sábado, 30 de abril de 2016

Dissertação de Mestrado em Educação fala sobre a interlocução entre a escola e o hip hop

O mestrando Márcio Ronei Cravo Soares se preparando para defender a pesquisa que realizou sobre a cultura do rap nas escolas de Belo Horizonte.

No dia 28/04/2016 na Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, o mestrando Márcio Ronei Cravo Soares, defendeu sua dissertação de mestrado, com o título "ICE BAND: Interlocução entre o Rap e a educação”, que abordou a existência da interlocução entre a escola e saberes não institucionalizados, como a própria cultura hip-hop.
Esta dissertação pretendeu conhecer e descrever algumas relações entre a cultura hip hop – especialmente, o rap – e a educação, na cidade de Belo Horizonte, a partir da consideração da história de vida do rapper Ice Band e das interlocuções entre seu projeto Hip Hop – Educação Para a Vida e uma instituição escolar visitada pelo projeto. Em nosso percurso investigativo, buscamos auxílio em autores que nos permitiram refletir sobre assuntos envolvidos com o tema de nossa pesquisa. Dentre outros, destacamos Alberti (2005; 2012), Andrade (1999), Arroyo (2003; 2013), Bakhtin (2014), Brandão (2004), Dayrell (2001; 2002; 2003), Freire (1996; 2000), Teixeira e Praxedes (2006), e Zaluar e Alvito (1998). Acreditamos em que foi possível perceber que se, por um lado, o discurso rapper possibilita, a moradores pertencentes a classes sociais precarizadas, um reconhecimento identitário fundado nas condições materiais e simbólicas de existência, por outro lado, a escola, em seu comprometimento com certos saberes e conteúdos formais, parece, ainda, criar poucas oportunidades de interlocução entre suas práticas e os conhecimentos forjados nos amplos e diversos processos de socialização de camadas sociais populares. Para a viabilização desta pesquisa, foram realizadas entrevistas com o rapper Ice Band e com sujeitos escolares, além da abordagem de letras de rap compostas pelo rapper. A partir da análise do material coletado, sinalizamos a necessidade de maior aproximação entre a instituição escolar e as linguagens artísticas da cultura hip hop, justificada pela possibilidade de (re)construção qualitativa das relações entre a escola, os sujeitos escolares e as comunidades.
O trabalho teve a orientação do prof. Dr. José de Sousa Miguel Lopes.

Compuseram a Banca Examinadora: Profa. Dra. Sandra Pereira Tosta, PUC Minas; Prof. Dr. José de Sousa Miguel Lopes, UEMG e Prof. Dr. Mauro Giffoni de Carvalho, UEMG.

Fonte: CENC - 28/04/16 AQUI




"Imprevisto" - Maria Teresa Horta


Imprevisto

Que surpresa
a dos dedos
quando percorrem o corpo

ou espalham os cabelos
pelas costas
despidas

Em breve será o ventre
e em seguida

as pernas lentas
mansamente erguidas


Maria Teresa Horta

Em universidade nos EUA, alunas que denunciam estupros acabam punidas por código de honra

  • Brooke diz ter sido punida pelo Código de Honra após informar a Brigham Young University ter sido estuprada por um colega, em Provo, Utah (EUA)

Antes que pudesse se mudar para um dormitório na Brigham Young University ou se inscrever nos cursos do primeiro ano, Brooke teve de assinar o Código de Honra da faculdade, no Estado de Utah (oeste dos EUA).
Uma espécie de bússola moral e também um contrato, o código é um elemento essencial na vida de quase 30 mil estudantes dessa universidade dirigida por mórmons. Ele orienta os alunos, os professores e os funcionários para "virtudes morais incluídas no evangelho de Jesus Cristo", valorizando a castidade, a honestidade e a virtude.
Ele exige trajes discretos no campus, desestimula o sexo consentido fora do casamento e, entre outras coisas, proíbe o consumo de bebidas e drogas, intimidades homossexuais e indecências, assim como má conduta sexual.
Para ler o texto completo de Jack Healy clique aqui

