domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
CARL SAGAN: A arte refinada de detectar mentiras
Às vezes sonho que estou falando com meus pais, e de repente — ainda imerso na elaboração do sonho — sou tomado pela consciência esmagadora de que eles não morreram de verdade, de que tudo não passou de um erro horrível. Ora, ali estão eles, vivos e bem de saúde, meu pai fazendo piadas inteligentes, minha mãe muito séria me aconselhando a usar uma manta porque está frio. Quando acordo, passo de novo por um processo abreviado de luto. Evidentemente, existe algo dentro de mim que está pronto a acreditar na vida após a morte. E que não está nem um pouco interessado em saber se há alguma evidência séria que confirme tal coisa.
Por isso, não rio da mulher que visita o túmulo do marido e conversa com ele de vez em quando, talvez no aniversário de sua morte. Não é difícil de compreender. E se tenho dificuldades com o status ontológico daquele com que ela está falando, não faz mal. Não é isso que importa. O que importa é que os seres humanos são humanos. Mais de um terço dos adultos norte-americanos acreditam que em algum nível estabeleceram contato com os mortos. O número parece ter dado um pulo de 15% entre 1977 e 1988. Um quarto dos norte-americanos acredita em reencarnação.
Para ler o texto completo de Carl Sagan clique aqui
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Os mistérios do Partido Comunista Chinês
Para ler o artigo completo de Martine Bulard clique aqui
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sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Manifesto «Lusofóbico», crítica da identidade cultural «lusófona» em Cabo Verde
É assim um desembarcado. Já não compreende o dialecto, fala da Ópera, que talvez só de longe tenha avistado, mas sobretudo adopta uma atitude crítica a respeito dos seus compatriotas. Diante do menor acontecimento comporta-se de modo original. É aquele que sabe. Revela-se pela sua linguagem (Fanon; 1975: 38).
Se se citar esta frase perante uma plateia de cabo-verdianos, ela pode não aparecer muito estranha pela seguinte razão: Parece que o Fanon está a falar dos «desembarcados» cabo-verdianos, e estes, como facilmente se infere, são os imigrantes, principalmente, neste caso, os que se fizeram a sua formação intelectual na ex-metrópole ou na diáspora. Nós admitimos que após a leitura inicial dessa frase pensamos: «ele parece que está a falar de mim, quando terminei a licenciatura». E somos conscientes de que ainda hoje essa arrogância eurocêntrica emerge pelos poros da nossa produção académica como se nota, por exemplo, na escrita e linguagem complicada, ou codificada, que para além de uma parte do mundo académico do Norte Global, é infelizmente inteligível, incompreensível ou pouco interessa à maioria das populações.
Para ler o texto completo de Odair Bartolomeu Varela clique aqui
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Chile investiga possível assassinato de Neruda
Para ler o texto completo de Milton Ribeiro clique aqui
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O que aconteceu com a Esquerda?
Para ler o artigo completo de Renato Janine Ribeiro clique aqui
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012
O apartheid na África do Sul não morreu
Para ler o artigo completo de John Pilger clique aqui
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"LABOR PERFEITO" - Maria Teresa Horta
LABOR PERFEITO
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terça-feira, 25 de setembro de 2012
ENTREVISTA/RICARDO ABRAMOVAY: O modo pós-capitalista de estar no mundo
Não se trata, esclarece o entrevistado, de um retorno ao “socialismo real”. Ninguém mais defende o controle direto, pelos Estados, dos meios de produção e das decisões sobre o que produzir e como trocar. A crítica e a alternativa são de outra natureza. Provavelmente, muito mais profundas, porque questionam as relações sociais e simbólicas associadas ao sistema – não apenas o grupo ou classe social que está em seu comando.
