há trinta anos, no dia 25 de junho de 1984, morria Foucault. Esse filósofo, intelectual comprometido e professor universitário foi uma figura que certamente influenciou imensamente na formação intelectual e na educação político-sentimental de muitos de nós. Muito já se falou sobre Foucault e a educação, porém são poucas as páginas efetivamente dedicadas em seus livros a tematizar esta questão. Nada especificamente dedicado à educação universitária. Sabemos, no entanto, que a relação saber-poder, que mais tarde se transformará numa discussão sobre os espaços de veridição e sua relação com os diversos modos que adota a governamentalidade, será uma temática que retorna nos textos de Foucault. Se considerarmos que a universidade é hoje o espaço por excelência de construção, transmissão e consolidação de saberes e verdades: como pensar nesse marco definido por Foucault, a tarefa que nos cabe como professores universitários? Uma rápida análise dos textos e cursos de Foucault, assim como um simples olhar para a história de sua prática concreta como docente, corrobora que a tarefa do professor não pode limitar-se ao exercício do governo sobre os outros, e que, pelo contrário, nos cabe, como aos filósofos clássicos, auxiliar nossos alunos na difícil tarefa de governar-se a si mesmos. 
Para ler o texto de Sandra Caponi clique aqui

Não vivemos mais e melhor graças ao capitalismo

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O feudalismo e a servidão que gerava eram um sistema brutal que causou extraordinária miséria humana, sim. No entanto, não foi o capitalismo que acabou com essa situação”, escreve Jason Hickel, escritor e antropólogo, da London School of Economics, na Inglaterra. Em sua avaliação, “o progresso na expectativa de vida foi impulsionado por movimentos políticos progressistas que aproveitaram os recursos econômicos para criar bens públicos sólidos. A história mostra que, na ausência dessas forças progressistas, o crescimento muitas vezes foi contra o progresso social, não a seu favor”. 
Para ler seu texto clique aqui

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

"Paixão" - Maria Teresa Horta

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Paixão

Limito-me a sentir-te
simplesmente
a beber o teu cheiro
cheia de sede
A tomar-te nos meus braços
neste incêndio
deixando-me afundar
por tanto querer-te

Maria Teresa Horta

ELIANE BRUM: O AI-5 já se instala na Amazônia (e nas periferias urbanas)

Incêndios na Amazônia vistos da Estação Espacial dia 24 de Agosto de 2019.

Ações de autoritarismo explícito se multiplicam no país e aceleram a desproteção da floresta, de seus povos e de ambientalistas. 
Para ler o texto de Eliane Brum clique aqui

Leia "Lula: "Não sei por que o Governo Bolsonaro tem medo do povo na rua" clicando aqui

"Assista à íntegra da entrevista de Lula" clicando no vídeo aqui

Leia "Entenda medida fascista de Bolsonaro que é verdadeira licença para matar no campo" de Altamiro Borges clicando aqui

Leia "O "maior desmatador do Brasil" possui 120 madeireiras na região Norte do país" de Julia Dolce e José Cícero da Silva clicando aqui

Leia "Guedes admite freio em reformas ante temor de contágio de protestos na América Latina" de Naiara Galarraga Gotázar e Afonso Benites clicando aqui

Leia "A prisão de integrantes de ONG por fogo na Amazônia tem todo jeito de armação" de Tatiana Dias e Alexandre de Santis clicando aqui

Leia "Com que polícia fica o caso Marielle? A queda de braço entre Bolsonaro e Witzel" de Mariana Schreiber clicando aqui

Leia "Matriz energética: Brasil carece de coragem para ousar implementar outros modelos" Entrevista com Sonia Seger Mercedes clicando aqui

Leia ""Racismo acontece de uma forma não dita. Aí reside a sordidez". A dor do preconceito em primeira pessoa" de Gustavo Domingues de Oliveira, Evie Barreto Santiago e Kaylan Werneck Ramos da Silva clicando aqui

Leia ""Negro de esquerda é escravo", diz novo presidente da Fundação Palmares" de Erick Mota clicando aqui

Leia "A verdade sobre a UFMG- drogas, nudez, corrupção, pichação e picaretagem" de Ana Cecilia Rocha Veiga clicando aqui

Leia "Resposta à ministra Damares" de Debora Diniz clicando aqui

Leia "SUS não tem recursos para atender a população cada vez mais idosa" de Drauzio Varella clicando aqui


"A questão da reprodução social ainda é fundamental". Entrevista com Silvia Federici

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Eram fáceis, rápidos de fazer e serviam para transmitir a mensagem. Eram muitas fotocópias que mostravam colagens, desenhos recortados, letras de todos os formatos. O que diziam? “Não podemos nos permitir trabalhar por amor”. Era 1973, em Nova York, e aquelas que distribuíam os folhetos eram integrantes do Coletivo Salário para o Trabalho Doméstico.
Desse modo, tentavam iniciar um debate sobre essa tarefa invisibilizada que, ao longo de da história, foi desempenhada por milhares de mulheres para auxiliar a força de trabalho que ia para as fábricas, escritórios, etc., para sustentar o sistema de trabalho no mundo capitalista. Trata-se da questão da reprodução, de acordo com a denominação dada pela filósofa italiana Silvia Federici.
Folhetos, fotos, panfletos, participações em congressos, materiais de discussão, tudo isso estava guardado em uma caixa que a pensadora conservou por décadas. Hoje, estão reunidos em Salario para el trabajo domestico (organizado juntamente com Arlen Austin e editado por Tinta limón e Traficantes de sueños). A autora de Calibã e a bruxa fala sobre aqueles anos com uma tranquilidade luminosa. 
Para ler sua entrevista clique aqui

Leia "Ensaio inédito da pensadora Audre Lorde: 'A transformação do silêncio em linguagem e em ação'" de Bruna de Lara clicando aqui

Leia "Como construir uma "gig economy" mais justa em quatro etapas" de  Mark Graham clicando aqui

Leia "O trabalho do futuro e a alienação do presente" de Maria Inês Vasconcelos clicando aqui

Leia "Por que o argumento do livre comércio exclui a possibilidade do modelo gerar desemprego?" de Prabhat Patnaik clicando aqui

Leia "Para cuidar de "objetivos estratégicos", Piñera insiste em pôr exército contra protesto social" de Aldo Anfossi clicando aqui

Leia "Os livros que explicam a derrubada de Evo Morales" de Fernando Molina  clicando aqui

Leia "Lembrar de Fidel em toda sua magnitude é resistir e lutar contra o imperialismo" de Stella Calloni clicando aqui

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