Nordeste brasileiro, um mundo novo, uma potente sensualidade


O Nordeste brasileiro desconstruído e efabulado: os seus vaqueiros como um mundo novo de possibilidades que nos faz sentir espectadores virgens perante esta potência, esta sensualidade. Boi Néon vai explodir no IndieLisboa. O nome é Gabriel Mascaro.
Para ler sua entrevista clique aqui

Entrevista com Irineu Destourelles / 'Verifebura: Prática Colonial e Consciência Pós-colonial'


Esta entrevista procura refletir sobre a imagem na obra de Irineu Destourelles e o modo como esta pode constituir uma estratégia crítica ao regime de distribuição do poder vigente. A própria indeterminação, as falhas técnicas (Review, 2014), as hesitações dos gestos (Visitor, 2014), surgem aqui como possíveis espaços de partilha de consentimentos. A migração cria uma distância física ao mesmo tempo que permite um olhar crítico. Como podem, neste contexto, a ironia e a arte ser constitutivas de modos alternativos de vivência? Dada a falência das narrativas, poderá a imagem constituir um fator fomentador da identidade?
Para ler a entrevista de Irineu Destourelles clique aqui

As duas faces da resistência ao golpe

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O urgente é afirmar a ilegitimidade de Temer e enfrentar seu programa de horrores. Mas o essencial é encarar o imenso trabalho de reconstruir um projeto de esquerda.
Para ler o texto de  Antonio Martins clique aqui

DOSSIÊ: Chernobyl, 30 anos depois


A 26 de abril de 1986 deu-se uma das maiores catástrofes nucleares da História numa pequena localidade da Ucrânia, Chernobyl. De central, dizia-se que era tão segura que poderia ter sido construída no meio da praça vermelha de Moscovo. Há cinco anos atrás aconteceu uma nova catástrofe quando, na sequência de um maremoto, houve uma fuga nos reatores da central nuclear de Fukushima. Neste dossier discutimos por que razão a energia nuclear nunca será uma opção segura e os perigos que continuamos a correr quando centrais, como a de Almaraz, continuarem em funcionamento. 
Para ler o Dossiê organizado por Joana Campos clique aqui

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Remessas, migrações, e o desenvolvimento de Cabo Verde

Vista sobre a cidade do Mindelo, Ilha de São Vicente

Há muito associado a uma grande tradição de emigração, Cabo Verde recebe anualmente remessas provenientes do estrangeiro em quantidades significativas. De facto, a diáspora supera a população residente no país, e quase todas as famílias tem parentes no estrangeiro. Apesar de nas últimas décadas a emigração ter reduzido, a população emigrante continua a ter como destinos de eleição a Europa e os EUA. Analisando uma problemática bem mais complexa do que inicialmente se poderia imaginar, estas remessas contribuem para o desenvolvimento do país, ou colocam alguns obstáculos? E de que forma este dinheiro é utilizado em Cabo Verde?
Para ler o texto completo de Cláudia Rodrigues clique aqui

Um roteiro para entender o golpe em curso no Brasil

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O cientista político Carlos Eduardo Martins concedeu uma entrevista para Nina Jurna, correspondente internacional do RTL Notícias , Het Parool e NRC Handelsblad na América do Sul, no dia 14 de abril de 2016. A matéria que foi ao ar no dia 18 de abril, intitulada “Brazilië zet president op zijspoor“, contou com apenas alguns dos destaques das respostas de Carlos Eduardo Martins. Por isso, o Blog da Boitempo publica, abaixo, o texto integral da entrevista enviado pelo autor. Estruturada por perguntas básicas, que dialogam com o senso comum, a entrevista fornece um breve roteiro para mapear o que está acontecendo no Brasil hoje. 
Para ler a entrevista de Carlos Eduardo Martins clique aqui

Diana Krall -" The Look Of Love"


Para assistir á interpretação de "The Look Of Love" na voz de Diana Krall clique no vídeo aqui