Abramovay – que acaba de lançar um novo livro, “Muito além da Economia Verde“ [ler resenha] – aponta exemplos concretos. Vão ficando para trás as noções que associavam sucesso pessoal ao acúmulo de bens materiais. Um dos focos desta superação é o automóvel, mercadoria-símbolo do capitalismo. De que vale possuí-lo, se ele já não oferece mobilidade alguma, nos centros urbanos? Na desconstrução de seu fetiche, emergem reivindicações como o direito à cidade, ou o transporte coletivo de qualidade; e mesmo a valorização da bicicleta e das caminhadas, há pouco desqualificadas como arcaicas.
Coloca-se em xeque a competição, um valor central na lógica dominante. Cultiva-se a colaboração e o cooperativismo – que, graças à internet, já não estão presos ao território, à família e ao local. Pratica-se o trabalho compartilhado a distância: por exemplo, nas comunidades de software livre. Seus integrantes não pensam em restringir o uso dos conhecimentos que desenvolvem. Sabem que ele se enriquecerá cada vez mais, enquanto for compartilhado. Por isso, preferem mantê-lo aberto e disponível aos demais. E este modo de agir, que produz resultados notáveis, é acatado e contratado por grandes empresas do setor, como IBM e Google.
A estas práticas, corresponde uma nova visão de democracia – que vai muito além do voto, do partido ou da representação. Busca-se participar permanentemente da vida pública: em movimentos, redes e ONGs voltados a todos os tipos de causas. Exige-se das empresas padrões de comportamento adequados a objetivos sociais. Questiona-se seu suposto “direito” de buscar apenas resultados econômicos.
Onde chegará este questionamento, que coloca em xeque os próprios valores do sistema? Abramovay não está preocupado com rótulos. Como o Galileu de Brecht, enxerga que “o tempo antigo acabou, e começou um novo”. Quer valorizar um outro modo de estar no mundo; criar condições para que se propague, demonstrando como são obsoletas as velhas relações – mas também possível e indispensável a mudança.
Leia a entrevista de Ricardo Abramovay aqui
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Marcadores: capitalismo, Ciências Sociais, economia, entrevista, Ricardo Abramovay
ENTREVISTA / WANDERLEY GUILHERME DOS SANTOS: “Mensalão será um julgamento de exceção"
As inovações citadas por Santos sustentam sua crença na exceção. Presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, autarquia do Ministério da Cultura, o estudioso da democracia e de regimes autoritários é considerado um decano da ciência política no Brasil.
Os principais trechos da entrevista podem ser lidos aqui
Sobre o mesmo tema pode ler outra entrevista de Wanderley Guilherme dos Santos aqui
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Marcadores: Ciências Sociais, justiça, política, Wanderley Guilherme dos Santos
ENTREVISTA / ROGÉRIO MENEGHINI: Scielo: é hora de mudança
Mas, passados os anos e as conquistas citadas, os periódicos nacionais continuam sendo a segunda opção de publicação dos pesquisadores que querem ver seus trabalhos lidos e citados. Mesmo os periódicos nacionais de maior visibilidade têm número de citações de seus artigos e fator de impacto (índice que mede a relevância das revistas) muito inferiores aos das publicações de áreas correspondentes de países desenvolvidos. Em entrevista à CH On-line concedida durante o Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, Rogério Meneghini comenta essas questões e expõe sua visão sobre o cenário atual dos periódicos brasileiros.
Para ler a entrevista com Rogério Meneghini clique aqui
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Marcadores: biblioteca virtual, Ciências Sociais, entrevista
"Diadorim" - Juarez Maciel e Grupo Muda
O grupo trabalha com texturas da música popular num ambiente camerístico contemporâneo, produzindo uma música contemplativa, com sotaque mineiro, mas universal ao mesmo tempo. Os arranjos, todos feitos por Juarez Maciel, são delicados e minimalistas, e exploram os timbres e a sonoridade particular de cada instrumento.
