"A liberdade e a verdade também se abatem" - José Paulo Pinto Lobo

 

A liberdade e a verdade também se abatem

Mil olhos se marejaram de chuva

Gotejando miudinha e alegremente

Numa aurora de sonhos risos e abraços

Nas novas cores adejaram todas as esperanças

Forjadas em vontade indómita e dor

Cedo se transmutou o dia

Em intolerâncias e ódios mesquinhos

Num ocaso de violência morte e desnorte

Anoitecendo a felicidade e a utopia

Elegendo o esquecimento

E a liberdade e a verdade?

Tal como as memórias, a liberdade e a verdade também se abatem

O que resta aos homens?

Marchar cantar ridicularizar (guerrear?)

E, porque não, enlouquecer?

José Paulo Pinto Lobo

(Poeta moçambicano)

Cascais, 27 de Novembro 2023

Crise climática e novo extrativismo: uma oportunidade para o país voltar a crescer de forma sustentável?

 

Uma das razões para termos perdido dinamismo econômico está o avanço do processo de desindustrialização ao longo das últimas três décadas. Para ler o texto de Carmem Feijó clique aqui

Fabian Falconi: Brasil na presidência do G20 traz ascensão de 'países periféricos' em questões globais, diz analista

Nayara Felizardo: Rica, famosa e vítima de agressão– nem Ana Hickmann escapa dos males da Lei de Alienação Parental

Jeniffer Mendonça - Guajurá: A polícia mata maisque criminosos

Revista Educação em Foco, v. 26, n. 50 (2023)

“O Horror! O Horror!”, Revisitado na Palestina

Joseph Conrad disse certa vez que, antes de ir ao Congo, ele era um simples animal. Foi em uma dessas terras parcialmente mapeadas pela crueldade e pela hipocrisia do ethos imperial que Conrad descobriu o colonialismo europeu em sua encarnação mais pura e terrível, devidamente retratada em "Heart of Darkness" ("Coração das Trevas") – um dos maiores épicos de conscientização da história da literatura. Para ler o texto de Pepe Escobar clique aqui

 

Dmitry Orlov: As falidas relações públicas israelenses

Viktor Mikhin: A guerra em Gaza e os esforços doCairo para acalmar a crise

Aida Touma: Israel a caminho do fascismo

Sayid Marcos Tenório: Hamas e o legítimo direito de defesa

Onde Israel compra suas armas?

Chinaapresenta plano de 5 pontos para resolver o conflito israelo-palestino

Samuel Moncada: Uma mensagem contundente para Israel

Phil Butler: Os evangelistas americanos estãoprontos para seguir os sionistas até o Armagedom?

BrunoFabricio Alcebino da Silva: Herbert Marcuse em Israel

Valdir da Silva Bezerra - 'Rota de colisão': as preparações de Washington para a 2ª guerra no Pacífico

Konstantin Asmolov - O Nascimento de um “Novo Triângulo de Ferro”: Reação Internacional

Salman Rafi Sheikh: A Geopolítica do “AUKUS Plus”

Ivan Kopytsev - Fontes de conflitogenicidade: Serápossível um novo conflito armado interestatal no Corno de África?

JonahWalters, Bhaskar Sunkara e René Rojas: Ele finalmente morreu

Morreu Henry Kissinger, o mais estimado criminoso de guerra norte-americano

Jamil Chade: Kissinger, criminoso de guerra

Lincoln Secco: Henry Kissinger (1923-2023)

A campanha de bombardeio de Kissinger provavelmentematou centenas de milhares de cambojanos e preparou o caminho para a devastaçãodo Khmer Vermelho

Normando Salomão: Para a mídia hegemônica, ocriminoso de guerra Henry Kissinger era um grande homem

LorenBalhorn: O novo partido de esquerda alemão é um passo para trás que permitiráoutro para frente?

ErickKayser: Argentina mostra que a extrema-direita segue viva e (quase) semadversários

Claudio Katz: O ataque de Javier Milei contra as conquistas populares

George Monbiot: Por que a COP-28 também fracassará

IraldoMatias: Estado “assediador”, gestores e a violência psicológica de classe –Parte 1

Ricardo Musse: Turbulências e desafios

Hans Ulrich Gumbrecht: Torcidas

Piano Guys (4 Guys, 3 min, 2 cellos, 1 piano): "Ants Marching/Ode To Joy"

 

Para assistir à interpretação de "Ants Marching/Ode To Joy" pelos Piano Guys (4 Guys, 3 min, 2 cellos, 1 piano) clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema

 

A brutal “cura gay” que estais entre nós

Um contundente filme sobre a alienação religiosa. Sem clichês, Pedágio mostra uma mãe que busca “salvação” num pastor-terapêuta para o filho que dubla divas do jazz da internet. A história é de passagens: da honestidade ao crime, da virtude ao pecado… Para ler o texto de José Geraldo Couto clique aqui

"Toda Noite Estarei Lá"