Conheça o Crispr, técnica de edição do DNA que promete mudar o mundo

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Conheça o Crispr, técnica de edição do DNA que promete mudar o mundo

CARLOS EDUARDO LIMA DA CUNHA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
GABRIEL ALVES

DE SÃO PAULO


25/04/2016 

Uma nova ferramenta de edição genética capaz de mudar completamente o mundo que conhecemos cada vez mais perde o rótulo de promessa e ganha o de "realidade".
O nome da técnica é Crispr-Cas9 (lê-se crísper-cás-nove) e ela reúne características que surpreendem até mesmo os biologistas mais experientes e está para o genoma assim como um processador de texto está para as palavras e frases de uma redação.
Simplificadamente, agora é possível eliminar partes indesejadas do genoma –que causam doenças– e, se necessário, inserir novas sequências no local.
A taxa de sucesso, quantidade de células modificadas pela técnica, é muito maior que aquela de outras antigas, usadas em experimentos de terapia gênica, por exemplo.
Antes, eram oferecidos genes inteiros para células doentes na esperança de que elas os acolhessem e os incorporassem. A maquinaria de edição do Crispr permite atuar diretamente no gene defeituoso, como um míssil teleguiado, atingindo um grande número de células-alvo.
Na técnica, a enzima Cas9, uma nuclease, corta as duas fitas da dupla hélice do DNA, abrindo espaço para a inserção, se for o caso, de um novo trecho (veja infográfico). Agora também é possível uma edição "sem corte" do DNA –útil para alterar uma única "letra" do genoma.
A novidade está na última edição da revista "Nature". Mutações de uma única "letra" causam doenças como anemia falciforme e aumentam propensão a alguns cânceres.
No caso da distrofia muscular de Duchenne, doença progressiva e letal, a técnica poderia beneficiar 80% dos pacientes, ao cortar fora um trecho "errado" do DNA das células musculares.
As possibilidades são infinitas. Recentemente, cientistas mostraram, usando o Crispr, ser possível "empurrar" mosquitos vetores de doenças (como o anopheles, da malária e o aedes, da dengue e da zika) rumo à extinção ao favorecer a herança de genes letais entre as fêmeas. Outro exemplo icônico é experimento que extirpou o HIV de uma cultura de células humanas.
Para entender o possível impacto do Crispr e de outras futuras técnicas de manipulação genética, tem de se ter em mente que humanos, vacinas, agropecuária, vacinas –todo o mundo vivo ou que depende dele– estão na mira.
Células embrionárias podem ser modificadas para um bebê não ter fibrose cística, distrofia ou propensão ao diabetes e à obesidade.
Bactérias capazes de degradar de poluentes, como óleo, podem ser aperfeiçoadas. Plantas com altíssima capacidade de sequestro de carbono (capazes de atenuar o aquecimento global) podem estar logo ali, alguns anos adiante.
Com relação à saúde, não é uma técnica que apenas eliminaria uma bactéria ou vírus, mas que teria potencial de arrumar tudo o que está "errado" na célula. Saber o que é "errado" envolve uma grande discussão bioética, porém.
Cientistas de várias partes do mundo estão em uma espécie de corrida armamentista para ver quem consegue ir mais longe com o Crispr. Uma preocupação é quando o primeiro bebê-Crispr nascerá. Houve até proposta de "trégua" na área, da cientista Jennifer Doudna, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
A ideia de Doudna seria a de que houvesse diretrizes, ou, ao menos, um "guia de boas práticas" para quem estivesse usando a ferramenta em células embrionárias humanas. No Reino Unido, por exemplo, já há pesquisas com embriões humanos com a finalidade de melhorar o desempenho da reprodução assistida.
DINHEIRO
O Crispr não é uma invenção humana e o acrônimo significa "repetições palindrômicas curtas agrupadas e regularmente interespaçadas". Originalmente, trata-se de um recurso utilizado por organismos unicelulares contra a invasão de vírus. A transformação desse conhecimento em técnica genética só ganhou importância no início desta década.
Doudner e sua colega Emmanuelle Charpentier iniciaram o processo de patenteamento em 2013, pouco antes de Feng Zhang, do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) fazer o mesmo por uma via menos burocrática.
Zhang teve sucesso, e iniciou-se uma disputa institucional e pessoal para ver quem é o dono do Crispr. Dada a gama de possíveis aplicações, o potencial de exploração econômico da técnica é incalculável. O mundo ainda aguarda a decisão da justiça americana.
Por ora, já existem empresas explorando o potencial do Crispr e engordando a conta de Zhang. Só neste mês de abril, a Intella Therapeutics, joint venture da qual participa a farmacêutica Novartis, deve captar quase US$ 120 milhões em investimentos. Outra empresa, a Editas Medicine, levantou US$ 94 milhões em sua oferta pública inicial.
Mesmo com a briga judicial, provavelmente o risco do negócio vale a pena.
FONTE: Aqui

