Noam Chomsky: de cientista provocador a guru
Noam Chomsky é, certamente, um dos intelectuais mais brilhantes do século XX. Suas ideias deram nova configuração a problemas clássicos da linguística e da psicologia. Fez importantes interferências nos debates de filosofias da mente, da linguagem e da ciência. Contribuiu significativamente para o estabelecimento dessa grande área científica a que hoje se dá o nome de Ciências Cognitivas. Envolveu-se em densos debates públicos com outros importantes intelectuais, como Piaget, Foucault, Quine e Putnam entre outros.
Quando suas ideias começaram a circular, houve quem as interpretasse como uma verdadeira revolução científica, nos termos de Thomas Kuhn. Talvez uma avaliação que pecou pelo excesso, considerando que não havia (como continua não havendo) um paradigma dominante nos estudos da linguagem verbal. O que Chomsky fez foi repor no centro do cenário da investigação científica da linguagem, da cognição e do cérebro uma perspectiva racionalista e inatista. Com isso, reformulou os problemas, estimulou novas direções investigativas e se pôs como contraponto a outros arcabouços teóricos. Nada disso, obviamente, é pouca coisa.
Além de cientista brilhante e provocador, Chomsky tem sido um intelectual engajadíssimo nas questões políticas contemporâneas. Tornou-se um crítico feroz do estamento militar-industrial-governamental dos EUA e da política externa de seu país. É hoje a personalidade mais destacada da chamada esquerda estadunidense e referência algo difusa dos muitos movimentos altermundialistas. Tornou-se guru de boa parte da esquerda mundial, apesar de seu credo político não ir muito além de uma retomada dos ideais políticos do Iluminismo, com alguns temperos socialistas libertários. Suas concepções políticas se centram no indivíduo – em seus direitos fundamentais e em sua liberdade. O que Chomsky faz é um reavivamento dos ideais políticos dos fundadores dos Estados Unidos. Nesse sentido, ele é, antes de tudo, um leitor radical da Declaração de Independência e da Constituição de seu país.
Para ler o artigo completo de Carlos Alberto Faraco clique aqui
Quando suas ideias começaram a circular, houve quem as interpretasse como uma verdadeira revolução científica, nos termos de Thomas Kuhn. Talvez uma avaliação que pecou pelo excesso, considerando que não havia (como continua não havendo) um paradigma dominante nos estudos da linguagem verbal. O que Chomsky fez foi repor no centro do cenário da investigação científica da linguagem, da cognição e do cérebro uma perspectiva racionalista e inatista. Com isso, reformulou os problemas, estimulou novas direções investigativas e se pôs como contraponto a outros arcabouços teóricos. Nada disso, obviamente, é pouca coisa.
Além de cientista brilhante e provocador, Chomsky tem sido um intelectual engajadíssimo nas questões políticas contemporâneas. Tornou-se um crítico feroz do estamento militar-industrial-governamental dos EUA e da política externa de seu país. É hoje a personalidade mais destacada da chamada esquerda estadunidense e referência algo difusa dos muitos movimentos altermundialistas. Tornou-se guru de boa parte da esquerda mundial, apesar de seu credo político não ir muito além de uma retomada dos ideais políticos do Iluminismo, com alguns temperos socialistas libertários. Suas concepções políticas se centram no indivíduo – em seus direitos fundamentais e em sua liberdade. O que Chomsky faz é um reavivamento dos ideais políticos dos fundadores dos Estados Unidos. Nesse sentido, ele é, antes de tudo, um leitor radical da Declaração de Independência e da Constituição de seu país.
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