Ter a sua existência reconhecida. Ter sua existência respeitada. Essas são as bases das reivindicações de Mel Rosário, uma mulher trans que inicia uma batalha judicial contra uma igreja para ter seus direitos fundamentais garantidos. Seu desejo inicial era muito simples: frequentar o culto da igreja da sua vizinhança. "Toda Noite Estarei Lá" escancara a transfobia que transformou os pastores da igreja em lobos violentando a carne de seu rebanho. Mas a fé de Mel não é pouca. E na mesma medida é sua determinação. Para ler o texto de Alvaro Goulart clique aqui

"Sur L’Adamant": falo-vos de nós

E eis a mais recente viagem de Philibert, "Sur L’Adamant" ("Sobre L’Adamant", 2023) agora nos cinemas portugueses, quase um ano depois de o filme ter arrecadado o Urso de Ouro no Festival de Berlim, surpresa de que poucos estavam à espera (não é só no tom e estrutura do seu trabalho que o documentarista veterano é discreto). Para ler o texto de Susana Bessa clique aqui

HUMOR - Porta News: Espionagem na prova, STF e Leo Santana satanista

 

Nesta edição do renomado Porta News temos estratégias pra desobstruir túneis, um grande papo sobre os direitos trabalhistas dos animais, uma espiã em São Paulo, Leo Santana e o Diabo e um calor dos infernos, que esperamos não ser culpa do Leo. Divirta-se clicando aqui

Reflexões sobre História, Política e Conhecimento

 

As contradições coloniais de Albert Camus

O escritor francês Albert Camus é uma figura icônica, celebrada por todos, desde Emmanuel Macron até George W. Bush. Mas a imagem pública idealizada de Camus como um humanista progressista não reflete com honestidade o peso do colonialismo francês em sua obra. Para ler o texto de Oliver Gloag clique aqui

Um “zek” recorda os campos de Estaline

Julius Margolin era filósofo e escreveu aquele que é talvez o melhor livro sobre a experiência de ter vivido num Gulag. Uma crónica histórica sem paralelo que é também um profundo juízo moral. Para ler o texto de Timothy Snyder clique aqui

 "Uma história social do conhecimento"

Para ler o comentário de Fernando Nogueira da Costa sobre o livro "Uma história social do conhecimento" de Peter Burke clique aqui

"Prefácio" - Fadwa Tuqan

 

Prefácio

 

‘Sento-me para escrever...

Mas, o que é que posso escrever?

De que vale dizer

‘pátria minha’... ‘minha gente’... ‘meu povo’?

Será que posso proteger a minha gente com palavras?

Será que com palavras salvarei meu povo?

Por acaso não é absolutamente ridículo, sentar-me,

hoje, para escrever?

 

Fadwa Tuqan

(Poeta palestino)

Agronegócio destrói o Brasil – Da Escravidão às Toxidades

 

"O poder perverso do capitalismo selvagem no agronegócio brasileiro foi demonstrado há poucos dias com a aprovação do regime de urgência, do Projeto de Lei (PL) 1459/22, conhecido como PL do veneno, por flexibilizar o uso de agrotóxicos", escreve José Rodrigues Filho. Para ler seu texto clique aqui

Luís Indriunas: O agronegócio banca a grande mídiabrasileira

LuizAlberto Melchert: A Raposa, as galinhas e o 8 de janeiro

Luís Nassif: A hora dos economistasprincipiológicos

Julian Rodrigues: Flávio Dino no STF

GilbertoNascimento: Bispos da Universal obrigam pastores a emagrecer e vetam casamentosinterraciais, diz ex-religioso

Geraldo Oliveira: Lutas dos afrodescendentes

Texto mais longo lido por 66% dos alunosbrasileiros não passa de 10 páginas; no Chile, normal é mais de 100

Seria o Hamas tão brutal quanto Israel?

Para encobrir o massacre, traçam-se paralelos patifes. Comparar a violência do escravo, em luta ou desespero, à do colonizador que o submete é propor o silêncio resignado dos oprimidos. Reflexões no Dia de Solidariedade ao Povo Palestino. Para ler o texto de Hamza Hamouchene clique aqui

 

Bruno Huberman: O atual massacre de palestinos porIsrael já é tão catastrófico quanto o de 1948

Fabian Falconi: Quem vai administrar a Faixa deGaza após a incursão militar de Israel?

Seth Ferris: “Do rio até o mar, a Palestina será livre”… é uma reminiscência do discurso do rio de sangue!

MuhammadHamza Tanvir: O Canal Ben Gurion está por trás do Genocídio de Gaza?