Veja a interpretação de "Diadorim" no vídeo aqui
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LEITURA DIGITAL: Biblioteca fica ao alcance de um clique
A internet mudou tudo isso. Hoje, com um clique e sem sair de casa, é possível ter acesso a informações que antes levavam dias para obter. A oferta de livros eletrônicos para computadores, tablets e smartphones cresce rapidamente e na internet não faltam links para arquivos gratuitos de títulos de domínio público, que podem ser copiados ou impressos livremente. O que não mudou é o desejo humano de guardar todo o conhecimento disponível – ou, pelo menos, o que for possível disso – em um único lugar: a biblioteca.
Para ler o texto completo de Gustavo Brigatto e João Luiz Rosa clique aqui
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BRASIL: Outros valores, além do frenesi de consumo
Para ler a entrevista completa do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro clique aqui
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domingo, 23 de setembro de 2012
O Angolês, uma maneira angolana de falar português
Para ler o artigo completo de Francisco Kulikolelwa Edmundo clique aqui
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Marcadores: africanidades, Angola
sábado, 22 de setembro de 2012
Traçando a complicada história da origem humana
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Marcadores: Antropologia, Ciências Sociais
O cinema africano ao norte e ao sul do Saara
E em nenhum outro lugar isso é mais evidente do que nas duas áreas geográficas contíguas, mas de colonização variada, abordadas neste artigo. A primeira área compreende os países norte-africanos que formam o Magreb: Tunísia e Marrocos, que se tornaram independentes em 1956; e Argélia, cuja independência só foi obtida depois de uma longa e sangrenta guerra de libertação em 1962. A segunda área compreende os países ao sul do Saara formados por duas colônias gigantes da África ocidental francesa e da África equatorial francesa. Divididas no processo de independência em 12 países que hoje são conhecidos como Benin (antigo Daomé), Costa do Marfim, Guiné, Senegal, Mali, Mauritânia, Níger, Burkina Fasso (antigo Alto Volta), Chade, República Centro-Africana, Gabão e Congo. A essa lista podemos acrescentar os dois países africanos ocidentais, ex-colônias alemãs que se tornaram protetorados franceses após a Primeira Guerra Mundial: Togo e Camarões. A independência foi concedida a esses dois países em 1960, juntamente com os outros Estados africanos ocidentais com exceção da Guiné Equatorial, que havia proclamado independência em 1958. Juntas, as duas áreas contíguas ao norte e ao sul do Saara compõem um território de quase 11 milhões de quilômetros quadrados (aproximadamente 16,5 por cento maior que os Estados Unidos). Cerca de um terço dessa área (3,2 milhões de quilômetros quadrados) localiza-se no Magreb e pouco mais de dois terços (7,7 milhões de quilômetros quadrados) encontram-se no sul. O território estende-se do Mediterrâneo às margens do Congo e da costa atlântica do Senegal à fronteira do Sudão. Essa imensa área abriga cerca de 175 milhões de pessoas – 65 milhões no Magreb e 110 milhões ao sul.
Para ler o artigo completo de Roy Armes clique aqui
Para ler a 2a parte do artigo de Roy Armes clique aqui
Para ler a 3a parte do artigo de Roy Armes clique aqui
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Marcadores: africanidades, arte, Cinema
O horror da guerra na Líbia, segundo fotógrafo brasileiro
O paulista de Botucatu André Liohn é um homem corajoso. Aos 39 anos, ele ganhou o prêmio Robert Capa de 2011 por sua cobertura da guerra civil na Líbia, onde o embaixador americano Christopher Stevens e mais três diplomatas foram mortos por extremistas muçulmanos. Foi o primeiro sul-americano a obter a honraria em 57 anos. O prêmio é dado para fotos de conflitos. André é correspondente de guerra há mais de dez anos e já esteve na Somália e na Síria. Faz free lances para redes como CNN, a revista Newsweek e a ONG Human Rights Watch. Doze de suas imagens foram premiadas, todas elas em Misrata, a cidade mais devastada pela guerra, que ficou dois meses sitiada pelas tropas do ditador Muamar Khadafi.
