"Antagonia" - M. S.
Antagonia
Dentro de mim - dois mundos em guerra,
um grita silêncio, o outro ferve em chama.
A mente, fria, traça fronteiras,
mas o coração - ah, o coração reclama.
Penso em ti como quem foge do abismo,
mas cada passo me leva ao teu nome.
Quero esquecer-te, mas é um cinismo:
até o ar que respiro me consome.
És paz e tormenta, sossego e loucura,
a dúvida que dói, o vício que cura.
Entre o querer e o não querer, existo,
num fogo que arde e que eu próprio atiço.
E quando, enfim, te tenho nos meus braços,
cessa a razão, rendem-se os espaços -
e tudo o que era oposição e medo,
vira amor puro, inteiro, sem enredo.
um grita silêncio, o outro ferve em chama.
A mente, fria, traça fronteiras,
mas o coração - ah, o coração reclama.
Penso em ti como quem foge do abismo,
mas cada passo me leva ao teu nome.
Quero esquecer-te, mas é um cinismo:
até o ar que respiro me consome.
És paz e tormenta, sossego e loucura,
a dúvida que dói, o vício que cura.
Entre o querer e o não querer, existo,
num fogo que arde e que eu próprio atiço.
E quando, enfim, te tenho nos meus braços,
cessa a razão, rendem-se os espaços -
e tudo o que era oposição e medo,
vira amor puro, inteiro, sem enredo.
M. S.
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