Alexandr Svaranc: Turquia e Israel envolveram-senuma disputa verbal…

Scott Ritter: O Hamas vence a batalha por Gaza

Thierry Meyssan: Como Netanyahu falsifica aatualidade

JoãoCarlos Loebens: A guerra sionista contra a Palestina

FlávioAguiar: Na Europa, a extrema direita se aproxima de Israel

SamRussek: Israel arma os autocratas do mundo com armas testadas em palestinos

Fiammetta Martegani - Mulheres israelenses: “Estupradas, espancadas. E o mundo fica calado"

A manipulação do antissemitismo como instrumento decensura às críticas a Israel

Ilan Pappé: Deriva messiânica, o sionismo rumo aoseu fim

MohammedHaddad e Alia Chughtai - Conflito Israel-Palestina: Uma breve história em mapase gráficos

Alastair Crooke: O chapéu do mágico e o grandesimulacro do bálsamo paliativo

BernhardHorstmann - SitRep da Ucrânia: grandes perdas, brigas políticas, fronteirasbloqueadas

Konstantin Asmolov - O Nascimento de um “Novo Triângulo de Ferro”: Análise dos Principais Documentos da Cúpula

Elias Jabbour: Outra globalização, vista desde Pequim

Valdir daSilva Bezerra: A demência política e psiquiátrica de Biden

MariaLuiza Falcão Silva: Milei vai se render ao Brasil e à China

Carlos Hortmann: Uma Lava Jato em Portugal?

Aurélien Mondon: É preciso chamar a extrema-direita pelo nome

Jeff Cohen & Norman Soloman: Os democratas conformistas têm estado em negação. Agora eles estão em pânico

Yanis Varoufakis: O tecno feudalismo está dominando

Boris Kushhov - Resultados da Cimeira ECO:Progressos em dois corredores de importância continental

MassimoRecalcati - A violência? Das cinzas do patriarcado um monstro de duas cabeças:narcisismo e depressão

Roberto Silva & Roberta Sá: "Falsa Baiana"

 

Para assistir à interpretação de "Falsa Baiana" nas vozes de Roberto Silva & Roberta Sá clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema

 

Jonathas e a arte do deslocamento

Na Bienal de Veneza de 2022, o pavilhão brasileiro acolhia os visitantes por uma orelha mas, em certos momentos, também os expulsava pela outra. A exposição partia de mais de 250 expressões populares que são figuras de linguagem baseadas no corpo, muitas das quais inspiravam esculturas, fotografias e uma videoinstalação. A entrada e a saída, por exemplo, representavam “entrar por um ouvido e sair pelo outro”. Uma das obras, que dava título ao pavilhão, era Com o Coração Saindo pela Boca, um coração inflável que, de tempos em tempos, emergia de uma boca no teto e progressivamente ocupava quase todo o espaço da sala. O público era obrigado a negociar sua posição ou mesmo deixar o recinto. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui

"Othelo, O Grande"

A primeira vez que ouvi falar de Grande Othelo foi através de minha avó. Na época, eu trabalhava em locadora e ela havia me perguntado se lá havia disponível os filmes dele junto do Oscarito. Ela assistia nos cinemas de rua durante a infância, levada pelo meu bisavô. Eu era bem novo, tinha apenas dezessete anos e meu repertório sobre o cinema brasileiro era muito limitado. Estava fascinado com "Cidade de Deus" e a referência cômica era "O Auto da Compadecida" (ainda está no meu ranking). Ao ouvir aquele nome, até então desconhecido, imaginava um Tony Tornado comediante. Para minha surpresa, ao ver a imagem no Google, me deparei com aquele sujeito baixinho e de rosto simpático. Fui buscar sua filmografia, seus trabalhos, e me deparei com o genial "Macunaíma", que havia no acervo da loja. Também o reconheci em reprises da Escolinha do Professor Raimundo, como Eustáquio. Grande Othelo era um comediante e tanto! Mas foi quando assisti "Rio, Zona Norte", de Nelson Pereira dos Santos, que me surpreendi com sua atuação. Que ator completo! Hoje é um filme que possuo na minha coleção e com grande destaque. Para ler o texto de Alvaro Goulart clique aqui

“Céu em Chamas”: fogo que arde sem se ver

Cliché número 1: o filme de Verão, desde o incontornável Rohmer a todos os primeiros filmes feitos a partir de memórias de um Verão adolescente. Os banhos de mar, os amores e desamores, os jantares no jardim, as conversas inebriadas de vinho e de poesia. Para ler o texto de Daniela Rôla clique aqui

HUMOR - Ariano Suassuna • Visitas Chatas

 

DIVIRTA-SE

Reflexões políticas e filosóficas

 

 O peso do fracasso e a fúria de Narciso

Em nome do “amor”, pode-se chegar a suprimir a liberdade da mulher. Na violência dos homens contra as mulheres, sempre há uma intenção fantasmagoricamente pedagógica: disciplinar, regular, purificar sua pecaminosidade natural e irresponsável. Para ler o texto de Massimo Recalcati clique aqui

Paul Ricoeur, educador político

Se a constituição das sociedades se apresenta como resultado de uma criação coletiva, exige-se, por conseguinte, formas de responsabilidade coletiva. Para ler o texto de Piero Detoni clique aqui

Teorizar em primeira pessoa, a prática de liberdade na escrita de bell hooks

“Educar é um processo que afeta de dentro para fora, silenciosamente germinando ideias de emancipação, nas palavras de bell hooks, 'capaz de se dirigir diretamente à dor que está dentro das pessoas e oferecer-lhes palavras de cura, estratégias de cura, uma teoria da cura'”, escreve Neli Gomes da Rocha, professora da Escola de Educação e Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR e pesquisadora-visitante do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Portugal, e do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique. Para ler seu texto clique aqui