Para ler o artigo completo de Kiko Nogueira, clique aqui
Para ler a entrevista ao programa Roda Viva clique aqui
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Marcadores: arte, entrevista, fotografia
Educação: a “prioridade nacional” e o discurso cínico
Para ler o artigo completo de Daniel Cara clique aqui
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Marcadores: Educação
terça-feira, 18 de setembro de 2012
MÍDIA & EDUCAÇÃO: Da Idade Média à Idade Mídia
Não podemos ensinar ou trabalhar de costas para a sociedade digital, que atrai e congrega um número cada vez maior de habitantes. Mas também seria empobrecedor descartar o que aprendemos, deletar da memória os espíritos antigos, cujas vozes foram registradas em papel com lágrimas, com sangue... ou com caneta-tinteiro.
Por mais fascinantes que sejam os avanços “midievais”, tenhamos em mente que tais conquistas ainda não chegaram à vida de milhões de pessoas no planeta. Ainda há gente no mundo que mais necessita de acesso à água potável do que a um site.
Para ler o artigo completo de Gabriel Perissé clique aqui
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Marcadores: Ciências Sociais, internet, livro, mídia
LEI DE COTAS: Um passo gigantesco da educação brasileira
A mídia empresarial brasileira, endossada pela elite conservadora e por boa parte da classe média “metida a rica”, vomitou ferozmente todo o seu racismo e preconceito social após Dilma Rousseff sancionar a Lei de Cotas. “Vai piorar o ensino superior público brasileiro”; “acabou a meritocracia como critério de seleção nas universidades”; “o problema não é a universidade, mas o ensino de base”; “é um tiro no pé, pois só vai aumentar o racismo e o preconceito contra alunos de escola pública”, entre outros, foram alguns dos argumentos tacanhos reiteradamente explorados pelos arautos defensores da educação de privilégios travestidos de jornalistas e analistas políticos.
Para ler texto completo de Artur Pires clique aqui
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domingo, 16 de setembro de 2012
"Um Dia na Terra" - documentário de 104 minutos sobre a humanidade
A ideia foi uma explosão: mais de 19 mil pessoas participaram. Do mundo inteiro, depoimentos foram enviados em mais de 70 línguas diferentes, contando experiências de vida. A iniciativa foi apoiada pelas Organizações das Nações Unidas, que ajudaram levando câmeras para os seus 95 escritórios espalhados pelo planeta, possibilitando o acesso de pessoas que não teriam, até então, como participar.
“Eu espero que as pessoas, ao assistirem, se sintam interconectadas e entendam que o mundo é esse lugar lindo e enorme, que nós precisamos tomar conta”, declarou o diretor Ruddick.
Coube a Brandon Litman escolher e editar todo este material. O filme apresenta uma visão “real” sobre o mundo em que vivemos, focando-se nas similaridades e nas diferenças que existem entre os vários países. Deste filme pode-se realçar a forma como demonstra que, apesar de sermos diferentes, de termos acesso a recursos diferentes, temos também muitas semelhanças, mais do que muitas vezes pensamos.
Para ver o documentário clique aqui
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012
O desastrado “ranking universitário” da Folha de S.Paulo
O universo acadêmico brasileiro começou a semana passada com uma notícia bomba: a divulgação do Ranking Universitário da Folha, o RUF. A exemplo do Times, que publica um dos mais respeitados rankings mundiais de universidades, a Folha de São Paulo decidiu fazer um ranking independente das avaliações oficiais feitas pelo INEP. Uma iniciativa desse tipo só merece elogios e tenho certeza que no futuro será uma referência fundamental. Até o ministro da Educação, responsável pela avaliação oficial, elogiou a iniciativa. Rankings universitários consistem num assunto polêmico sobre o qual não quero me alongar agora (talvez no futuro).
