Viver no meio da derrocada
“Foi pura coincidência o livro ter sido publicado este ano, quando se comemora o 40.º aniversário da ponte aérea que trouxe centenas de milhares de refugiados de Angola para a ainda então metrópole”, diz ao Ípsilon Vasco Luís Curado (n. 1971), autor do romance O País Fantasma. Nascido nessa antiga colônia portuguesa, formado em Psicologia, também ele veio para Portugal em 1975 na maior ponte aérea intercontinental alguma vez realizada. “Aconteceu por iniciativa de um tenente-coronel da Força Aérea [António Gonçalves Ribeiro], e um pouco contra a vontade do Presidente da República [Costa Gomes] e do primeiro-ministro [Pinheiro de Azevedo], mais preocupados com as intrigas da política doméstica”, precisa. O romance agora publicado – abrangendo o período desde os massacres de 1961, na Baixa do Cassange (Norte de Angola), até Novembro de 1975, em Lisboa, com a rápida incursão de um capítulo aos anos 1950 – narra o percurso de duas famílias coloniais, uma de funcionários públicos e outra de um fazendeiro ex-militar, e descreve a vida no Ultramar, a guerra, e por fim a fuga apressada para a capital do império.
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