A Nova República acabou, e agora?


Com o fim da Ditadura em 1985, se iniciou o período atual da história do Brasil, batizado como Nova República. O centro de sua ideia original seria a construção da democracia, como antítese da sua predecessora. A Constituição de 1988 marcou as regras do jogo pela disputa do poder, e assim foi assimilada, tanto à direita quanto à esquerda. Quem quisesse disputar o poder deveria seguir estritamente as regras constitucionais estabelecidas na Carta Magna.
Para ler o texto completo de Roberto Santana Santos clique aqui

A iniciação científica na educação básica

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Ao tentar elaborar respostas e soluções às dúvidas e problemas que levem a compreensão de si e do mundo, a ciência não se resume ao controle prático do homem sobre a natureza. Fazer do mundo uma provocação é tornar a prática científica inerente ao cotidiano, uma vez que oportuniza a observação, o questionamento e a compreensão da realidade social.
Para ler o texto completo de Maria Francilene Câmara Santiago, Ivanaldo Santos e Simone Cabral Marinho dos Santos clique aqui

"O vento passava, passava..." - Maria Machamba


O vento passava, passava
Os soldados Pedro regressando
Sacas de nada,
A guerra do homem novo,
As sardinhas do Forte,
Ceifando a fome com dor,
E o Vento passava.
Vingando a madrugada,
A Morena Grândola,
Enrolou-se com o Cavaleiro Andante,
E foi assim,
No estado a que chegou
A companheira em flor
Que todos os cravos foram desfolhados,
Alvos e rubros,
Ali em Abril florindo.
Depois, muito depois
Como amar é ganhar e perder, veio o povo à letra,
Vieram os filhos da mãe,
Mais a razão que os sustém
Viemos nós,
As floristas recolheram as armas,
Cinco ardinas os presuntos na ponta da faca,
Os capitães reviralhos formaram em silêncio
Quando a multidão zarpou de cravo amor ao peito,
E Abril ficou só
Na hora lusa da Liberdade.
Maria Machamba

sábado, 23 de abril de 2016

Ocupação das escolas


Os jovens no Brasil têm contribuído ativamente na construção de um país melhor, sendo protagonistas de transformações importantes e defendendo sempre os direitos da sociedade.
Para ler o texto completo de Isaac Roitman clique aqui

Reuters vence Pulitzer com imagens que não deveriam existir


São "fotografias arrebatadoras, cada uma com a sua própria voz, que seguem os migrantes refugiados por centenas de milhas através de fronteiras incertas para destinos desconhecidos". É com estas palavras que, no site oficial, o Prémio Pulitzer apresenta a cobertura fotográfica da crise dos refugiados feita pela agência Reuters, distinguida com o prestigiado prémio na categoria "Breaking News Photography", ex-aequo com quatro fotógrafos do "New York Times". E a verdade é que nenhuma destas fotos deveria existir.
Para ver as fotos clique aqui