Para ler o texto completo de Leandro Tessler clique aqui
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Marcadores: Educação, universidade
Educação e docência: diversidade, gênero e sexualidade
Para ler o texto completo de Guacira Lopes Louro clique aqui
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REEDUCAÇÃO DE MULHERES, entrevista a Licínio Azevedo sobre o filme 'Virgem Margarida'
Para ler a entrevista de Licínio Azevedo clique aqui
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Marcadores: africanidades, arte, Cinema, entrevista, Licínio de Azevedo, Moçambique
Filme de animação "Vida Maria"
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quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Fernando Pessoa anuncia fusão de heterônimos
Para ler o texto completo clique aqui
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Marcadores: Humor
FETICHES & SOCIEDADE: Para uma mídia dos não-aliados
No âmbito do marxismo, fetichismo é o nome comum de um procedimento mágico e obscurantista, no qual e através do qual o inanimado, a mercadoria, adquire alma, autonomia, subjetividade, de modo a tornar-se mais humano que e humano, mais Deus que Deus, num contexto social e produtivo, o do capitalismo, em que a forma mercadoria determina religiosamente as formas de ser e de estar, no mundo, por se constituir como a encarnação da forma dinheiro, fetiche dos fetiches.
2
No primeiro tomo de O capital, Karl Marx desenvolve o conceito de fetiche da mercadoria, tendo em vista o contexto de um mundo tomado pela seguinte fórmula: D – M – D, onde D significa dinheiro, M, mercadoria. Existe fetiche da mercadoria porque antes de tudo o dinheiro se constitui como a mercadoria-mor, de modo que toda mercadoria é tanto mais valorizada ou sobre-humanizada quanto mais, como forma mercadoria, torna-se a encarnação a um tempo objetiva e subjetiva do dinheiro, como forma abstrata da mercadoria, tal que esta é fetiche porque, nela, importa não o seu valor de uso, mas seu valor de troca, entendido como valor que gera mais valor ou dinheiro que gera mais dinheiro, sempre através de uma operação mágica, a impor-se sobre todos os limites, como os dos recursos da Terra, tendo em vista a crença de que a metamorfose do valor em mais valor não tem fim; é inesgotável, como infinito é o teto do déficit da dívida dos Estados Unidos, para o qual o céu é o ilimitado limite imposto contra a limitada Terra e seus habitantes.
Para ler o texto completo de Luís Eustáquio Soares clique aqui
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Marcadores: Ciências Sociais, Luís Eustáquio Soares, mídia
RANKING UNIVERSITÁRIO FOLHA: O método, os alhos e os bugalhos
Para a organização dessa listagem foram criados critérios, como não poderia deixar de ser. Pois bem: e é neste ponto que geralmente tanto a listagem tupiniquim proposta, quanto as do exterior, recebem as mais variadas críticas de todos os lados.
De fato, o ato de classificar não é tarefa das mais fáceis em nenhum lugar: sempre se corre o risco da parcialidade, de ser tendencioso e injusto, a depender dos critérios adotados. Mesmo assim, jornalistas e suas instituições de abrigo costumam demonstrar certo afã por hierarquizações: vira e mexe surgem ranqueamentos dos mais variados, os chamados top ten. Há desde músicos de rock and roll, intelectuais franceses, “influentes”, e até ricaços globalizados organizados segundo a mesma lógica, a lógica dos “dez mais”.
Se em algumas vezes a curiosidade dos leitores médios de jornal pode ser saciada sem maiores problemas por meio desses indicadores de fins de semana, em outras, há fatores mais complexos implicados, fatores estes que merecem cuidadosa revisão e debate por parte de acadêmicos e demais especialistas antes de virem a público, dadas as injunções específicas daquilo que se tenta mesurar.
É o caso, a meu ver, da proposta de ranqueamento de universidades, instituições cujas lógicas próprias de organização, funcionamento, inserção e relevância sociais ultrapassam, e muito, uma listagem feita sem a participação ativa de diversos acadêmicos, pensadores, pesquisadores e especialistas em educação superior, como pedagogos, cientistas sociais, historiadores etc.
É o caso, por extensão, do ranqueamento proposto pela Folha, em que apenas o grupo liderado por um bioquímico da USP, em conjunto com a redação da Folha (!), desenvolveram todo o trabalho apresentado em um período de tempo escasso para uma incumbência de tal magnitude: apenas oito meses.
Para ler o texto completo de Dmitri Cerboncini Fernandes clique aqui
Ainda sobre o mesmo assunto pode ler o texto "132 universidades com zero em qualidade de ensino" de Paulo Costa Lima clicando aqui
Postado por MIGUEL às 17:52 0 comentários
Marcadores: Educação, universidade
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Castells: como elites estão rompendo o pacto social
Quem se importa? Há economistas que constroem gráficos para justificar qualquer coisa. O importante é ter o poder de fazer.
Para ler o artigo completo de Manuel Castells clique aqui
Postado por MIGUEL às 19:12 0 comentários
Marcadores: Ciências Sociais, Manuel Castells, política
domingo, 9 de setembro de 2012
"O TEMPO" - Reginaldo Bessa
O tempo não pára no porto
Não apita na curva
Não espera ninguém
O tempo não é, minha amiga
Aquilo que você pensou
As festas, as fotos antigas
As coisas que você guardou
Os trastes, os móveis, as tranças
Os vinhos, os velhos cristais
As doces canções de crianças
Lembranças, lembranças demais
O tempo não pára no porto
Não apita na curva
Não espera ninguém
Você vem deitar no meu ombro
Querendo de novo ficar
Eu olho e até me assombro
Como pode este tempo passar
O tempo é areia que escapa
Até entre os dedos do amor
Depois, é o vazio, é o nada
É areia que o vento levou
O tempo não pára no porto
Não apita na curva
Não espera ninguém
O medo correndo nas veias
Deixou tanta vida pra trás
E a gente ficou de mãos cheias
Com coisas que não valem mais
E fica um gosto de usado
Naquilo que nem se provou
A gente dormiu acordado
E o tempo depressa passou
O tempo não pára no porto
Não apita na curva
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"You and I " - Scorpions & Orquestra Filarmônica de Berlim
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China ou Estados Unidos: quem será a potência do século XXI?
Para ler o artigo completo de Marcelo Justo clique aqui
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Marcadores: China, Ciências Sociais, economia, Estados Unidos, política
"O Farol" - Vídeo de animação do diretor taiwanês Po Chou Chi
"O Farol" é a casa, o lar, o porto seguro, o sinalizador de que está tudo certo, o abraço do pai. Os barcos a um só tempo simbolizam as conquistas, mas também as idas e vindas. Cartas são escritas, o pai espera, as estações mudam, e o inverno chega. Tudo embalado pelo sensível piano de Chien Yu Huang.
Po Chou Chi criou esta obra de arte na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), onde está atualmente fazendo seu mestrado em Belas Artes, o MFA, e ganhou com este curta 27 prêmios internacionais e participou de 50 festivais de cinema. A animação emociona pela essência pura e pela simplicidade que autor aborda a família, a educação amorosa e a continuidade da estrutura educacional que se recebe através do amor, da paciência e da arte constante de EDUCAR.
Veja o curta aqui
Postado por MIGUEL às 07:24 0 comentários
Criador do Occupy Wall Street diz que "a magia acabou"
Leia a entrevista aqui
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Marcadores: Ciências Sociais, entrevista, política
sábado, 8 de setembro de 2012
A próxima reviravolta no Oriente Médio
De qualquer maneira, o esforço israelense falhou espetacularmente. O primeiro-ministro Benyamin Netanyahu foi capaz de conseguir que o governo norte-americano se comprometesse com o apoio a um ataque israelense a Teerã. E a habilidade do Irã de reunir a maior parte do mundo não-ocidental — incluindo Paquistão, Índia, China, Palestina e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon — para uma reunião do Movimento Não-Aliado (NAM, em inglês) esta semana evidencia a impossibilidade política dos israelenses quererem concentrar a atenção no Irã.