"Rio Tejo" - Maria Sá

Imagem: Passeio Ribeirinho - Orange | Clouds

Rio Tejo

O meu Mundo mergulha em fantasias, onde procuro ser personagens com ilusões de uma história de Vidas.
Aí esqueço-me quem sou.
Vivo simplesmente entre o silêncio das estrelas vestido com o sorriso da Lua.
Abraço os meus passos.
Sinto apenas o caminho de tantas histórias adormecidas pelas águas deste Rio que me habita.
Embala-lo-as nos labirintos das suas entranhas.
Aí ficarão o Amor, a Lealdade, Amizades, Sonhos palpáveis em desertos silenciados, Desânimos de um Mundo de gente tranquila.
Oiço a voz do coração, guardião deste Mundo apenas meu.
O que importa é estar longe das ausências acumuladas na poeira pesada de partidas sem regresso.
Só Tempo permanece.
Outros Medos, outros Delírios, outras Quimeras carregadas de positividade, outros Cansaços, outras Distâncias.
Apenas Tempo...
Como presente diminui o tamanho da dor.
Lembra a oportunidade da coragem e da sabedoria.
Convence ainda que, de vez em quando, convém arejar a Alma com a brisa fresca e raios do Sol.
Sorri.


Maria Sá

  


VIVEIROS DE CASTRO: O antropólogo contra o Estado. "Foi preciso a esquerda para realizar o projeto da direita"



Do ponto de vista intelectual, Viveiros de Castro é herdeiro de cientistas sociais que ajudaram a derrubar o senso comum de que os povos indígenas são marcados pelo atraso em relação ao mundo ocidental. Essas sociedades sempre foram descritas como “primitivas” por carecerem de instituições modernas – como o Estado e a ciência.
Para ler o texto completo de Rafael Cariello clique aqui

Leia o texto “Transformação” na Antropologia, transformação da “Antropologia” de Eduardo Viveiros de Castro clicando aqui

Leia o texto “Afinal, como Viveiros vive a política?” de Alex Martins Moraes e Juliana Mesomo clicando aqui

Leia o texto “Viveiros, indisplina-te” de Alex Martins Moraes e Juliana Mesomo clicando aqui

Gaboteca: Acervo online disponibiliza obras de Gabriel García Márquez


19 Abril 2016
Dividido em quatro grandes categorias, o portal La Gaboteca estreou. O espaço, que vai servir como acervo digital, disponibiliza todas as edições das obras de Gabriel García Márquez. O catálogo virtual foi apresentado de maneira oficial na última semana, em Bogotá (COL), em razão do segundo aniversário da morte do escritor e jornalista.
O leitor poderá ver na página disponível dentro do site da Biblioteca Nacional (BN) obras de Gabo, traduções do autor, livros publicados sobre ele e seção sobre a vida e as viagens do criador de Cem Anos de Solidão. Segundo a BN, este é o primeiro esforço para ordenar e apresentar "o imenso corpus bibliográfico de Gabriel García Márquez ao leitor neófito e ao especialista".
"Tudo o que for produzido sobre Gabo terá lugar na 'Gaboteca'", afirmou a diretora da BN, Consuelo Gaitán, em entrevista ao Estadão. Segundo a executiva, a instituição recebeu doações de objetos após a morte do escritor, inclusive a medalha e o diploma de seu Prêmio Nobel, oferecidos pela viúva Mercedes Barcha.
O projeto está sob curadoria de Nicolás Pernett e conta com mais de 1.500 materiais, entre eles 600 livros traduzidos para 36 idiomas.
Para acesso à Gaboteca clique aqui

Não voltaremos aos espaços privados da sociedade, chegamos na política para ficar

Fonte: Não Me Kahlo

O golpe institucional foi dado. O recrudescimento do machismo, racismo e LGBTfobia continua a dar mais e mais sinais nestes poucos dias pós-golpe. Se já se desenhava a desconstrução misógina do lugar da mulher na política, hoje temos prova simbólica significativa de qual padrão social as mulheres devem seguir ao estar nos espaços políticos: Marcela Temer.
Para ler o texto completo de Luka clique aqui