Para ler o texto completo de Immanuel Wallerstein clique aqui
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Marcadores: Ciências Sociais, Immanuel Wallerstein, Oriente Médio, política
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
A luxúria
A questão não é de natureza moral, é de natureza política. E o contrário de luxúria não é a advocacia de uma vida pobre nem mesmo austera, mas de um comportamento justo; daí que valha a pena desconstruir as políticas que permitem salários tão excessivos.
O conceito parece arredado da semântica contemporânea mas pode ser encontrado numa história da Ética, desde Aristóteles ao filósofo americano Michael Sandel, passando necessariamente por Amartya Sem. Esta história é acompanhada por uma outra que é a história da luxúria e das suas modelações ao longo de vinte e quatro séculos, e que foi recentemente revisitada por dois autores: Christopher J. Berry – The idea of luxury, a conceptual and historical investigation (1994), e Mike Featherstone em diversas obras sobre consumo e luxo.
Para ler o texto completo de António Pinto Ribeiro, clique aqui
Postado por MIGUEL às 14:49 0 comentários
Marcadores: Ciências Sociais, economia, ética, política
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
MARILENA CHAUÍ: Mídia, obstáculo à democracia
Leia a versão integral desta palestra aqui
Postado por MIGUEL às 18:29 0 comentários
Marcadores: Crítica da mídia, democracia, entrevista, política
domingo, 2 de setembro de 2012
DAVID GARRETT - Csárdás (Hungarian Dance)
Quando Garrett completou quatro anos, seu pai comprou um violino para o irmão mais velho. David interessou-se pelo instrumento e logo aprendeu a tocar. Um ano depois ele participou numa competição e ganhou o primeiro lugar. Aos sete anos, ele tocava uma vez por semana em público. Ele estudou violino no Conservatório Lübeck. Aos doze anos, Garrett começou a trabalhar com a violonista polaco-britânica Ida Haendel, frequentemente viajando a Londres e outras cidades europeias para encontrá-la.
Aos treze anos firmou um contrato com a gravadora Deutsche Grammophon Gesellschaft que assegura exclusividade. Foi também nessa idade que decidiu mudar seu nome artístico e começou a usar o sobrenome de sua mãe.
Em 1999 foi aluno da Juilliard School, na sala de Itzhak Perlman, para aprofundar seus conhecimentos do violino. Saiu formado de lá em 2004.
Garrett toca alternativamente um violino de Antonio Stradivari de 1718 e um de Giovanni Battista Guadagnini de 1772.
Vejam sua empolgante interpretação das Csárdás no vídeo aqui
Postado por MIGUEL às 15:29 0 comentários
Contra o produtivismo universitário, um protesto solitário
Para ler o texto completo de Ana Fani Alexandre Carlos clique aqui
Postado por MIGUEL às 14:05 0 comentários
Marcadores: conhecimento, Educação, universidade
Este texto incendiou Espanha
Para ler o texto de Juan José Millás clique aqui
Postado por MIGUEL às 13:47 0 comentários
Marcadores: Ciências Sociais, economia, Juan José Millás, política
Uma critica marxista aos pós-marxistas - James Petras
Postado por MIGUEL às 13:42 0 comentários
Marcadores: Ciências Sociais, James Petras, marxismo, política
“Deus não morreu. Ele tornou-se Dinheiro” | Entrevista com Giorgio Agamben
Postado por MIGUEL às 13:38 0 comentários
Marcadores: capitalismo, Ciências Sociais, entrevista, filosofia, Giorgio Agamben
"Hoje o mais estimulante ocorre nas fronteiras, nos espaços de transgressão disciplinar e de fertilização entre diferentes campos científicos, o que exige o recurso a uma panóplia diversificada de ferramentas teóricas e metodológicas" ( Antônio Nóvoa)
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