Leia o texto "Em meio à crise, o patriarcado contra-ataca" de Joana Burigo clicando aqui

Golpe e Impeachment: As palavras têm o poder que conferimos a elas


Se as pessoas soubessem o poder real de algumas palavras não aceitariam tão facilmente que elas fossem escancaradamente escondidas por aqueles que já sabem de sua força. Pois uma palavra quando expelida por uma multidão que é plenamente consciente de seu significado é capaz de mudar muita coisa.
Para ler o texto completo de Leonardo Sakamoto clique aqui

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Chomsky: "Está a cair o apoio às democracias formais porque não são verdadeiras democracias"


“Na Europa, as decisões tomam-se em Bruxelas. Nos EUA, cerca de 70% da população - os 70% com rendimentos mais baixos - está totalmente desvinculada do processo político”, lamentou o politólogo e linguista norte americano Noam Chomsky.
Para ler o texto completo clique aqui


"Marcha da quarta-feira de cinzas" - Vinicius de Moraes


Marcha de Quarta-Feira de Cinzas

Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais
Brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas
Foi o que restou
Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando
Cantigas de amor
E no entanto, é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida
Feliz a cantar
Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza
Dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando
Seu canto de paz
Seu canto de paz

Vinicius de Moraes

A literatura angolana, o poder, a resistência e a vida

Fernando Veludo/Arquivo

Em dez anos de prisão Luandino Vieira conheceu e escreveu acerca de uma encruzilhada de temas e de problemas: as línguas unificadoras de grupos, a resistência, a força da literatura, o cinema e a violência. Aqui está: Papéis da prisão. Apontamentos, diário, correspondência (1962-1971).
Para ler o texto de Diogo Ramada Curto clique aqui

Problemas com o espelho?

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Há muito tempo atrás você descobriu com inebriante alegria e espanto sua imagem refletida no espelho, mais ou menos quando você tinha seis meses de idade. Em um momento, nos lembra Jacques Lacan, no qual você era menos inteligente que um chimpanzé, mas demonstrou a incrível capacidade de se reconhecer sua imagem no espelho. Este processo que o psicanalista francês afirma se estender até os dezoito anos, o chamado “estádio do espelho”, seria uma identificação, isto é, uma “transformação produzida no sujeito quando assume uma imagem”.
Para ler o texto completo de Mauro Luis Iasi clique aqui

O português como língua de Camões é um mito


Tese surpreendente defende que o investimento de Camões num português “castiço” é residual. O linguista Fernando Venâncio contradiz os mitos criados à volta de uma “língua de Camões”.
Para ler o texto de Isabel Salema clique aqui

ENTREVISTA Dalila Andrade Oliveira: "Hoje temos muito mais pobres que estão no sistema escolar"


Para assitir à entrevista de Dalila Andrade de Oliveira clique no vídeo aqui

Os interesses econômicos por trás do impeachment


É fundamental que patriotismo não esconda seus reais objetivos, pois crises econômicas andam juntas com crises políticas; atualmente ações que visam o “interesse nacional” se mostram armadilhas retóricas.
Para ler o texto completo de Leonardo Segura Moraes clique aqui

terça-feira, 19 de abril de 2016

DOSSIÊ ESPECIAL SOBRE O MOMENTO POLÍTICO NO BRASIL: GOLPE, RESISTÊNCIA E ALTERNATIVAS

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Numa seleção das análises publicadas por Outras Palavras, as origens da crise política, o projeto ultraconservador das elites e a hipótese de lançar, a partir da mobilização social, uma agenda de reformas reais

I – A Trama dos sem-voto



As instituições norte-americanas têm a geopolítica na veia. As brasileiras têm na cabeça apenas o Código Penal e a Constituição. Encantam-se quando conhecem os EUA
Por Luis Nassif, no GGN (publicado em 2/3/16)

Crise demonstra: a frágil democracia brasileira não pode continuar a conviver com mídia oligopolizada — que ameaça e chantageia os poderes, enquanto mantém na ignorância milhões de brasileiros
Por Celso Vicenzi (publicado em 10/4/16)

História de um desastre: escorregão do governo Lula e irresponsabilidade de José Eduardo Cardozo criaram corporação superpoderosa, que flerta com Estado policial
Por Luis Nassif, no GGN (publicado em 31/3/16)

À ausência de limites éticos soma-se nestes tempos sombrios certa regressão estética; dos memes às manifestações, das citações cafajestes a dancinhas cafonas
Por Alceu Luís Castilho (publicado em 11/3/16)


II – Que pretendem as elites


Nos quatro eixos de eventual governo Temer, o projeto da elite brasileira: contra-reforma trabalhista, ataque a programas sociais, privatização disfarçada da Petrobras e abafamento dos escândalos de corrupção
Por Guilherme Boulos (publicado em 15/4/16)

Pré-Sal para petroleiras globais. Fim da demarcação indígena. “Direito” ao armamento pessoal. Veto à família homoafetiva e muito mais. Que projetos escondem-se atrás da suposta “luta contra corrupção”
Por Cristina Fróes de Borja Reis, Tatiana Berringer e Maria Caramez Carlotto (publicado em 16/3/16)

Rever Constituição de 1988. Cortar recursos obrigatórios para Saúde e Educação. Reduzir benefícios previdenciários. Privatizar tudo. Retomar alinhamento com EUA. Análise revela: programa do vice é delícia das elites
Por Fernando Marcelino (publicado em 4/4/16)

III – Os impasses do lulismo


André Singer analisa: por que empresários abandonaram quem os enriqueceu. Nas Jornadas de 2013, divisor de águas irrepetível. “Ajuste fiscal”, o erro dramático de Dilma. Projeto de Lula está nas cordas, mas não morreu
Entrevista a João Vitor Santos, no IHU

Quando começou seu calvário, Lula sentiu finalmente que a conciliação é vã. Pode ser tarde demais – mas a análise de sua fala revela que a luta de classes, tantas vezes enterrada, está mais viva que nunca
Por Priscila Figueiredo (publicado em 29/3/16)

Uma economista disseca os cálculos que fabricam a "crise" e contra-ataca: objetivo do discurso é transferir à aristocracia financeira fundos que garantem direitos sociais
Coryntho Baldez, no Jornal da UFRJ (publicado em 20/1/16)

Quem julga o "ajuste fiscal" de Dilma inevitável deveria ao menos estudar uma alternativa singela: o programa adotado por Lula, diante da recessão global de 2008. As diferenças são chocantes
Por João Sicsu, em Carta Capital (publicado em 16/2/15)

Projeto de Renan Calheiros e José Serra extingue “regime de partilha” e afasta Petrobras. Medida provocaria exploração predatória, em benefício de transnacionais petroleiras
Por Marcelo Zero, no Dialogo Petroleiro (publciado em 24/2/16)

Privatizações. Código de Mineração devastador. Lei “antiterror”. Maioridade penal. Saiba o que parlamentares querem impor à sociedade este ano – para resistir melhor
Por Carlos Eduardo, no Congresso em Notas (publicado em 4/2/16)


IV – A possível virada e as reformas urgentíssimas


Evitar impeachment e retrocesso é crucial. Mas os limites do governo Dilma estão claríssimos. É hora de um novo projeto de paísPor Carla Ferreira e Mathias Luce (publicado em 31/3/16)

Judiciário e mídia ferem democracia. Lava Jato não é comparável a Mãos Limpas. Na raiz da crise, ilusão grosseira do PT. Guerra não está perdida; é preciso mudar já.
Por Boaventura de Sousa Santos (publicado em 21/3/15)

Volta do ex-presidente será inútil, se não significar mudança completa de rumos do governo. Eis alguns pontos essenciais. 
Por Antonio Martins (publicado em 14/3/15)

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